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J&J põe a marca Cotonetes à venda e atrai Cremer

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Empresa brasileira fez uma oferta de aquisição na sexta-feira, mas preço não agradou fabricante americana, dizem fontes

A Johnson & Johnson colocou à venda um de seus produtos mais conhecidos no país, a marca de hastes flexíveis de algodão Cotonetes, apurou o Valor. A companhia contratou o banco de investimento Lazard para encontrar um comprador para a marca no país, conforme antecipado ontem pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor. A principal interessada até o momento é a Cremer, fabricante de produtos de higiene, tratamentos e primeiros socorros, que pertence ao Grupo Mafra. Mas está difícil alinhar a expectativa de preço.

O banco trabalha no mandato há cerca de três meses, conforme três fontes próximas às negociações, e tinha afunilado as tratativas com a Cremer. A companhia brasileira fez uma proposta de aquisição na sexta-feira, mas o preço oferecido não teria agradado a americana J&J, de acordo com duas das fontes – principalmente na conversão para dólar, que deixou o preço alto em reais para quem quer comprar e baixo em moeda americana para o vendedor.

Assim, as partes voltaram uma casa no tabuleiro e reabriram conversas. A J&J estabeleceu um valor mínimo para a transação, que ainda não teria sido contemplado nas conversas feitas. Agora, a Cremer pode ajustar o preço ou a vendedora pode resgatar outros interessados que tinha deixado de lado.

A receita de Cotonetes é da ordem de R$ 200 milhões, disseram duas fontes, sem revelar o múltiplo em discussão. Há exatos 10 anos a Hypermarcas comprou a concorrente York por R$ 95 milhões. Se por um lado essa transação agregava à Hypermarcas outros produtos de higiene, além das hastes flexíveis, a marca não era tão forte quanto a colocada à venda agora pela J&J.

Além de ser um produto já maduro, como se diz na indústria para os itens que têm vendas mais estáveis e sem perspectivas de grandes saltos de consumo, a venda da marca icônica faz parte da estratégia do grupo americano de se concentrar cada vez mais em inovações científicas, aplicação de novas tecnologias e tratamentos médicos. Nos últimos anos, a J&J tem investido pesado em pesquisa e desenvolvimento para tratar doenças como hepatites, câncer, além de trabalhar em vacinas contra HIV e recentemente contra a covid-19, na divisão farmacêutica. Na divisão de consumo, também tem investido em linhas de dermocosméticos e produtos de beleza e higiene calcados em diferencial científico, e não em disputa de preço.

Os cotonetes chegaram ao Brasil em 1965. O item foi criado por um polonês naturalizado americano que buscava uma solução para limpar os ouvidos da filha e batizado com esse nome no Brasil. A marca da J&J virou sinônimo de produto.

Procurados pelo Valor, a Johnson & Johnson e o Grupo Mafra, dono da Cremer, disseram que não comentam rumores de mercado.

 

 

 

 

 

Fonte: Valor Econômico 28.10.2020 

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