Protetor solar com efeito base é mais eficaz do que o comum, diz dermatologista
Os protetores solares com cor são uma mão na roda para aquelas mulheres que querem somar a proteção solar com a maquiagem, em um efeito dois em um, de modo a economizar mais tempo no ritual de beleza matinal. Além disso, os produtos com cor – efeito base – são capazes de proteger mais a pele do que um protetor comum.
Segundo a dermatologista Laryssa Araújo, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a incorporação de pigmentos absorvedores aos protetores solares brancos aumenta consideravelmente a capacidade fotoprotetora desses itens.
“Esse efeito sinérgico é devido à reflexão da luz, aumentada consideravelmente pelo maior comprimento do percurso da luz atravessando a camada de protetor solar. Formulações contendo filtros opacos e pigmentos absorvedores proporcionam eficaz fotoproteção aos indivíduos sensíveis à luz visível”, complementa.
A médica declara ainda que, como os protetores solares formulados sem cor tem baixa aceitação cosmética por provocar coloração esbranquiçada na pele, uma alternativa a essa questão é a tal introdução de ativos na formulação de partículas pigmentares como o óxido de ferro.
“Isso produz o tal efeito de base no produto (protetor solar colorido ou pigmentado) muito bem aceito por usuários, sobretudo do sexo feminino”, afirma a médica.
Para todos – Atualmente, há protetores solares com cor para todos os tipos de pele, seja ela mista, seca ou oleosa ou brancas, morenas e negras.
“Os protetores solares com cor são definidos como filtros inorgânicos ou físicos, ou seja, atuam através da dispersão e reflexão das radiações UV, funcionando como uma barreira física, ou ainda, dependendo do tamanho da partícula que constitui o filtro, podem absorver as radiações UV. Os filtros inorgânicos atualmente mais utilizados são o óxido de zinco e o dióxido de titânio”, diz a dermatologista.
Segundo Dra. Laryssa, comparando com os filtros orgânicos, estes apresentam algumas vantagens, tais como serem ambos fotoestáveis, possuírem baixo potencial alergênico, não provocarem irritação e sensibilização da pele, e a penetração através da pele é limitada e conferem uma proteção de largo espectro.
A quantidade no produto na pele deve ser respeitada para poder conferir fotoproteção adequada. “A quantidade recomendada por algumas instituições de dermatologia americanas é 1/2 colher de chá para o rosto”, conclui.