As tendências de comportamento para 2017, segundo o bureau WGSN
Durante a tão esperada apresentação do bureau de tendências britânico WGSN durante a São Paulo Fashion Week, a vice-presidente executiva do grupo para América Latina, Letícia Abraham Malta falou sobre quatro grandes tendências de comportamento de consumo que devem predominar em 2017. Sim, 2017. Fique de olho nelas, principalmente se você trabalha com produção de conteúdo, design e prestação de serviços.
A primeira é o “encontro de culturas”. Se o mundo está todo pasteurizado, todo mundo se veste igual e come as mesmas coisas em todos os cantos, uma resposta a isso é uma busca do público por experiências autênticas, como fazer uma refeição típicas na casa de um habitante local, Então, nas palavras da executiva: “Para surpreender (o consumidor) é preciso achar novos lugares e pontos de vista”.
Outra grande tendência é a “fronteiras urbanas”. O planeta está se urbanizando. E cada vez mais rápido. Em 1870 vivemos a primeira, em 1930 vivemos a segunda e agora estamos vivendo a terceira grande onda de fusão de centros urbanos e de migrações urbanas. Uma das consequências mais bacanas disso é que está acontecendo uma diáspora criativa, e grandes talentos do design e das artes não estão apenas em Londres, Milão e Nova York. Eles também se encontram em Talinn, na Estônia, em Belgrado (Sérvia) e em Cracóvia, na Polônia. Outro fato é que passamos a valorizar as coisas mais reais e rotineiras ou, nas palavras de Letícia, “A vida como ela é”.
A busca por uma “pausa” é a terceira tendência. A novidade é que esta pausa não se faz, necessariamente, longe da tecnologia. Pausar não quer mais dizer “desligar o celular” porque, agora, a tecnologia vem a favor de uma melhor qualidade de vida. São aplicativos que ensinam a meditar e ajudam a relaxar, um chip de memória que está sendo estudado na Pensilvânia… “A questão é desconectar do outro pra se conectar consigo”, explica.
Por fim, a “onda digital” fala sobre esta era da exposição às informações em que vivemos: criamos histórias, inventamos personagens no mundo digital. “A gente lê online e não sabe se é verdade”, diz Letícia. Questionando isso surgem movimentos na geração Z (a dos nascidos a partir de 95): eles desconfiam mais e conduzem mudanças, pois são a favor de uma cultura da tolerância e da transparência. Eles são os consumidores do futuro, então vale a pena saber como pensam para entender como atingi-los, certo?