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Divisão de luxo da L’Oréal aposta em perfumes para crescer em 2024

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A companhia vai desenvolver uma fragrância em parceria com a marca Miu Miu e criar uma biblioteca de aromas a partir do uso de uma tecnologia capaz de preservar a integridade dos ingredientes

Cyril Chapuy, presidente da divisão de luxo da fabricante de cosméticos L’Oréal, lidera um portfólio de maquiagens, perfumes e cosméticos desenvolvidos em parceria com 25 marcas como Prada, Valentino e Cacharel. Sua operação faturou quase 15 bilhões de euros no ano passado, 2% a mais do que em 2022, graças à venda das fragrâncias, com destaque para a linha “Libre”, assinada em conjunto com a Yves Saint Laurent. Do alto de seus 30 anos no grupo francês, o executivo, em entrevista ao Valor, é taxativo: “2023 foi um ano bastante dinâmico para fragrâncias e eu não antevejo qualquer desaceleração nessa categoria”.

O segmento de perfumes avança a despeito do restante do mercado de luxo, que vem crescendo menos, após anos de bonança durante a pandemia de covid-19. De acordo com relatório da consultoria Statista, a receita da categoria de perfumes deve aumentar 15,7% em todo o mundo até 2028, passando dos atuais US$ 58,3 bilhões para US$ 67,4 bilhões. Deste total, os itens de luxo devem responder por cerca de 28% do faturamento. Esse cenário se dá pela influência das redes sociais e da maior presença dos produtos em plataformas de comércio eletrônico. A própria L’Oréal passou a vender os seus itens mais caros na Amazon dos Estados Unidos, no ano passado.

A mais nova operação de Chapuy envolve a criação de fragrâncias com a Miu Miu — o valor do licenciamento não foi divulgado. As cocriações com marcas de luxo responderam por 36% da receita do grupo francês em 2023, de 41,2 bilhões de euros. “Para fazer adições de parceiros no portfólio [como a da Miu Miu], procuro um ponto de vista único. É um exercício permanente tentar cultivar a diferença, pois acredito firmemente que as marcas se manterão sólidas se valorizarem a sua autenticidade”, afirma.

Foi, inclusive, essa busca pela singularidade que balizou a aquisição da Aesop no ano passado, por US$ 2,6 bilhões. Até então, a marca australiana fazia parte do guarda-chuva da Natura &Co. “A fragrância de Aesop não tem cheiro de Dior ou de Chanel. É aromática, concentrada em óleos essenciais e dá uma sensação muito específica. Se você usar cheiro de baunilha na Aesop, você mata a sua essência.”

Além da exclusividade, o executivo avalia que a Aesop trouxe uma lição para a L’Oréal de como o varejo pode ser mais sustentável. Ele cita a preocupação da marca com a fonte de energia e com a elaboração dos produtos. “E, francamente, não há nada mais importante para o futuro do que grandes empresas levarem este tema muito a sério. Os meus filhos — tenho três — não me perdoariam se eu não colocasse o planeta em primeiro lugar em tudo o que eu faço”, acrescentando que a gigante de consumo acelerou essa agenda.

A L’Oréal divulgou no início do mês que desenvolveu, em parceria com a empresa familiar Cosmo International Fragrances, uma tecnologia capaz de extrair o aroma de um ingrediente preservando sua integridade, sem uso de água e com um processo energeticamente eficiente. “Este processo inovador de ‘ciências verdes’ revolucionará as criações artísticas”, analisa.

O intuito da ferramenta é ampliar a biblioteca de aromas e ajudar a L’Oréal a elaborar fragrâncias exclusivas. “Prefiro cativar profundamente 1% dos consumidores com criações que tenham uma personalidade enorme do que desenvolver itens massificados que não são muito interessantes”, diz, antes de se corrigir. “Na L’Oréal fazemos extensas pesquisas. Veja o caso da Libre, que é hoje a quinta fragrância mais vendida do mundo. Foram necessários sete anos de estudo até ficarmos completamente satisfeitos com o resultado. Ao longo do caminho testamos e aprendemos até termos confiança no resultado. No final, você precisa de ambos. Não tentar agradar a todos, mas também ouvir o consumidor.”

 

 

 

Fonte: Valor 20.02.2024

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