O Boticário vai ampliar atuação no Nordeste
A expansão na abertura de franquias e novos empreendimentos no Nordeste brasileiro retrata um aumento do número de empregos e acesso à renda e, consequentemente, do poder aquisitivo da população local, adquirido ao longo das últimas décadas com o desenvolvimento socioeconômico da região.
O diretor comercial d’O Boticário, Eduardo Javarotto, relata que costuma se referir ao Nordeste como a “China brasileira” devido ao avanço acelerado do desenvolvimento que tem sido observado. A marca, que possui a maior rede franqueada de cosméticos do Brasil, registra, aproximadamente, 907 pontos de venda na região, que representa 24% da disponibilidade nacional.
Eduardo Javarotto esteve em Natal a convite do franqueado Gentil Negócios e sua vinda faz parte da nova rotina implementada pela empresa na qual os diretores realizam visitas nas regiões para entender o funcionamento das operações, identificar as peculiaridades e vivenciar a realidade local.
Os dados que abrem esta matéria foram coletados em 2015 pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), cerca de 15,3% das unidades de franquias existentes no Brasil estão localizadas no Nordeste do país. A mostra indica que a região registrou um crescimento de 7,4%, representando o segundo maior polo nacional para empresas franqueadas, ficando atrás apenas da região Sudeste, destino tradicional de grandes marcas e investimentos.
Com 40 anos de mercado, a pequena farmácia construída em 1977 em Curitiba se tornou uma das maiores lojas de perfumaria e cosméticos do Brasil. Com 3.762 pontos de venda em 1.750 cidades brasileiras, de acordo com a ABF, o Grupo tem investido em uma aproximação maior do consumidor nordestino e uma expansão da marca na região através da abertura de franquias e estratégias de marketing.
“O maior franqueado da nossa rede hoje é do Nordeste, que opera duas grandes praças e tem uma projeção de desenvolvimento futuro bastante interessante. Falar do Grupo Boticário e não falar do Grupo Boticário no Nordeste parece não fazer mais sentido daqui pra frente”, afirma Javarotto.
O executivo explica que o Grupo tem um portfólio de lojas no Nordeste bastante adensado, que é um canal de venda direta também no processo de crescimento e dentro do modelo de franchising, que opera há 40 anos. De acordo com ele, a marca tem parceiros locais muito fortes e acredita em um posicionamento cada vez mais relevante na região. “Seja para o hoje ou para o amanhã nos três canais que nós atuamos [lojas, venda direta e e-commerce]”, pontua. No Rio Grande do Norte, O Boticário possui 80 pontos de venda, nos quais 75 deles são lojas e 5 são quiosques, além de 17 franqueados.
Além das lojas e da consultoria com venda direta da marca de cosméticos, a ampliação do negócio na região envolveu a criação de uma fábrica em Camaçari, na Bahia, para atender a demanda do Norte e Nordeste, e de um Centro de Distribuição em São Gonçalo, também em território baiano. “Com esses investimentos que inauguramos, nós quase duplicamos a capacidade de produção e automaticamente tivemos uma malha logística cada vez mais eficiente e mais próxima desse consumidor, o que tem sido um ponto relevante”, alega o diretor comercial da empresa. A perspectiva é de que “daqui para frente as coisas tendam a ter uma curva de aceleração crescente mais sólida”, revela otimista.
Javarotto explica que devido a diversidade geográfica do Brasil, é importante ter um ponto estratégico no Nordeste para ganhar mais capilaridade de distribuição e estar ainda mais próximo do ‘timing’ de entrega a esses consumidores para poder ter uma conexão do entendimento regional. “Quando a gente olha o potencial desenvolvimento futuro, não estar no Nordeste não parece ser uma opção. Quando olhamos para os nossos consumidores, para o potencial da marca e para os nossos parceiros locais [os franqueados], são ativos que nos fazem acreditar que devemos cada vez mais fortalecer para poder entregar uma proposta de valor para os nossos revendedores e consumidores cada vez mais regionalizados no Nordeste”, afirma categoricamente.
Fonte: Novo/RN