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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.RadarMasculinidade em transformação: como o autocuidado ajuda a romper antigos padrões

Masculinidade em transformação: como o autocuidado ajuda a romper antigos padrões

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Influenciadores, artistas e marcas de produtos de mencare, como a Dr. Jones, também vêm ajudando na mudança de estereótipos

A sociedade tem sido moldada há décadas por uma visão restrita e inflexível do que é “ser homem”. As expectativas tradicionais de masculinidade frequentemente colocaram os homens em um papel estereotipado, no qual a força física, a independência emocional e a negação do autocuidado eram enaltecidas. No entanto, o comportamento masculino vem mudando e diversos questionamentos estão sendo levantados sobre padrões limitantes.

“Temos o movimento de novas masculinidades e, por outro lado, há uma grande quantidade de homens que se sentem ameaçados pelas transformações que a gente experimentou nas três últimas décadas, especialmente. O crescimento do empoderamento feminino, as distinções de gêneros ganhando cada vez mais proporções, avanços das pautas LGBTQIA+… Isso faz com que muitos entendam que seu lugar de domínio, de poder, está sub judice”, analisa o escritor, pesquisador, psicanalista e cofundador da Float Vibes André Alves.

Um dos assuntos bastante discutidos atualmente é a importância do autocuidado na rotina diária dos homens – tema que tem se destacado como uma área fundamental para romper com papéis estigmatizantes. Segundo pesquisa realizada pela Ipsos, 15% dos homens heterossexuais com idades entre 18 e 65 anos nos Estados Unidos usam atualmente cosméticos e maquiagens; outros 17% considerariam usá-los no futuro, uma expansão que dobraria o tamanho do mercado.

“A grande motivação deles é fazer com que a pele pareça mais nova. Temos a consolidação da pele como um grande símbolo de saúde, cartão de visita, carro chefe da aparência. Homens mais jovens estão mais propensos a usar produtos de skincare e também produtos de maquiagem. Eles ainda estão no lugar de esconder suas imperfeições, então falamos de CC cream, BB cream…”, destaca. Entretanto, André faz uma ressalva: “Os homens estão dispostos a usar produtos grooming skincare, mas quando eles são perguntados sobre cosméticos, isso muda de figura. Para gente ver que tudo tem um código cultural. A palavra cosmético ainda é muito associada ao universo feminino, enquanto o termo grooming skincare entra um pouco mais na chave de autocuidado do homem.”

O papel de influenciadores, artistas e marcas

Influenciadores, artistas e marcas desempenham um papel significativo na promoção do autocuidado masculino e na quebra dos velhos estereótipos. “Temos novos referenciais de homens que se cuidam mais, que são mais preocupados com a aparência física. Se a gente pensar no sertanejo, que é o grande pop nacional hoje, todos eles são preocupados com a estética, tem corpos sarados, cabelos e roupas impecáveis… jogador de futebol, então… A única seleção do mundo que foi pra Copa do Catar com barbeiro oficial, que tem mais de 600 mil seguidores no TikTok, foi o Brasil. Séries, novelas, podcasts, gamers, entre outros, funcionam como uma força de transformação”, reforça André.

Marca de produtos de beleza masculina integrante do Grupo Boticário, a Dr. Jones sempre foi conhecida por sua irreverência e por desafiar os padrões estabelecidos. Neste Dia dos Namorados, sua campanha “Um novo jeito de presentear”, estrelada pelo influenciador Thiago Consani e sua parceira Gabriela Domingues, aborda não apenas os cuidados pessoais, mas também questiona o comportamento masculino tradicional.

“As pessoas não estão mais interessadas em seguir tendências, elas estão interessadas em sentir a vibe e as marcas que desejam ser relevantes precisam se integrar. Se você passa 30 minutos no TikTok vai entender o que estou falando. O marketing relevante é aquele capaz de influenciar a cultura. Ele também reproduz e constrói gêneros. Se a gente quer homens um pouco mais soltos, um pouco mais progressistas e um pouco menos conservadores e machistas, a gente vai ter que trabalhar”, analisa o psicanalista.

O primeiro passo

Uma maneira de incentivar os homens a romper antigos padrões pode ser criar rituais coletivos ou com suas parceiras. André acredita que seja um caminho, mas alerta que as mulheres não devem ter a responsabilidade de transformação do homem. “Os podcasts, os grupos de Telegram, por exemplo, cumprem um pouco desse espaço da mesa de bar. Dá para aprender, errar e você se expõe menos. Mas não dá para colocar na conta das mulheres. Claro, elas podem fazer convites, desde que os produtos ou rituais também sirvam para eles. É uma possibilidade aprender com elas, mas é importante encontrar senso de autonomia.”

A nova geração

André vê os jovens como uma geração cada vez mais disposta a expressar suas emoções e a promover a igualdade de gênero. O “novo jeito de ser homem” envolve autocuidado e visões mais abertas e menos preconceituosas. “Existe uma tentativa de atualizar os códigos de bom moço, do cara que está tentando ser menos tóxico, que tem medo de ser taxado como mais um boy lixo. Muitos destes foram traumatizados por uma geração de homens anterior que saiu de casa, abandonou a família, então a geração anterior produziu uma geração de homens atuais que tenta ser mais exemplar”, acredita.

De acordo com o psicanalista, muitos jovens já não têm mais os mesmos referenciais de sucesso, masculinidade, beleza e relacionamentos de gerações antigas. “Os códigos vêm mudando… É muito forte a fluidez como premissa, temos uma juventude que quer ser livre pra transitar, que quer poder trocar de ideias, que têm menos preconceitos e menos cobranças”, ressalta.

Fonte: GQ 09.06.2023

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