Brasileiros priorizam perfumes e categoria cresce 12% em 2017
A empresa global de pesquisa estratégica de mercado Euromonitor International divulgou novos dados sobre a indústria de beleza e cuidados pessoais no Brasil, indicando as principais tendências no setor.
Apesar de uma recuperação mais rápida do que o previsto para o segmento no Brasil, 2017 provou ser outro ano desafiador para a indústria de beleza e cuidados pessoais. As vendas registraram crescimento de 3% em relação a 2016 (em valores correntes) com desempenhos díspares entre as categorias. A expectativa é que haja uma recuperação mais forte para o setor nos próximos anos. A projeção da consultoria é de um crescimento médio de 5% ao ano entre 2018 e 2022 anterior (valores constantes de 2017).
Brasileiros priorizam perfumes
Os consumidores do Brasil continuam a investir em fragrâncias mesmo com os efeitos persistentes da recessão econômica vista no país nos últimos anos. A categoria de fragrâncias é que apresentou o maior crescimento em 2017, com aumento de 12% no faturamento em relação ao ano anterior (em valores correntes).
“Os brasileiros estão cautelosos na hora da compra e preferem produtos considerados essenciais. Embora inicialmente, perfumes possam parecer um produto supérfluo, há um fator cultural muito forte que influencia positivamente o consumo da categoria. Este comportamento está alinhado com uma megatendência, identificada pela Euromonitor International como Middle Class Retreat, que indica que os consumidores com o poder de compra comprometido irão realocar os recursos, abrindo mão de alguns produtos para priorizar outros que eles consideram mais importantes – impulsionado um movimento de trade up em determinadas categorias de produtos”, comenta o analista sênior de pesquisa da Euromonitor International.
Atividades promocionais impactam vendas de desodorantes
Por outro lado, a categoria de desodorantes é a que mais sofre durante a crise econômica. A categoria, que vem apresentando quedas consecutivas desde 2013, teve seu faturamento reduzido em 8% no ano passado – a maior queda vista para a categoria na última década. A queda está atrelada a uma redução no tíquete médio gasto nesse tipo de produto, resultante de intensas promoções.
“Uma das categorias em beleza e cuidados pessoais mais marcada por atividades promocionais é a de desodorantes. Os brasileiros estão se acostumando a visitar os varejistas e ter à disposição pelo menos uma promoção nas prateleiras. Além do aumento de oferta de produtos do tipo “compre 2, ganhe mais 1”, o ambiente competitivo tem sido influenciado por uma atuação cada vez mais forte de players oferecendo itens mais baratos, intensificando a concorrência entre os principais players do setor”, finaliza Morimitsu.