Nivea é acusada de racismo por creme que promete clarear a pele
A Nivea, marca de cuidados pessoais da alemã Beiersdorf, está sendo acusada de racismo após a divulgação de campanha de um hidratante que promete clarear a pele veiculado em Gana, Nigéria, Camarões e Senegal.
Outdoors nos países africanos exibem a ex-miss Nigéria, Omowunmi Akinnifesi, com a mensagem “para uma pele visivelmente mais iluminada”. Filmes publicitários na televisão mostram a modelo ficando com a pele mais clara após o creme.
No início do mês outra polêmica semelhante envolveu a Unilever. A marca de sabonete líquido Dove divulgou anúncio on- line nos Estados Unidos em que uma mulher negra se transformava em branca – a peça era protagozinada por várias outras etnias, no entanto.
Em posicionamento publicado no Facebook, a Nivea enfatizou que de forma alguma a campanha do produto “Natural Fairness Body Lotion” tinha a intenção de degradar ou glorificar as necessidades ou preferências de qualquer pessoa em cuidados com a pele.
Segundo o comunicado, o creme tem a função de reduzir a produção de melanina induzida pelo sol, que, ao longo do tempo, pode levar a um tom de pele irregular.
“Reconhecemos o direito de cada consumidor escolher produtos de acordo com suas preferências pessoais, e somos guiados por isso para fornecer de forma responsável opções de produtos de cuidados da pele de alta qualidade”, afirmou.
Apesar da declaração se justificando, a Nivea não fez nenhum pedido de desculpa. No caso da Dove, a marca retirou o vídeo do ar e se redimiu com os consumidores nas redes sociais, inclusive no Brasil.
Fonte:Valor