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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Empresas & NegóciosCompra da Avon torna Natura &Co líder global em vendas diretas, diz presidente

Compra da Avon torna Natura &Co líder global em vendas diretas, diz presidente

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União resulta em líder multicanal que alcança 200 milhões de consumidores, afirmou Roberto Marques

A conclusão da compra da Avon Products pela Natura &Co transforma a fabricante de cosméticos brasileira na maior empresa de vendas diretas do mundo, afirmou Roberto Marques, presidente executivo do conselho de administração e principal executivo do grupo, em teleconferência com analistas nesta segunda-feira.

Segundo a Direct Selling News, que reúne dados do setor de vendas diretas, a americana Avon era a vice-líder, com vendas de US$ 5,7 bilhões, e a Natura &Co, a sétima colocada, com US$ 3,09 bilhões. A junção das operações forma uma companhia com vendas de US$ 8,79 bilhões, superando a Amway, que liderava o posto com US$ 8,6 bilhões.

“A Avon será um pilar muito forte de crescimento da Natura &Co. A união resulta em uma líder multicanal que alcança 200 milhões de consumidores”, afirmou Marques.

O executivo disse que a transação vai acelerar a internacionalização da brasileira e aumentará a sua presença em mercados-chaves, e com um portfólio mais complementar.

Segmentos e mercados

A conclusão da compra da Avon Products pela Natura &Co fez a companhia assumir a liderança da venda de fragrâncias premium e popular em 19 países nos canais de varejo e venda direta, incluindo as marcas Avon, Natura, The Body Shop e Aesop. No mundo, é a terceira maior vendedora destes produtos.

Os mercados em que a multinacional detém o primeiro lugar em participação de mercado são Brasil, Filipinas, Rússia, Turquia e 15 países da América Latina espanhola. Nesta categoria, a Natura &Co tem a segunda posição na África do Sul e na Polônia, além do nono lugar no Reino Unido.

“A oportunidade de crescimento na América Latina é incrível”, disse Marques. Ele acrescentou que assumir posições de liderança em emergentes é importante para avançar em outros mercados importantes.

Em cuidados com a pele, área que inclui produtos para corpo, rosto, mãos e pele, a empresa também detém o primeiro lugar no Brasil e na América Latina.

Na categoria de maquiagens para os olhos, os lábios, o rosto e produtos para as unhas, a Natura &Co é líder no Brasil e nas Filipinas, e assume o segundo lugar em 15 países latino-americanos, além da terceira posição na Rússia.

Com a transação, a companhia brasileira também estreia nas indústrias de moda e produtos para casa, classificadas por Marques como importantes para complementar o portfólio das 4,1 milhões de consultoras que Avon e Natura têm na América Latina, sendo que quase 5 milhões delas vendem itens das duas marcas.

Rentabilidade

As sinergias resultantes da combinação das operações da Avon Products e da Natura &Co vão possibilitar aumentar a rentabilidade da companhia no médio prazo, disse Marques.

Os recursos serão reinvestidos em áreas consideradas estratégicas pela companhia.

Mais cedo, a fabricante de cosméticos revisou para cima as sinergias estimadas para a transação, que serão entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões anuais no período de três anos, ante valor anterior de US$ 150 milhões a US$ 250 milhões.

Na teleconferência, o executivo detalhou aos analistas que as sinergias na área de suprimentos ficarão entre US$ 100 milhões e US$ 140 milhões anuais. Em manufatura e distribuição, serão de US$ 40 milhões a US$ 70 milhões. Na área administrativa, o cálculo aponta para entre US$ 60 milhões e US$ 90 milhões.

O custo total previsto para a transação é de US$ 125 milhões no período de 36 meses, cifra informada em 22 de maio de 2019, que considerava a cotação do dólar em US$ 3,87.

As demonstrações financeiras da Natura &Co e da Avon Products referentes ao quarto trimestre de 2019 serão divulgadas em 5 de março em duas versões. Uma trará os resultados das duas empresas separadamente, conforme adiantou hoje o Valor, e uma segunda versão trará as operações combinadas pró forma, disse Marques.

O executivo disse também que, em 24 de abril, em evento com investidores, serão divulgadas atualizações sobre as sinergias, integração e projeções. Os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2020, já incluindo os números da Avon, serão informados em 7 de maio. Entre outubro e novembro, a Natura &Co também realizará um evento com investidores em Nova York e atualizará o plano estratégico do grupo.

Força de vendas

A sinergia entre as consultoras que vendem produtos da Avon e da Natura é um pilar da estratégia da Natura &Co para a transação e o valor pode ser bastante significativo, disse João Paulo Ferreira, presidente da Natura &Co para a América Latina.

Hoje, cerca de 500 mil consultoras já vendem produtos das duas marcas. Os cálculos sobre este potencial de ganho ainda estão sendo feitos e deverão ser apresentados aos analistas e investidores em abril, afirmou Ferreira também na teleconferência.

No total, as sinergias da transação são estimadas entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões por ano no período de três anos, principalmente no Brasil e na América Latina, maiores mercados da nova companhia, com receita bruta de US$ 10,9 bilhões.

Segundo Marques, a sinergia total poderá ser revisada para cima no futuro. “No momento, o objetivo é estabilizar a empresa no processo de transição e voltar a crescer em todos os países em que atuamos”, afirmou o presidente executivo do conselho de administração e principal executivo do grupo.

Estrutura tributária

Depois de concluir a aquisição da Avon Products e ampliar a atuação para 100 países, a Natura &Co não considera mudar seu domicílio fiscal. “Não existe plano para mudar a estrutura tributária para outra região”, disse Marques.

O executivo disse na teleconferência que a mudança da estrutura tributária “é algo que sempre avaliado, mas que a empresa está comprometida com a região”, apesar de agora ser uma companhia global.

Na bolsa

Depois de liderar as altas do Ibovespa nesta segunda-feira, com avanço superior a 4% pela manhã, as ações ordinárias do Grupo Natura inverteram o sinal e, por volta das 14h, caíam 2,59%, a R$ 39,94. O movimento desta tarde é registrado após o papel sair de leilão, que ocorreu no começo do período vespertino. A operação foi feita pela corretora Morgan Stanley, que atuou nas pontas compradora e vendedora do lote de ativos.

Mais cedo, o anúncio de que a empresa elevou as estimativas de sinergias anuais da fusão com a Avon ajudou a impulsionar o valor do papel. Esse foi um dos aspectos que animou, mais cedo, os investidores.

Em Nova York, em estreia na Nyse nesta segunda-feira, os recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) da Natura &Co registravam ligeira valorização, cotados a US$ 20,58 pela manhã.

 

 

 

 

 

Fonte: Valor Econômico 06.01.2020

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