Francesa Coty faz parceria com o Alibaba para atrair consumidores chineses
Multinacional dos cosméticos vai desenvolver novos produtos voltados exclusivamente para a China.
NOVA YORK — A Coty Inc, multinacional dos cosméticos fundada em 1904 na França, quer se aproximar dos consumidores chineses de cosméticos, produtos para cabelo e perfumes e, para esta nova empreitada, fechou uma parceria com a Alibaba, gigante do comércio eletrônico que controla a AliExpress. As duas companhias estão se unindo através de máquinas de venda interativas nos shoppings das principais cidades chinesas, bem como em ações junto a salões de beleza e cabeleireiros. Além disso, o acordo permite que a Coty explore os dados do Alibaba sobre consumidores domésticos. A Coty também trabalhará com a divisão de design de produtos da Alibaba, o Tmall Innovation Center, para desenvolver novos produtos voltados especificamente para a China.
A aliança com o Alibaba reforça nosso compromisso com o crescimento na China. A parceria permitirirá que a empresa forneça experiências cada vez mais personalizadas, tanto on-line como off-line — disse o CEO da Coty, Camillo Pane.
Muitos dos produtos da Coty já são vendidos em lojas de beleza, cabeleireiros e lojas de conveniência chinesas, e marcas como Max Factor, Philosophy e Wella são vendidas na plataforma de luxo do Tmall, da Alibaba. As fragrâncias de luxo da Coty, como Gucci, Tiffany e Philosophy, são vendidas em shopping centers e lojas de departamento de luxo chinesas.
Cerca de 75% das receitas da Coty correspondem à América do Norte e Europa. A empresa, no entanto, não divulga suas vendas na China. Em uma teleconferência com analistas realizada em agosto, Pane disse que a presença da Coty na China continua pequena, embora as três divisões (mercado de massa, luxo e beleza profissional) tenham experimentado um crescimento de dois dígitos na região no último ano fiscal.
A Alibaba, do empresário Jack Ma, por sua vez, assinou inúmeros acordos com empresas internacionais que buscam conquistar uma fatia maior do mercado chinês. Em agosto, a Starbucks informou que testaria um serviço que oferece bebidas e produtos assados no site de alimentos Ele.me, que pertence à empresa de comércio eletrônico. Em outubro, a empresa de luxo suíça Richemont, dona de marcas como Cartier e Vacheron Constantin, uniu-se à Tmall para criar novos aplicativos móveis e lojas on-line.
Fonte: O Globo