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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Empresas & NegóciosCosmético “pra cachorro”: Dolce Pet disputa mordida de um mercado bilionário

Cosmético “pra cachorro”: Dolce Pet disputa mordida de um mercado bilionário

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Empresa baiana de “pet care” fabrica mais de 200 produtos para cães gatos, investe R$ 1 milhão por ano em tecnologia e se prepara para exportar

Grandes empresas concorrem com pequenos e médios empreendedores por uma fatia do concorrido mercado pet brasileiro, que se prepara para faturar R$ 76,3 bilhões este ano. A cifra prevista pelo Instituto Pet Brasil leva em conta todas as camadas desse setor, incluindo alimentação (que corresponde à metade do bolo), serviços veterinários e a parte de pet care, que abrange produtos de higiene e bem-estar. Este último segmento tem uma participação menor no montante total, mas é o que mais cresce ano a ano. Avançou 17,4% em 2023, movimentando R$ 3,9 bilhões no período.

Uma rápida pesquisa no Google por “cosméticos para pets” leva a produtos de dezenas de marcas diferentes. Empresas tradicionais, como Boticário e Granado, estão no páreo e disputam o melhor posicionamento nas buscas online com players menos conhecidos. O pet care tem apelo internacional e chegou inclusive ao mercado de luxo. Recentemente a Dolce & Gabbana lançou um perfume para cães pela bagatela de 100 euros.

Perfume baiano de fixação gringa

Voltando ao Brasil, o Grupo Dolce Pet, que nada tem a ver com a marca italiana, vem expandindo negócios dentro desse nicho, trazendo uma característica típica da perfumaria internacional: aromas de fixação duradoura. A empresa baiana investe R$ 1 milhão por ano em tecnologia de encapsulamento de fragrâncias e aposta nessa característica como diferencial para superar a concorrência acirrada. A estratégia parece estar dando certo: as receitas do Dolce Pet avançam de 30% a 35% por ano, de acordo com a empresa, que não abre o faturamento.

“A cada ano lançamos entre 40 e 60 produtos novos”, contou Marcelo Miranda, um dos três sócios-fundadores do grupo, ao InfoMoney. O Dolce Pet trabalha com três marcas e tem em torno de 210 itens em seu portfólio – mais opções do que muitas empresas de cosméticos “humanos” oferecem por aí. E tudo o que é vendido pelo grupo parece ter sido feito para “gente”: tem máscara capilar, leave in, colônias e até produtos antioleosidade.

“Alguns tutores também usam”, revela Miranda. “Eles testam neles mesmos antes de colocar no animal e acabam gostando”. Os cosméticos fazem parte das rotinas de banho e tosa dos pet shops de bairro, mas também são bastante difundidos nos grandes concursos de groomers, os “cabeleireiros” do mundo pet.

Para pets, testado em humanos

Curiosamente, antes de se tornar uma indústria de pet care, o grupo Dolce Pet se preparou para produzir cosméticos convencionais. “Ficamos seis anos aguardando uma liberação do Ministério da Agricultura para produzir uma linha completa de produtos para a parte animal, com condicionador, shampoo e máscara. Como não saía, decidimos seguir adiante com cosmética humana”, conta o fundador. Mas antes de lançar o primeiro produto no mercado, os sócios por fim conseguiram a liberação para seguir com a ideia original. Hoje, tanto a produção quanto a parte de pesquisa e tecnologia de novos produtos acontecem na unidade fabril do grupo em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. A fábrica produz 550 mil litros por mês e já chegou a 60% de sua capacidade.A indústria de cosméticos para pets tem regras rigorosas e é cheia de particularidades. A sensibilidade da pele dos animais é diferente da dos humanos e o olfato dos “peludos” é mais aguçado. É comum as fabricantes, como o Dolce Pet, apostarem em linhas orgânicas e veganas. O produto, obviamente, também não pode ser testado nos bichinhos.

Exportações e diversificação

Em termos de distribuição dos produtos, Miranda diz que “valoriza a pulverização” dos canais de venda. Os itens do Dolce Pet hoje são encontrados em grandes varejistas como Petz, Cobasi e Petlove, tanto nas lojas físicas quanto no e-commerce dessas empresas. “Mas temos um cuidado muito grande com os pequenos”, afirma o fundador, reforçando a importância de levar os produtos para bairros populares, onde as grandes varejistas muitas vezes não estão. “Nosso produto não é barato, mas rende muito”, avisa.A ideia de um e-commerce próprio, para venda direta ao consumidor final, por enquanto, está descartada. “Não queremos atritar com os nossos clientes”, diz o fundador. O foco, no momento, é expandir mercados e levar o produto até mesmo para fora do país.O grupo Dolce Pet diz que já tem alguns clientes no exterior e estruturou uma operação para exportar. A empresa baiana mira em mercados como Argentina, Chile, Estados Unidos e Índia.

Paralelo a isso, Miranda e os sócios trabalham para colocar uma nova vertical de negócios de pé: um braço farmacêutico para pets. Até o final do ano, o grupo deve lançar uma primeira linha de suplementos vitamínicos voltado a animais de estimação. O foco é a prevenção de doenças. A tendência que já vem sendo observada há algum tempo na indústria farmacêutica convencional chegou ao mercado pet. Mais uma.

Fonte: Infomoney 07.09.2024

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