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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Destaque Matérias EspeciaisGreen tech: produção de cosméticos adota novo caminho verde

Green tech: produção de cosméticos adota novo caminho verde

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Novas tecnologias isolam moléculas inovadoras das plantas e reduzem impacto ambiental

Por Estela Mendonça

Argumentos não faltam para afirmar que a indústria cosmética está se transformando para atingir muitos mais objetivos do que a beleza em si. Metas de sustentabilidade e de impacto ambiental vêm mostrando a liderança do setor para um futuro mais limpo, justo e transparente. Segundo novo estudo de mercado global Natural and Clean Beauty, publicado recentemente pela Kline, cobrindo os Estados Unidos, China, Brasil e Europa, este mercado cresceu 2,1% no ano passado, impulsionado por vários pontos, incluindo o desempenho muito acima da média das marcas independentes e a o sucesso dos produtos voltados para o autocuidado.

Segundo o relatório, no ano passado, em comparação com 2019, muitas marcas mais do que dobraram seu desempenho, citando como exemplo as marcas brasileiras La Vertuan, Up2You, Elemento Mineral, Care Natural Beauty e Jaci Natural.  Nos Estados Unidos e no Brasil, desodorantes e antitranspirantes,  bem como produtos de limpeza pessoal, incluindo limpeza corporal, sabonetes para as mãos e desinfetantes para as mãos, tiveram um forte desempenho em comparação com 2019, devido aos consumidores que usaram a quarentena como uma oportunidade de mudar para os produtos naturais”, diz o estudo.

A Pesquisa “Authenticity Gap: Global Report 2021“, da FleishmanHillard,  que  entrevistou mais de 10 mil consumidores engajados de cinco países, revelou que os consumidores brasileiros, em sua grande maioria, consideram que as empresas devem ter práticas que contribuam de maneira genuína com a conservação ambiental (94%). O interessante é que, especificamente no Brasil, os setores de alimentos e bebidas e cuidados pessoais foram os que mais se destacaram positivamente entre os entrevistados em relação às questões ambientais.

Os grandes players

O objetivo de produzir e compartilhar informações claras, transparentes e comparáveis ​​sobre o impacto ambiental, com base em uma metodologia comum baseada na ciência, uniu os principais participantes da indústria global da beleza para criar um sistema de pontuação de sustentabilidade para produtos de beleza. Unilever, Henkel, L’Oréal, LVMH e Natura & Co estão trabalhando com Quantis, uma empresa de consultoria em sustentabilidade, para garantir uma abordagem científica e robusta, e que os esforços para construir a metodologia de avaliação voluntária e o sistema de pontuação sejam orientados e articulados para medir os impactos ambientais de ingredientes e matérias-primas usados nas fórmulas e embalagens. A iniciativa global pretende ser aberta a todas as empresas de cosméticos, independentemente de seu porte ou recursos.

No início do mês, o Grupo Boticário anunciou a meta de banir matérias-primas de origem animal até 2025 para todas as suas marcas (O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice?, BeautyBox, Multi B, Vult e O.u.i). Para atingir a nova meta, todos os lançamentos a partir de setembro de 2021 serão completamente veganos. Os demais produtos passarão por um processo de reformulação e adequação nos próximos três anos. Alguns deles, já estão sendo reformulados.

Gustavo Dieamant, diretor de Produto e Desenvolvimento do Grupo Boticário

“Em 2020, 85% dos desenvolvimentos do Grupo Boticário não usaram ingredientes de origem animal, isso corresponde a mais de 1 mil opções veganas. Com este compromisso que assumimos agora, queremos chegar a um portfólio 100% vegano o quanto antes”, afirma Gustavo Dieamant, diretor de Produto e Desenvolvimento do Grupo Boticário.

Este ano, a L’Oréal também se comprometeu a adotar a abordagem de Ciências Verdes em Pesquisa e Desenvolvimento: Até 2030, 95% de seus ingredientes serão derivados de fontes vegetais renováveis, minerais abundantes ou processos circulares e 100% das fórmulas respeitarão o meio aquático.

O Grupo aproveitará os avanços recentes das Ciências Verdes para permitir o cultivo sustentável de ingredientes e extrair o melhor que a natureza tem a oferecer por meio de processos tecnológicos de ponta. Em 2020, foram utilizadas 80% de matérias-primas facilmente biodegradáveis, 59% renováveis, 34% naturais ou de origem natural, sendo que 29% dos ingredientes usados nas fórmulas da L’Oréal foram desenvolvidos de acordo com os princípios da Química Verde.

Green tecnology

Para que essa transformação aconteça de fato é preciso que toda a cadeia se mobilize. “Green technology, também conhecida como tecnologia sustentável, deve levar em conta os impactos de curto e longo prazo ao meio ambiente. Muito mais do que apenas uma origem vegetal, as empresas devem buscar práticas de ESG, adotando uma postura sustentável, lançando ingredientes e produtos mais ‘verdes’, com eficiência em energia e controle de emissão de carbono, a fim de controlar o uso de recursos de nosso planeta”, defende Isabella Borges, diretora executiva da Kobo.

Isabella Borges, diretora executiva da Kobo

A Kobo, segundo Isabella, está sempre em busca de oferecer ingredientes seguros para o meio ambiente e tem em seu portfólio uma ampla lista de produtos para as mais variadas categorias. Um desses produtos é o Exilva, uma celulose da empresa Borregaard, classificada como aditivo de base biológica, proveniente da madeira do abeto norueguês, originário das florestas escandinavas (não-GMO).

O Exilva é obtido por um processo de fibrilação, que consiste em um emaranhado de fibras de celulose com a capacidade de interagir tanto fisicamente, por meio de sua área de superfície, quanto quimicamente, por meio de ligações de hidrogênio. “Sua natureza inovadora lhe confere funcionalidades reológicas e mecânicas únicas em produtos cosméticos”, garante.

Entre os muitos benefícios que o Exilva pode oferecer, Isabella cita seu excelente desempenho como agente de estrutura e suspensão, além de grande versatilidade e flexibilidade em formulações por meio de robustez ao cisalhamento, eletrólitos, pH e temperatura. Mais do que um simples agente de performance, ele ainda tem excelentes propriedades sensoriais com efeito soft focus.

“O Exilva forma uma rede 3D de microfibras de celulose suspensas em água, muitos grupos hidroxila se tornam acessíveis à matriz, resultando em uma alta capacidade de retenção de água”, explica Isabella, acrescentando que as fibras formam agregados de poucos a 100 microns, que fazem a difusão de luz na superfície da pele, promovendo efeitos mate e soft-focus.

Por formar uma rede 3D de microfibras de celulose suspensas em água, Exilva tem alta capacidade de retenção de água

Isabella destaca, ainda, que Exilva possibilita infinitas aplicações, mas o grande destaque é a possibilidade de fórmulas viscosas em spray. O produto está disponível em duas opções: Exilva FM 02-L (2% de sólidos) e Exilva FM 02-V (10% de sólidos).

Possibilidade de fórmulas viscosas em spray é o destaque do Exilva

Produção por fermentação

“Através de sua expertise e visão sustentável, a Lubrizol Life Science possui uma série de iniciativas em inovações para o mercado de produtos naturais, com o desenvolvimento de parcerias, open innovation e desenho de moléculas naturais e derivados naturais, oferecendo em seu portfólio uma vasta gama de soluções de ingredientes que estão enraizados na natureza”, afirma a gerente de marketing Karina Teixeira.

Karina Teixeira, gerente de marketing da Lubrizol

A executiva acrescenta que a empresa sabe que somente conteúdo natural não é suficiente e, por isso, tem o compromisso de fornecer uma maior transparência sobre o material renovável em seus ingredientes, trabalhando constantemente para entender de onde seus materiais se originam e como são colhidos.

Um dos destaques do portfólio que atende as demandas do mercado de cosméticos naturais é o Kelco-Care™ Diutan Gum, modificador reológico altamente eficiente que fornece excelente estabilidade de formulação a partir de um polissacarídeo. “Este modificador reológico é um biopolímero solúvel em água produzido por fermentação e projetado especificamente para uso em formulações de cuidados pessoais”, explica Karina, que relaciona entre os seus atributos o efeito hidratante imediato e que pode durar o dia todo, a excelente estabilidade em alta temperatura e propriedades de suspensão de pigmentos, atendendo à crescente demanda por filtros solares e maquiagens de origem natural. Também é compatível com altas concentrações de álcool e polióis e é facilmente biodegradável.

Karina acrescenta que, além das aplicações em cuidados com a pele, proteção solar e maquiagem, Kelco-Care™ é indicado para cuidados com os cabelos, conferindo, além de reologia e suspensão em sistemas catiônicos e de coloração, benefícios de proteção e reparo às fibras capilares, formação de filme, condicionamento e proporcionando sensorial sedoso e agradável ao cabelo mesmo em baixas concentrações.

Tecnologia com fotobiorreatores

O Grupo Solabia há quase 50 anos vem desenvolvendo uma gama de ingredientes inovadores, resultado da expertise internacionalmente reconhecida de seus pesquisadores, da utilização de diversas tecnologias e do controle industrial de suas unidades produtivas em áreas como biotecnologia, plantas e extração marinha, química fina e encapsulamento. Para exemplificar, Ana Paula Rezende, diretora comercial e de marketing da companhia, destaca alguns produtos obtidos por meio de tecnologias verdes, que visam à redução do impacto da cadeia de produção tecnológica no meio ambiente.

Ana Paula Rezende, diretora comercial e de marketing da Solabia

O ativo ReVYskin® é um bom exemplo. Extraído da goji berry – conhecida como superfruta da longevidade, nativa do Himalaia e cultivada há mais de 2 mil anos -,  o ativo promove efeito de preenchimento para a pele. “A extração é feita por água subcrítica através da tecnologia SolaGreen® que, além de ser um meio mais eficaz de obtenção de substâncias ativas do extrato, traz inúmeras vantagens ao meio ambiente ao ser comparada com a extração tradicional, como ausência de emissão de compostos orgânicos voláteis, uso de solventes verdes não ecotóxicos, otimização dos recursos hídricos, economia de energia, entre outras”, explica Ana Paula.

Outro ativo destacado é o Saniscalp®, que proporciona reequilíbrio e pureza do couro cabeludo. Segundo a diretora, ele é obtido por bioconversão enzimática, tecnologia patenteada da Solabia.  Além de ser um ativo biotecnológico, trata-se de um ecodesenvolvimento, já que se origina das sementes prensadas do maracujá, geralmente descartadas. “É o que chamamos de upcycling, que consiste em dar uma ‘segunda vida’ aos subprodutos das matérias-primas vegetais”.

Complementando, Ana Paula cita o AstaPure® Skin, forma concentrada de astaxantina (carotenoide), obtida a partir da extração supercrítica de CO2 das microalgas verdes Haematococcus pluvialis. “Essas microalgas são cultivadas em um sistema ecológico totalmente fechado, controlado e exposto à luz solar natural do deserto de Arava, em Israel, um dos lugares mais áridos e remotos da Terra, através de uma tecnologia de ponta com fotobiorreatores”, explica.

Estágios de cultivo de microalgas Haematococcus pluvialis

Ana Paula ressalta que a Solabia Algatech é a maior instalação de fotobiorreatores do mundo, com mais de 700 km de tubos de vidro. “Utilizando energia renovável e água do mar milenar de 1 km abaixo da superfície, esta astaxantina obtida é, portanto, de origem natural e é considerada o mais poderoso antioxidante, que protege a pele contra o estresse oxidativo e as suas funções vitais”.

Instalação de fotobiorreatores da Solabia, em Israel, é a maior do mundo

Seleção intracelular

O infini’teaTM biofuncional, um ingrediente único extraído do chá das folhas frescas da Camellia sinensis, utilizando práticas de baixo impacto ambiental, é o destaque em tecnologia verde de Karina Camillo, especialista de produto de HPC da IMCD. “Trata-se de um soro de chá fresco natural, puro e minimamente processado pela tecnologia patenteada Zeta FractionTM, exclusiva da Ashland”.

Karina explica que a tecnologia Zeta Fraction™ isola seletivamente os componentes intracelulares de plantas frescas e vivas, captando a essência dessas plantas e constituindo a base para ingredientes com benefícios robustos. Equipamentos especialmente projetados geram uma ampla faixa de ondas eletromagnéticas que, quando finamente sintonizadas, desestabilizam as propriedades coloidais dos componentes intercelulares das plantas para iniciar a separação desejada.

Karina Camillo, especialista de produto de HPC da IMCD

“Todo o material utilizado é proveniente de terras identificadas e rastreáveis, com controle de GMO e com possibilidade de certificação orgânica. O processo não utiliza solvente e não gera impacto negativo ao meio ambiente sendo que possíveis resíduos da colheita e partes das células não utilizadas retornam à natureza”, afirma Karina, que ressalta que a Zeta Fraction™ possui a habilidade de retirar contaminantes específicos dos ingredientes acabados, como metais pesados e moléculas tóxicas, muitas vezes presentes em métodos tradicionais de extração, que sensibilizam a pele e podem induzir a dermatite.

O mecanismo de ação do infini’teaTM biofuncional também é inovador: inspirado na ciência neurocosmética, seus efeitos calmantes e propriedades suavizantes são desencadeados pela competição da teanina contra a excitotoxina do glutamato e a expressão de BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) na pele, ajudando a limitar os danos dos raios UV e a diminuir a expressão de melanina (ex vivo), reduzindo a aparência de vermelhidão e linhas finas e aumentando a luminosidade da pele.

“O infinitea™ biofuncional fornece uma solução inspirada em neurocosméticos e exercícios de ioga para restaurar a homeostase de uma pele jovem, fresca e relaxada” ressalta Karina, que recomenda uma concentração de uso de 0,3 a 1,0% (com testes in vivo a 1,0%). “Composição única, com concentração superior de L-Teanina e antioxidantes, quando comparado ao chá verde e ao chá preto,  infinitea™ biofuncional é o primeiro conceito detox para excitotoxina do glutamato monossódico.

Processo de obtenção do ativo infini’teaTM biofuncional comparado com o dos extratos de chá verde e preto.

Extração sustentável

A Ashland vem investindo em novas tecnologias de extração sustentável de ativos de origem vegetal para aumentar cada vez mais o aproveitamento e a concentração das moléculas bioativas das mais diferentes plantas.  A tecnologia Zeta Fracction™, que também pode ser aplicada às espécies vegetais de fonte marítima, deu origem ao SeaStem™ biofuncional,  fração do soro da alga gigante Macrocystis pyrifera, presente na costa intocada do Oceano Pacífico. “Ela neutraliza os efeitos nocivos da poluição das partículas ultrafinas (UFP) nas células tronco epidérmicas, preservando as propriedades de autorregeneração e proteção da pele”, descreve Liliana Brenner, diretora de marketing de Care Specialties da Ashland.

Liliana conta que testes realizados em pele ex-vivo demonstraram efetiva manutenção do marcador K15 na pele, condição importante para a ancoragem das células tronco em seu micro ambiente. Testes em epiderme reconstituída demonstraram melhor reconstrução da epiderme e aumento de sua espessura, além da eliminação das partículas ultrafinas depositadas, promovendo renovação natural da pele. “Estudos com voluntários com aplicação de 1% de SeaStem™ também mostraram melhora na elasticidade e capacidade de recuperação da pele”.

Liliana Brenner, diretora de marketing de Care Specialties da Ashland

Outra tecnologia patenteada e verde da Ashland, a PSR™ (do inglês Plant Small RNA), pela qual o extrato se torna seu próprio solvente, permitindo extrair moléculas solúveis em água, como proteínas, açúcares, ácidos orgânicos e os pequenos RNA, considerados reguladores epigénicos, envolvidos em um eficiente sistema de defesa contra o estresse do meio ambiente, além de limpar as espécies reativas de oxigênio (ROS).

“Quando comparamos com extratos de uma mesma planta produzidos com tecnologia convencional, demonstramos a eficácia superior da tecnologia PSR™”, afirma Liliana, citando como exemplo o Rosaliss™ biofunctional, ativo originado da Rosa Centifolia, 100% derivado natural, COSMOS validado, cultivado sem pesticidas, perto da planta de fabricação da Ashland no Sul da França. “As rosas são colhidas ao nascer do sol durante sua eclosão, momento em que se pode capturar o conteúdo mais rico de fitomoléculas. As pétalas frescas são imediatamente congeladas para preservar a integridade das fitomoléculas antes de sua extração”.

Processo de extração do Rosaliss™ biofunctional pela tecnologia PSR™

A composição rica em pequenos RNAs da planta e taninos protetores da rosa do Rosaliss™ biofunctional ajuda a pele a aumentar a autorreparação. Além disso, contribui para preservar seu microbioma dos danos causados pelo sol e possui efeito pré e pós biótico. Liliana explica que a alteração da microbiota da pele possibilita reparo do tecido prejudicado e auxilia na redução da sensibilidade.  “A pele se torna visivelmente mais suave e hidratada, com menos poros, imperfeições e irritações”.

Inovações sustentáveis

Atenta à demanda por formulações simples, sustentáveis e que atendam às necessidades dos consumidores conscientes, a Clariant desenvolveu novos ingredientes para o mercado de cuidados pessoais, como o Plantasens® Biogum Tara, uma alternativa natural aos polímeros sintéticos que entrega sensorial e espessamento diferenciados às fórmulas. Com Plantasens® Biogum Tara é possível ter um modificador reológico natural com excelente desempenho em comparação com as atuais referências naturais, tanto em termos de poder espessante quanto texturizador. Com índice de carbono renovável (RCI) de 100%, ele é aprovado pelo COSMOS e compatível com os principais rótulos ecológicos para cosméticos, indo ao encontro das necessidades dos formuladores de substituírem ingredientes sintéticos por naturais.

Stelly Costa, gerente de desenvolvimento de negócios da Clariant, destaca outros ingredientes no portfólio da Clariant, como os ativos da linha Premium Root Power, que são produzidos a partir de uma tecnologia altamente inovadora e sustentável, que permite estudar e explorar compostos naturais raros a partir de raízes vegetais, mantendo a planta viva.

Stelly Costa, gerente de desenvolvimento de negócios da Clariant

“Esse método, chamado Plant Milking®, foi desenvolvido a partir de uma parceria estratégica da Clariant com a Plant Advanced Technologies (PAT), reconhecida por suas tecnologias altamente sustentáveis e de ponta, que possibilitam cultivar diferentes espécies de plantas em condições aeropônicas, ou seja, as raízes ficam expostas e são estimuladas com nutrientes para que a planta possa se desenvolver e produzir moléculas-alvo em quantidades mais altas do que as encontradas em seu ambiente natural”, explica, acrescentando que a exsudação da raiz é um processo não destrutivo que permite coletar material da mesma planta várias vezes ao ano. Dessa forma, é possível identificar e obter moléculas raras e de interesse para o desenvolvimento de cosméticos de maneira sustentável, o que não seria possível por meio de métodos agrícolas convencionais. Além disso, garante 100% de rastreabilidade, desde a semente até o ingrediente ativo final; reduz em 90% o consumo de água; não são necessárias grandes áreas de cultivo agrícola e não são usados produtos químicos. “Como o cultivo e a fabricação do ingrediente ativo é feita no mesmo local, conseguimos reduzir os níveis de poluição e a pegada de carbono”. Assista ao vídeo.

O resultado dessa parceria, segundo Stelly, foi a identificação de poderosas ações biológicas em duas plantas que deram origem aos ingredientes ativos Prenylium® e Rootness® Energize. O Prenylium® foi desenvolvido a partir das raízes da amoreira branca (Morus alba), que estimuladas resultaram em um aumento de 2.000% dos flavonóides prenilados, o que lhe confere potencial  de proteger alterações dos componentes da matriz da pele e de retardar suas consequências no envelhecimento.

Nas raízes estimuladas da Luffa Cylindrica, Stelly conta que foi possível encontrar traços de ácido brionólico em uma concentração 10 vezes maior, o que resultou no Rootness® Energize, um ativo que é capaz de reativar metabolismos energéticos das células, favorecendo a maturação de proteínas e acelerando a renovação dos principais compostos da matriz extracelular, como o colágeno IV e as fibras elásticas.

Atração intramolecurares

Thiago Duccini, gerente de marketing e produtos para cuidados com o cabelo da Chemyunion, observa que o movimento clean beauty e a busca por produtos mais “verdes” desafiaram a indústria cosmética a pesquisar alternativas mais sustentáveis e biodegradáveis para o desenvolvimento de produtos que proporcionam benefícios aos cabelos.

Thiago Duccini, gerente de marketing da Chemyunion

“Como premissa da Chemyunion, a preocupação com as questões ambientais nos motiva a buscar rotas sintéticas alternativas que empreguem esse conceito”, afirma Duccini, que cita a química verde, termo desenvolvido pelos químicos Paul Anastas e John Warner da Environmental Protection Agency (EPA), que prevê 12 princípios que visam reduzir ou eliminar o uso ou geração de substâncias nocivas ao ser humano e ao meio ambiente, tanto na concepção como na fabricação e aplicação de produtos.

“Por meio dessa rota conseguimos ofertar duas tecnologias excepcionais que possuem atrações intermoleculares com os cabelos, visando promover o brilho e a reparação do cimento lipídico capilar”, destaca Duccini. Para o brilho dos cabelos, a Chemyunion desenvolveu o ProShine, um ativo baseado em ésteres de fonte 100% vegetal, com alto índice de refração, que ativa o brilho intenso dos fios e realça sua cor, ao interagir com as proteínas da fibra capilar. Sua performance foi demonstrada em testes com cabelos virgens, tingidos ou descoloridos.

Avaliação de brilho com aplicação de ProShine puro como finalizador capilar.

Lembrando que as cutículas dos cabelos são formadas por proteínas (células em forma de escama) e possuem um cimento intercelular composto por lipídios (triglicerídeos, ésteres de cera, esqualeno e metabólitos de células produtoras de gordura), e que esses componentes podem ser facilmente danificados, Duccini conta que a Chemyunion também utilizou os preceitos da química verde para desenvolver o Sensoveil Soft, um ativo que conta com a sinergia entre os óleos naturais de girassol, crambe e abacate para repor os lipídeos essenciais, formando um filme e devolvendo a maciez e a penteabilidade, sem pesar nos fios, para reparo imediato dos cabelos.

Microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostra a reparação da cutícula que o Sensoveil Soft promove sem o efeito de build-up

Duccini acrescenta que as moléculas apresentadas são 100% de origens vegetais e biodegradáveis e proporcionam benefícios de sensorial, reparação e brilho aos cabelos. “Aqui não citamos apenas novas tecnologias em síntese, mas abordamos a próxima geração da sustentabilidade, envolvendo a química verde e o planejamento em como obter novas moléculas considerando a fonte, o processo de síntese e o impacto para o ambiente e para o consumidor, sem deixar de lado a alta tecnologia e a eficácia”.

Alta quantidade de metabólicos

O destaque da Focus Química é a linha ALPAFLOR® de extratos orgânicos de sua representada DSM. “Graças à sua tecnologia altamente eficiente e benefícios totalmente comprovados através de estudos in vivo e in vitro, esta linha é referência no isolamento de moléculas inovadoras de plantas dos Alpes Suíços”, afirma Ariane Ladeira, analista de marketing técnico, explicando que esses extratos sobrevivem sob condições de temperatura e altitude extremas e, por esta razão, produzem alta quantidade de metabólitos secundários excelentes para aplicação em produtos de personal care.

Ariane Ladeira, analista de marketing técnico da Focus Química

A cadeia de abastecimento da linha de extratos orgânicos garante total rastreabilidade da semente ao ingrediente ativo, além do comércio justo e do processo sustentável. Entre eles, Ariane cita o ALPAFLOR® EDELWEISS CB, um extrato de Leontopodium alpinum ‘Helvetia’, que na natureza é especialista em autoproteção. “Por crescer em altitudes de até 3 mil metros, a planta fica exposta a altos níveis de radiação UV e temperaturas extremas, produzindo moléculas protetoras”, explica.

O ALPAFLOR® EDELWEISS CB demonstrou em testes in vivo e in vitro melhorar a integridade da barreira epidérmica, aumentando sua resistência aos fatores externos e proporcionando uma sensação única de proteção na pele.  Além disso, protege o DNA devido à redução dos marcadores de estresse induzidos por UV. Novos estudos também mostraram que, além de prevenir a queda capilar e aumentar a densidade e espessura dos fios de cabelo, o ALPAFLOR® EDELWEISS CB é capaz de recuperar a pigmentação natural dos cabelos, escurecendo os fios grisalhos.

Aparência de cabelos mais escuros após quatro meses de aplicação de 3% de ALPAFLOR® EDELWEISS CB, que reduziu em 50% os fios grisalhos

Outro ativo de destaque da linha é o ALPAFLOR® SCUTELLARIA AO, produzido a partir da rara planta Scutellaria alpina, que combate o estresse urbano, deixando a pele calma, radiante e relaxada. “Ele alivia sensações desagradáveis e suaviza a pele, oferecendo um conforto incomparável”, garante Ariane.

Com fortes propriedades antioxidantes, o ALPAFLOR® SCUTELLARIA AO captura os radicais livres gerados por vários fatores de estresse, além de ajudar a reduzir a inflamação da pele, ativando os receptores GABA-B (efeito anti-inflamatório), enquanto também inibe TRPV1, marcador para hipersensibilidade da pele. O ativo também estimula a liberação de β-endorfina, que tem o efeito de reduzir as sensações desagradáveis da pele, como a sinalização da dor e a sensação de queimação, produzindo um efeito calmante. “O ALPAFLOR® SCUTELLARIA AO também promove uma barreira cutânea mais forte e saudável, ao diminuir os fatores de irritação e inflamação da pele, advindos dos fatores externos. O resultado é uma pele mais macia, confortável e saudável”. Ambos os ativos são veganos e orgânicos com certificação ECOCERT, COSMOS e NATRUE, Halal, além de certificados Fair Trade.

Ingredientes da cultura indígena

Tereza Victorio, gerente técnica da Dinaco

Ingredientes provenientes da cultura milenar indígena são os destaques da Dinaco, que apresenta para o mercado brasileiro o Lapagyl™, que promete retardar o envelhecimento da pele, e o CapilAcid™, que repõe os lipídios da fibra capilar. Tereza Victorio, gerente técnica da Dinaco, explica que o Lapagyl™, desenvolvido pela Lubrizol Life Science, é um extrato à base de óleo da árvore sul-americana lapacho, também conhecida como ipê e chamada de árvore da vida pelos incas. “É considerada um tesouro pelos incas para a longevidade e possui benefícios multifuncionais que retardam o envelhecimento”.

O extrato oleoso de casca do ipê, segundo Tereza, é obtido através de tecnologia de extração sustentável, que segue os seis princípios de ecoextração: baixo consumo de água, processo rápido (menos de 30 minutos), baixo consumo de energia, uso de solventes naturais, prevenção de poluição e sem reações indesejadas. Além disso, preserva o ciclo natural das árvores, evitando impactos ambientais e respeitando o cultivo local das comunidades da região.

Extração do extrato da casca do Ipê preserva ciclo natural das árvores

“Lapagyl™ ajuda a retardar o encurtamento dos telômeros, estruturas que protegem os cromossomos das células da pele e são encurtadas à medida que envelhecemos. Como benefício, previne os sinais de envelhecimento e proporciona uma pele mais radiante, jovem e com melhor aparência geral”, afirma Tereza, que ressalta que testes de eficácia demonstram melhora na aparência das rugas, brilho e hidratação da pele, firmeza na pálpebra superior e pálpebra caída. “Lapagyl™ proporcionou uma redução média estatisticamente significativa da profundidade das rugas em 21,6%, atingindo valores máximos próximos a 60% de redução no final do tratamento de um mês”.

Já o CapilAcid™, lançado este semestre pela Novachem e com certificação Ecocert, Kosher e Halal, entre outras, é um ativo extraído do fruto maqui, “A árvore maqui também é considerada sagrada para os Mapuches, indígenas da Patagônia Andina. Seu fruto é considerado o mais antioxidante do mundo, devido à alta concentração de antocianinas, glicosídeos hidrossolúveis que fazem parte dos compostos fenólicos conhecidos como flavonoides”, conta Tereza. Seu processo de extração é feito através do extrato glicerinado obtido por decocção do pó liofilizado da planta.

Fruto altamente oxidante maqui deu origem ao CapilAcid, da Novachem

Devido seu alto poder antioxidante, CapilAcid™ previne a peroxidação lipídica da camada F da fibra capilar, responsável por manter a hidrofobicidade, baixa porosidade e hidratação dos cabelos. Ele também previne a oxidação da queratina. De acordo com a gerente da Dinaco, além de ser estável e eficaz em pH neutro, o ativo é também estável em pH ácido, devido à acidez natural da maqui. “Por isso CapilAcid™ é ideal para ser aplicado em todos os tipos de produtos para tratamento capilar”.

Testes de eficácia realizados em mechas de cabelo alisado quimicamente demostraram melhora na coesão das cutículas, diminuição do dano e menos pontos de oxidação na fibra capilar, após um tratamento com 5% de CapilAcid™. Para pré-tratamento de mechas danificadas, a melhora dos fios foi constada com apenas 2% de CapilAcid™ em 10 dias de tratamento.

Células-tronco vegetais

A Galena atua há mais de 34 anos como fornecedora de ativos de excelência tanto para o mundo cosmético como alimentício, através de parcerias com empresas de reconhecimento mundial, como, por exemplo, a Vytrus Biotech, que se destaca por sua expertise na obtenção de biomoléculas a partir de células-tronco vegetais, por meio de processos biotecnológicos exclusivos como Plant Cell Biofactor.

Entre os ativos obtidos por essa tecnologia, a farmacêutica do Departamento Técnico da Galena, Beatriz Lopes, destaca o Capilia LongaTM, ativo obtido a partir de células-tronco do rizoma da cúrcuma, que combina ações sinérgicas de fitopeptídeos, fatores de crescimento vegetais e fatores de transcrição com um blend de  diversas vitaminas e nutrientes, que auxiliam na redução de 89% da queda capilar e estimulam o crescimento  de até 13.500 novos fios, de acordo com os estudos de eficácia.

Beatriz Lopes, farmacêutica do Departamento Técnico da Galena

“Seu grande diferencial é o mecanismo de ação que não atua por vias hormonais, como o Minoxidil, mas diretamente na modulação de genes e fatores de crescimento endógenos, como o IGF-1, responsáveis pela redução da queda e estimulo do crescimento capilar”, explica Beatriz.

A Vytrus Biotech também desenvolveu Deobiome Noni™, um ingrediente desodorante biológico produzido a partir das células-tronco da Morinda citrifolia, planta conhecida como noni, enriquecido com prebióticos. “O ativo atua diretamente na comunicação entre as bactérias presentes nas axilas, o Quorum sensing, reduzindo a geração de metabólitos responsáveis pelo mau odor, sem prejuízo das bactérias benéficas da pele”.

A farmacêutica cita outro ingrediente derivado da Morinda citrifolia, o Quora NoniTM, ativo rico em compostos específicos chamados anti-quormones, que reduzem a comunicação entre os microrganismos patogênicos, evitando a formação de biofilme e contribuindo para a melhora da microbiota da pele. “O Quora Noni é um grande aliado no cuidado e prevenção da acne, podendo ser aplicado tanto para produtos skin care como hair care”, completa Beatriz.

Esterquat de óleo de girassol

Bianca Cava Tomé, gerente de desenvolvimento de negócios em personal care da Stepan, observa que o cuidado com o cabelo é foco entre os consumidores brasileiros, que buscam produtos de ótima performance, mas também por alternativas em ingredientes prontamente biodegradáveis e de baixa toxicidade. “Com esses desafios em mente, a equipe Stepan Personal Care empenhou-se em desenvolver agentes condicionantes para cabelo com ótimo desempenho e menor impacto ao meio ambiente, proporcionando alternativas de baixo custo e boa performance aos tensoativos catiônicos mais comuns, como CETAC e BTAC”.

Bianca Cava Tomé, gerente de desenvolvimento de negócios em personal care da Stepan

Bianca conta que o desenvolvimento de um novo catiônico na Stepan teve início com o óleo da semente do girassol, matéria-prima não GMO (organismos geneticamente modificados). Ela ressalta que os esterquats à base de plantas são comumente produzidos a partir do óleo de palma, mas que o tamanho de suas cadeias carbônicas não é ideal para o condicionamento do cabelo.  Já o óleo de girassol contém frações da cadeia C18 com alto grau de instauração, que pode auxiliar na proteção e lubrificação do cabelo para melhor condicionamento e penteabilidade. Com base nessa descoberta, foram desenvolvidos dois esterquats a partir desse óleo: o STEPANQUAT® Helia e STEPANQUAT® Soleil.

De acordo com Bianca, o STEPANQUAT® Helia é um esterquat à base de metil dietanolamina (MDEA) derivada do óleo da semente do girassol quaternizado com cloreto de metila e adição de lauril lactil lactato e glicerina de origem vegetal, contendo 95% de ingredientes ativos em sua composição.  Por sua vez, o STEPANQUAT® Soleil é um esterquat à base TEA-DMS (Trietanolamina – Sulfato de Dimetila) derivado do óleo da semente do girassol quaternizado com Metossulfato, com 100% de ativos, sendo largamente recomendado para os produtos direcionados a cabelos cacheados, por trazer definição aos cachos.

“Ambos têm ótima performance condicionante e de penteabilidade dos cabelos úmidos ou secos, além de reduzir o frizz e controlar do volume. Para Skin Care, podem ser utilizados para melhorar o sensorial durante e pós uso, proporcionando sensorial sedoso, maciez e hidratação”, explica Bianca, que também ressalta a segurança de uso, confirmada por testes de irritabilidade em dosagens de até 5%, o que os torna indicados também para linhas de produtos Infantil, baby e para pele sensível.

Microscopia de varredura mostra a performance de fechamento das cutículas pós uso de um condicionador com diferentes ingredientes catiônicos

Prateleira verde

The Body Shop acaba de trazer mais um lançamento da linha Drops of Youth: o Mist Facial. Tendo como ingrediente principal a planta Edelweiss, encontrada em situações extremas de frio nos Alpes europeus, o produto ajuda a proteger a pele dos radicais livres, bloqueando as partículas finas de poeira que podem obstruir os poros e causar danos à pele, mantendo também a hidratação em dia. Isso acontece porque o princípio ativo tem um poderoso efeito antioxidante natural, com metabólitos naturais que protegem contra a radiação ultravioleta do sol, estimulando a regeneração celular e a elasticidade. A novidade é 100% vegana e também possui o óleo de semente de Moringa, obtido pelo Comércio Justo com as Comunidades de Ruanda, e células-tronco conhecidas por auxiliar na renovação e ricas em antioxidantes.

O Gel-Creme Complex Antissinais, da marca de dermocosméticos recém-lançada Etá Cosmetics, é um hidratante anti-idade que conta com uma associação de ativos naturais biotecnológicos que agem sinergicamente para impedir os danos causados pelos radicais livres, aumentar a quantidade de fibras de colágeno e elastina e melhorar a densidade e integridade da pele. O produto auxilia na recuperação da firmeza e elasticidade, reduzindo a aparência de manchas, promovendo ação preenchedora de rugas e conferindo luminosidade ao tecido cutâneo.

A marca de biocosméticos L’apiely Cosmétique, lançada em junho deste ano, conta com oito produtos de cuidados da pele, todos eles com a ação prebiótica: Água Micelar Prebiótica, Milk Facial Biohidratante Prebiótico, Espuma de limpeza Prebiótica, Manteiga Demaquilante Prebiótica, Máscara Prebiótica com Ácido Hialurônico, Máscara Prebiótica com Retinol, Máscara Facial Prebiótica com Vitamina C, Sérum Prebiótico com Vitamina C. Com investimentos em biotecnologia, a marca quer reforçar a importância de manter o equilíbrio da microbiota.

Com o mote “Mais produto e menos lixo”, foi lançada em junho a Noviole, marca de dermocosmético 100% vegana, natural e de alta performance. Seu nome foi inspirado no termo “não viole”, remetendo aos cuidados com o planeta, saúde e consigo mesma. Assinada pela dermatologista Daniele Balbi, a novidade traz cinco dermocosméticos, elaborados com ingredientes naturais, em fórmulas avançadas e inovadoras, representando uma alternativa terapêutica para os cuidados com a pele. Com proposta 100% vegana, natural e cruelty free, a marca se destaca também por ser Skin Food, termo utilizado para intitular soluções simples e eficazes que os ancestrais utilizavam para cuidar da pele.

Uma pesquisa realizada pela Opinion Box para a empresa de cosméticos Flora, fabricante da marca OX, com mais de 500 mulheres nas cinco regiões do país, entre  março e  de abril, apontou que 75% das brasileiras mudaram o seu critério de escolha de produtos de beleza nos últimos anos. Atualmente, mais de 40% delas já priorizam produtos com uma quantidade mínima de químicos e ingredientes naturais.

Embora custo-benefício e fragrância ainda tenham um peso importante na escolha, mais da metade das brasileiras leem o rótulo do produto para descobrir se a formulação contém substâncias que elas não desejam, como sal, parabenos e corantes. O levantamento mostrou, ainda, que 94% das consumidoras que pesquisam sobre as marcas e leem as embalagens dos produtos antes da compra dão preferência para as formulações com ingredientes naturais. E, dessas, mais de um terço acredita que esses produtos deixam seus cabelos mais bonitos e saudáveis e reduzem o risco de alergias. Em abril, a OX Cosméticos lançou a linha OX Plants, com 93% de ingredientes naturais.

Confiança na ciência

Segundo o Estudo da Mintel “Tendências Globais de Beleza para 2030”, à medida que os consumidores buscam tanto a natureza quanto a tecnologia, os ingredientes naturais modificados serão integralmente acolhidos pelos consumidores que desejam tanto produção natural quanto sustentável. “A confiança na ciência aumentou e veremos marcas, fortalecidas por essa nova aceitação, trabalharem com ingredientes cultivados em laboratório, revolucionando funcionalidades e reduzindo o impacto ambiental”, diz o estudo.

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