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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Sem categoriaBeleza fermentada: entenda a tendência que promete revolucionar a saúde de sua pele em 2022

Beleza fermentada: entenda a tendência que promete revolucionar a saúde de sua pele em 2022

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Seguindo a tendência de cuidados com o microbioma cutâneo que dominou 2021, ingredientes fermentados nos cosméticos ganham cada vez mais espaço, oferecendo maior poder de penetração, alta concentração de antioxidantes e nutrientes e eficácia potencializada nos cuidados com a pele.

Devido a fatores como estresse, excesso de higiene e o uso de máscaras, vimos, durante a pandemia, um surto de peles sensibilizadas e irritadas. Com isso, os hábitos de skincare mudaram, deixando um pouco de lado a questão estética para focar ainda mais na saúde da pele, principalmente no que diz respeito ao microbioma cutâneo. “O microbioma cutâneo consiste em um conjunto de microrganismos que vivem em nossa pele e são responsáveis por uma grande diversidade de funções, incluindo desde controle de agentes potencialmente patogênicos até a manutenção da barreira da pele, sendo assim parte integrante da saúde e beleza do tecido cutâneo”, explica a dermatologista Dra. Patrícia Mafra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para se ter uma ideia, pesquisas no Google por termos como “microbioma skincare” cresceram mais de 5000% nos últimos 12 meses. Nesse cenário, surge um conceito que promete ser uma grande tendência em 2022: a beleza fermentada!

A fermentação em si não é novidade. Esse é um processo utilizado há milênios na alimentação, principalmente nos países asiáticos, com alimentos fermentados como a kombucha sendo comprovadamente grandes aliados da manutenção da saúde do organismo, principalmente da microbiota intestinal. Mas, agora, esse conceito tem ganhado o mundo da beleza, com grandes marcas de cosméticos passando a investir mais em produtos formulados com ingredientes fermentados para promover uma melhora significativa do microbioma da pele. “A fermentação é um processo metabólico no qual os ingredientes, geralmente plantas e óleos no caso dos cosméticos, são processados por microrganismos, como enzimas, bactérias e fungos, sendo quebrados em compostos menores e, muitas vezes, mais poderosos, adquirindo, inclusive, benefícios adicionais”, diz a Dra. Patrícia Mafra.

Por exemplo, uma das principais vantagens dos ingredientes fermentados é, justamente, seu tamanho menor. “Como o processo de fermentação quebra os ingredientes em moléculas menores e mais concentradas, esses compostos tendem a possuir um maior poder de penetração na pele, sendo assim mais eficazes. Além disso, esses ingredientes possuem uma maior quantidade de nutrientes e antioxidantes que são gerados no processo de fermentação, principalmente flavonoides, que possuem poderosa ação anti-inflamatória e são responsáveis por proteger a pele contra os danos dos radicais livres causadores do envelhecimento”, afirma a Dra Patrícia. “Por fim, mas não menos importante, os ingredientes fermentados são grandes aliados da microbiota cutânea, pois auxiliam no desenvolvimento saudável desse ecossistema de microrganismos, assim fortalecendo a barreira de proteção da pele e combatendo uma série de alterações como irritação, desidratação, rosácea, acne e dermatite”, destaca.

Mas, afinal, como começar a usar os cosméticos fermentados? A verdade é que não é preciso ir longe, pois muitos ingredientes comumente utilizados na rotina skincare já são provenientes da fermentação. E, com o crescimento dessa nova tendência, esperamos ver cada vez mais marcas investindo no uso desses ingredientes em seus produtos, além de pesquisas para descobrir novos compostos fermentados. “Os alfa-hidroxiácidos, bastante conhecidos por seu alto poder de renovação da pele, são grandes exemplos de ingredientes fermentados. Os ácidos glicólico, mandélico e láctico, por exemplo, são obtidos a partir da fermentação do açúcar, das amêndoas e do leite, respectivamente”, explica a Dra Patrícia Mafra. E o melhor é que basicamente qualquer pessoa pode se beneficiar do uso dos cosméticos fermentados. Mas, assim como qualquer outro ingrediente, os ativos fermentados devem ser escolhidos de acordo com as necessidades de sua pele e os cuidados na escolha devem ser redobrados no caso dos ácidos. Por isso, antes de entrar nessa tendência, o melhor é consultar um dermatologista para receber a orientação adequada.

Outras maneiras de cuidar do microbioma – Vale ressaltar, no entanto, que, apesar de extremamente benéfico, apenas o uso dos cosméticos fermentados não é suficiente para manter o microbioma cutâneo saudável, sendo importante adotar outros cuidados. “É importante, por exemplo, sempre optar por tomar banhos frios ou, no máximo, mornos, pois a água quente remove a barreira de proteção e as bactérias benéficas da pele, tornando-a mais propensa a agressores externos e agentes patógenos”, aconselha a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Outro cuidado é com relação ao uso excessivo de sabonetes agressivos. “Limpar demais a pele com produtos muito abrasivos pode reduzir o número de bactérias saudáveis na pele, deixando-a desprotegida e mais suscetível a doenças como a dermatite atópica e acne”, afirma o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista da Clínica GRU Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O recomendado então é utilizar produtos que limpem profundamente sem ressecar a pele, como o Sabonete Poros Hidratante, da Be Belle, que garante limpeza e remoção de impurezas da pele de forma suave, mantendo a hidratação sem alterar a barreira da pele.

Outra dica é simplificar o regime de beleza. Lembre-se: menos é mais e utilizar centenas de produtos químicos pode causar muito estresse na pele e no microbioma, causando desequilíbrios, sensibilidades e problemas de pele combinados. “É importante manter em mente que a pele responde bem a um tratamento direcionado e não a um volume muito grande de produtos aleatórios aplicados sem orientação”, diz a Dra Paola. Com relação aos ingredientes para incluir na rotina skincare, além dos fermentados, uma excelente opção são os pré e probióticos, que podem ajudar na manutenção e equilíbrio do microbioma para ajudar a pele a se recuperar mais rapidamente de ingredientes ameaçadores. “Para restaurar as peles comprometidas, é importante escolher produtos para que reforcem a função de barreira e proteja contra a perda de umidade. O produto deve funcionar ativamente abaixo da superfície da pele, estimulando os seus próprios processos de renovação e as defesas naturais”, diz a Dra Patrícia. Foque também em ingredientes nutritivos e calmantes, incluindo babosa, óleo de jojoba, manteiga de karité, oligomix, nutriomega 3, 6, 7 e 9, óleo de esqualano e Vitamina E. Uma ótima opção nesse sentido é Gel Complex Antioleosidade, da Età Cosmetics, que, além de um complexo de Vitaminas A, C e E nanoencapsuladas, traz em sua composição ingredientes como a Eau de Noirmoutier, uma água luxuosa obtida da ilha francesa Noirmoutier que é excepcionalmente rica em minerais capazes de promover potente nutrição e revitalização da pele, e o Anti-Oil Complex, um composto de extratos vegetais extraído de plantas com poderosa ação antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante e calmante.

Por fim, é indispensável também investir em uma alimentação balanceada, que, além de contribuir para a saúde da pele e a manutenção do microbioma cutâneo, ainda ajuda no equilíbrio da microbiota intestinal, que, por ter impacto direto na inflamação e na modulação da imunidade, também está relacionada à saúde da pele. Por isso, também aposte no consumo oral de probióticos, que podem ser encontrados em alimentos fermentados, como kombucha e missô, e alguns queijos e iogurtes. “Vale a pena investir também nos prebióticos, componentes naturais presentes em alimentos como aveia, alho, cebola, frutas vermelhas e banana que, ao chegarem no intestino, promovem o crescimento de bactérias benéficas, ou seja, de probióticos”, recomenda a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia. “Em contrapartida, guloseimas, alimentos fritos em imersão e ultraprocessados, ricos em sal, açúcar refinado, gordura saturada e trans devem ser evitados, pois favorecem a proliferação de bactérias prejudiciais que causam inflamação e reduzem a imunidade”, finaliza.

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