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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.COVID-19 RadarComo está a indústria cosmética na pandemia?

Como está a indústria cosmética na pandemia?

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O primeiro registro do novo coronavírus no Brasil aconteceu no fim de fevereiro, e de lá para cá, a curva da doença só cresceu, modificando diversos hábitos da sociedade, especialmente pela necessidade do isolamento social. Diante disso, como fica a indústria cosmética na pandemia?

Como muitas pessoas deixam de sair de casa — seja para trabalhar, estudar, comprar e passear — o consumo de algumas categorias ficou abalado; por outro lado, a necessidade da higienização constante trouxe espaço para outros itens.

Quais vendas da indústria cosmética foram prejudicadas?

Uma estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal e Cosméticos (ABIHPEC) indica queda de 10% a 15% na comercialização de produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos em março. A redução nas vendas é reflexo das lojas fechadas e de uma diminuição na atividade de revendedoras. Segundo a entidade, a queda não é maior porque a comercialização desses itens continuou em farmácias e supermercados.

A consultoria Kantar Worldpanel divulgou um estudo apontando como a COVID-19 afeta os hábitos de consumo dos brasileiros devido ao isolamento social: no mês de março — período em que os números da doença não estavam tão altos — 42% da população afirmou que sua rotina diária já havia sido alterada, sendo que 78% dessas pessoas só saiam de casa quando necessário.

Assim, a indústria cosmética na pandemia passou a enfrentar um novo cenário, visto que o consumo de muitos produtos está diretamente ligado ao hábito de se arrumar para sair de casa e ir para o trabalho ou escola ou para socializar. Por conta disso, a categoria mais afetada no país é a maquiagem. Na sequência, aparecem os produtos de banho/hair care, seguidos por fragrâncias, hidratação facial/corporal e desodorante.

Na categoria de itens masculinos também houve redução de 12% nas vendas de lâminas de barbear. Isso porque o estudo da Kantar revelou que 32% dos homens declararam fazer a barba estritamente por motivos de trabalho.

Quais produtos do segmento ficaram em alta?

Apesar da queda na venda de vários produtos, a indústria cosmética na pandemia também registrou resultados positivos com itens voltados para a limpeza e assepsia. Dados da ABIHPEC mostraram que, em fevereiro, houve crescimento de 260% em volume na produção de álcool em gel em comparação ao mesmo período de 2019, sendo que o consumo do produto chegou a 100 toneladas naquele mês.

De acordo com a associação, em 2020, a previsão é que o faturamento do álcool em gel seja 10 vezes superior ao registrado em 2019.

O sabonete líquido também teve destaque com a COVID-19 — a produção cresceu 2,5% no primeiro bimestre do ano, sendo que a venda da categoria de sabonetes como um todo pode crescer mais ainda com os cuidados de higienização.

A Kantar apontou ainda o crescimento no consumo de hidratante para as mãos, já que o uso constante de álcool em gel e sabonetes resseca mais a pele.

Quais as perspectivas para o setor para os próximos meses?

O isolamento social fez as pessoas saírem menos de casa, dispensando, por exemplo, para muitas mulheres, o uso diário da maquiagem e, para os homens, os itens de barbear. Contudo, é importante entender que os itens de higiene e beleza têm relação com o bem-estar. Além disso, a população está com uma preocupação maior com os cuidados de higiene por medo do fácil contágio pelo novo coronavírus.

Então, é o momento de adotar algumas medidas para driblar a crise. Veja algumas saídas.

Comunicação com os consumidores

É preciso aperfeiçoar a comunicação com os clientes, apostando nos canais digitais, especialmente no relacionamento com seguidores das redes sociais. É hora de mostrar como os cuidados pessoais e rituais de beleza são essenciais, não só para a higiene de forma geral, como também para a autoestima.

Trabalhar esse conceito é importante nesse período de tanta insegurança no mundo, em que as pessoas estão com medo de ficar doentes, do desemprego, entre outros fatores. Dessa forma, a indústria cosmética pode falar dos benefícios do uso de seus produtos para que as pessoas se sintam mais seguras e confiantes.

Destacar experiências voltadas para o relaxamento como um spa em casa também são abordagens interessantes nesse período.

Investimento em inovação

A crise do novo coronavírus é a oportunidade para a indústria cosmética inovar, pensando nas necessidades dos clientes hoje. Como falamos, a assepsia das mãos leva a um ressecamento da pele, por isso pode ser o momento de lançar produtos para reduzir essas reações, ou seja, que limpe mas não agrida a derme. Cosméticos que ajam para recuperar a hidratação da pele também são bem-vindos.

Vendas direcionadas para o e-commerce

Como as atividades do varejo sofreram queda, é importante que a indústria cosmética na pandemia direcione suas vendas para os canais digitais. No Brasil, com a COVID-19, o comércio em lojas virtuais teve crescimento de 48,3% da segunda quinzena de março até o fim de abril em comparação ao mesmo período de 2019.

Assim, é fundamental pensar na otimização das plataformas de vendas e também em toda a logística para garantir uma entrega ágil, a fim de proporcionar uma boa experiência ao consumidor.

Ações de responsabilidade social

Com a crise do novo coronavírus, a desigualdade no Brasil ficou ainda mais acentuada. Dessa maneira, é o momento do setor cosmético trabalhar em ações de responsabilidade social. Algumas empresas estão doando álcool em gel e sabonete líquido para entidades assistenciais, comunidades e hospitais.

A indústria cosmética na pandemia sofreu alguns prejuízos devido às mudanças de comportamento dos consumidores. No entanto, esse período deu espaço para a venda de alguns produtos, dando fôlego para o setor. É, portanto, o momento também de inovar e de pensar em abordagens diferenciadas para se comunicar com os clientes.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Talk Science 30.07.2020

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