Programa foi selecionado por duas vezes pela Comissão Econômica para América Latina e o Caribe – CEPAL (ONU) como um exemplo de iniciativa sustentável pelos resultados alcançados
O programa pioneiro de logística reversa no Brasil, criado em 2006 pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) econhecido como “Dê a Mão para o Futuro – Reciclagem, Trabalho e Renda, torna-se “Mãos pro Futuro”. Em parceria com a ABIPLA e ABIMAPI, apresenta sua nova identidade visual e lança o Selo Mãos pro Futuro.
O Mãos Pro Futuro traz uma identidade visual repaginada, com o objetivo de simplificar a comunicação e se aproximar ainda mais dos seus parceiros, entre eles catadores e catadoras de materiais recicláveis. A mudança traz novidades, como alteração do logotipo, novo vídeo institucional, site mais moderno e interativo e a criação de redes sociais proprietárias.
Outro ponto importantíssimo é o lançamento do Selo Mãos pro Futuro, para que as empresas participantes possam informar ao público que recuperam as embalagens descartadas após o uso pelos consumidores, integrando um sistema coletivo de -logística reversa de embalagens pós-consumo.
“Além de auxiliar as empresas no cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, no plano ambiental o programa estimula a reciclagem e no plano econômico fortalece e formaliza a cadeia de reciclagem, que hoje protagoniza um elo de suprimentos importante para uma transição eficiente em prol da Economia Circular. Já no plano social, valoriza e empodera os trabalhadores da reciclagem, a fim de que essa nova economia, além de prezar pela circularidade de nossos recursos, seja também mais inclusiva”, explica Rose Hernandes, diretora-executiva da ABIHPEC e coordenadora do programa.
Atualmente, no mínimo 22% (vinte e dois por cento) das embalagens dos produtos colocados no mercado, pelas empresas participantes do “Mãos pro Futuro”, são recuperadas e encaminhadas para a reciclagem. Em 2021, o programa bateu recorde de recuperação, com 147.183 mil toneladas, marco que ultrapassa a meta de 22% da massa global de embalagens inseridas no mercado nacional.
Neste mesmo ano, por conta dos resultados alcançados, o programa também foi selecionado pela segunda vez como um exemplo de iniciativa sustentável pela Comissão Econômica para América Latina e o Caribe -CEPAL (ONU). Além disso, o modelo de gestão do “Mãos pro Futuro” atende diretamente a 7 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da agenda das Nações Unidas para 2030.
Em 2021, o agora “Mãos pro Futuro” foi realizado por meio de um conjunto de 179 cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis espalhadas de norte a sul do país. Mais de 6 mil cooperados, em 125 municípios, foram a força empreendedora que impulsionou a promoção da reciclagem e da circularidade inclusiva. ‘São números que muito nos orgulham, um esforço da indústria para contribuir com uma cultura de sustentabilidade” comenta Joao Carlos Basilio- Presidente Executivo da ABIHPEC.
Ao longo de seus 17 anos de existência, o “Mãos Pro Futuro” tem fortalecido as cooperativas e associações participantes, com investimentos em infraestrutura, capacitação profissional, equipamentos, tais como: empilhadeiras, prensas, caminhões entre outros, pagamentos por tonelada recuperada e, ainda, ações de divulgação para engajamento da população para a correta separação e entrega dos recicláveis para a coleta seletiva.
São histórias como a de Silvana Delgado, da cooperativa que faz parte do programa “Mãos pro Futuro”, a COOPERJUNQ do município de Junqueirópolis (SP), que conseguiu sustento para as três filhas por meio da coleta de recicláveis. “Antes trabalhava na zona rural, usinas de cana de açúcar e outros bicos como faxina, agora minha vida melhorou muito. Já reciclamos 70 toneladas de resíduos, evitando que fossem para o aterro. Eu consigo uma boa retirada mensal que me deixa tranquila”, conta a catadora que se formou em pedagogia, fez pós-graduação e sonha em dar aula.
Outra história que chama atenção por envolver toda uma família é a de Volmir Rodrigues dos Santos, de Santa Catarina. Ele começou a catar papel para seu sustento em 1999 e acabou trazendo toda a família do interior para Florianópolis, porque a coleta de recicláveis gerava mais renda do que a lavoura de erva mate. Acabou empreendendo ao fundar a ACMR – Associação de Coletores de Materiais Recicláveis, cooperativa que foi palco do projeto piloto do “Mãos pro Futuro” em 2006 e segue fazendo parte do programa até hoje.
O modelo de trabalho, desenvolvimento e gestão do programa Mãos Pro Futuro garantiu uma evolução na renda média mensal dos catadores. Em 2020, 52% recebiam acima de um salário-mínimo mensal. Em 2021, esse índice subiu para 77%.
De 2013 a 2021, o programa somou um total de 802.500 toneladas de massa recuperada e encaminhada para reciclagem, fruto de um investimento total de mais de R$ 100 milhões.
Confira a nova identidade visual do programa “Mãos pro Futuro”
A nova identidade visual do “Mãos pro Futuro” traz um design mais moderno e foi desenvolvida para dar ainda mais protagonismo para a essência do programa, simplificar a comunicação e torná-la ainda mais próxima dos seus parceiros.