Receita da Avon cai 13% no Brasil no 4º trimestre
A fabricante de cosméticos Avon teve prejuízo atribuível aos controladores de US$ 77,6 milhões no quarto trimestre de 2018, revertendo lucro de US$ 91,5 milhões registrados um ano antes. A receita líquida foi 14% menor no período, atingindo US$ 1,323 bilhão.
A receita total foi de US$ 1,401 bilhão, queda de 11%. O custo de vendas aumentou 15,54% na variação anual.
No trimestre, a perda por ação foi equivalente a US$ 0,19, enquanto o consenso de mercado era que houvesse lucro de US$ 0,07, redução de 41,7% na variação anual. A receita também foi inferior à cifra de US$ 1,43 bilhão aguardada pelos analistas.
“Estamos nos estágios iniciais do nosso plano de reviravolta com resultados do quarto trimestre mostrando uma melhora sequencial nas tendências de receita em quatro dos nossos cinco principais mercados”, disse o presidente da Avon, Jan Zijderveld.
O desempenho da Avon foi prejudicado pela demanda menor dos produtos na América Latina e número de revendedores 6% inferior no Sul da América Latina, Europa, Oriente Médio e África e Ásia-Pacífico.
No Brasil, mercado mais importante da gigante de vendas diretas, a receita caiu 13%, refletindo também a queda na força de vendas. No entanto, a Avon informou no relatório de resultados que houve melhora na produtividade.
Segundo a companhia, durante o quarto trimestre a margem operacional ficou negativa em 3,5%, ante indicador positivo de 5,7% um ano antes, devido aos investimentos realizados com os representantes e líderes de vendas, principalmente no mercado brasileiro. Também houve efeito do câmbio.
“As despesas foram para recuperar o nível de atividade no país depois da greve dos caminhoneiros, no segundo trimestre de 2018”, informou a Avon. Também foram registrados custos maiores com transportes, propaganda e impacto negativo do câmbio, compensado em parte pela menor inadimplência.
Zijderveld afirmou que a companhia está dando os passos necessários para crescer e ressaltou que a “base do sucesso” será o treinamento e retenção dos revendedores. O diretor financeiro da companhia, Jamie Wilson, lembrou a estratégia de reorganizar a Avon com a venda de ativos não estratégicos como a fábrica na China e a venda da operação no Japão.
Fonte: G1