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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.RadarBeleza On Demand: conheça o movimento que personaliza os cosméticos

Beleza On Demand: conheça o movimento que personaliza os cosméticos

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A especialista Carla Pedriali explica o que é esse conceito e porque ele deve ser uma tendência crescente no mercado de beleza

De um lado, consumidores hiperconectados e exigentes. De outro, uma indústria com fortes investimentos em tecnologia e tendências. Foi nesse cenário, a partir de 2018, que as linhas de cosméticos on demand ganharam força e se consolidaram como um movimento global no mercado de beleza. A proposta é fabricar produtos com fórmulas exclusivas de acordo com as necessidades e especificidades de cada consumidor. Na entrevista a seguir, a estudiosa sobre o tema, Carla Pedriali, professora do curso Estética e Cosmética do Centro Universitário Senac (Santo Amaro), conta mais sobre essa ideia.

Marie Claire – O que é beleza On Demand?

Carla Pedriali On Demand refere-se a algo que foi solicitado, buscado, desejado, procurado e demandado pelo consumidor. Para ser uma realidade, este conceito deve unir a tecnologia e o atendimento à expectativa do cliente no quesito produtos e serviços.

MC – O que impulsionou o surgimento dessa tendência?
CP – Esse movimento cresceu nos últimos 7 anos em vários continentes como na América do Norte, Europa e Ásia. A mudança no comportamento do consumidor foi o principal impulsionador. O consumidor  tornou-se mais exigente, hiperconectado, imediatista e com acesso fácil à informação nas redes sociais. A indústria olhou para isso e percebeu que era necessário agir, se atualizar e se modernizar. O On Demand cresce aí. A partir de 2018, os investimentos de indústrias cosméticas multinacionais trouxeram novos conceitos, como a tendência do Beauty Tech, com os produtos e experiências da beleza personalizados (Customized Beauty Products and Experiences and Technology-backed Cosmetics Brands) e também a experimentação virtual (Virtual Try-on).

MC – Qual é o principal objetivo?
CP –
Há o entendimento de que a personalização é uma forma de expressar a individualidade. A indústria faz uso da Inteligência Artificial e data science para obter formulações específicas que tratam individualmente.

MC – Os conceitos de produtos manipulados e os on demand são diferentes?
CP – Sim, são diferentes. Um produto manipulado não utiliza a parceria com a tecnologia que a Indústria Cosmética está investindo. Existe uma personificação dos produtos e serviços, mas também uma experimentação virtual que proporciona uma série de sensações e experiências únicas ao consumidor. Desde 2019, a organização da Indústria da Beleza investe em parceria com empresas de tecnologia e start-ups para o desenvolvimento dos produtos e de todos os aspectos envolvidos com o marketing e merchandising.

MC – Como os produtos on demand se posicionam no mercado?

CP –  Os cosméticos tecnológicos, com fórmulas exclusivas, movimentam mais de U$ 445 bilhões. A acessibilidade econômica também é uma questão importante, já que a maioria dos dispositivos inteligentes de beleza estão sendo posicionados como produtos premium.

MC – Até que ponto é possível personalizar?
CP – A parceria das grandes corporações com start-ups, profissionais médicos e empresas de tecnologias estão sendo essenciais para unir as Inteligências Artificial (data science) e Humana, determinando as melhores rotinas de cuidados para a pele ou cabelo com base em necessidades individualizadas.

MC – Como unir inteligências artificial e humana para personalizar os cosméticos?
CP – Data Science pode ser associado ao comportamento do consumidor e condições ambientais de sua localização, por exemplo. Dentro deste contexto, é realizada as combinações exatas de ativos cosméticos que irão atuar no cabelo ou na pele dentro de uma base padronizada. Esta mistura pode acontecer dentro de laboratórios próprios e enviados ao cliente com assinatura personalizada. A mistura pode ser realizada por meio de um dispositivo com ativos padronizados e dentro da realidade do cliente.

MC – Pode dar algum exemplo?

CP – Atualmente, dentro do segmento de maquiagens, o consumidor já pode ter um batom personalizado por meio de uma máquina a Lip Factory da Color Tailor, que fica na loja principal a empresa Amore Seongsu em Seoul. Dentro desta máquina é adicionada matérias-primas de diversas marcas associadas como Etude House, Sulwhasoo, Innisfree e Laneige. Esta tecnologia necessita de uma loja física e é realizada por meio de um questionário onde o consumidor responde sobre a característica facial que quer destacar, qual textura prefere e a cor que prefere.

MC – Quais são os segmentos da beleza mais promissores?
CP – O segmento Skincare está com um investimento alto por conta dos cosméticos sempre terem sido muito questionados em relação à sua eficácia. Portanto, as marcas de tecnologia estão se concentrando para dar a análise mais personalizada e também fazer o acompanhamento do tratamento e seus resultados.
Além disto, o segmento de Haircare está crescendo suas pesquisas para direcionar cada vez mais os resultados quanto ao brilho, penteabilidade e tratamento personalizado passando por produtos que agridam menos inclusive o couro cabeludo.

MC – Maquiagem também pode progredir nesse sentido?
CP – O segmento Make-up vem ganhando espaço por conta da experimentação virtual podendo disfarçar imperfeições, ressaltar áreas específicas da região facial e área dos olhos antes mesmo de ter o produto em mãos. E depois da experiência o consumidor tem o direcionamento dos produtos mais adequados a sua necessidade e ao seu desejo.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Marie Claire 07.06.2021

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