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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.RadarComo marcas ‘limpas’ estão ganhando espaço no mercado de cosméticos

Como marcas ‘limpas’ estão ganhando espaço no mercado de cosméticos

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Assim como é importante saber quais alimentos ingerir, também é essencial estarmos em rede sobre as formulações que utilizamos em nossa pele. 

“Da mesma forma que lemos como embalagens de alimentos, passamos a ler os rótulos da indústria da beleza”, diz Bruna Ortega, especialista em tendências da consultoria WGSN. Por uma beleza limpa, ou seja, que se preocupa desde a extração e a qualidade dos insumos até o pós-consumo, marcas crescem com consumidores mais atentos e preocupados com a saúde e o planeta.

Entre marcas de marcas desse mercado, o segmento de beleza limpa foi criado como “um antídoto para o espaço de beleza verde confuso e não padronizado”, segundo a Euromonitor International, provouora global de pesquisas de mercado. “Com muita pesquisa envolvida, a beleza limpa assume uma abordagem do minimalismo, simplicidade e segurança, independentemente da proveniência dos componentes naturais, derivado naturalmente ou sintético”, aponta um relatório do instituto.

Sim, os cosméticos considerados limpos até ser sintéticos. É o caso da Biossance, marca da empresa de biotecnologia Amyris, que entre outras pesquisas desenvolvidas o esqualano, versão sintetizada do esqualeno, composto orgânico proveniente de fígado do tubarão. A versão do laboratório é feita da cana-de-açúcar. Porém, mais do que produtos, a beleza limpa também é um estilo de consumo consciente para o corpo e o meio ambiente. Com esse mindset, marcas nascem das necessidades próprias fundadoras.

“É nossa obrigação entregar para o consumidor uma sustentabilidade. Não estamos fazendo algo a mais, mas o que acreditamos que deve ser feito ”, comenta Patricia Lima, fundadora e CEO da Simple Organic. A marca foi lançada em 2017, por uma preocupação materna. Enquanto mamava, sua filha passava a mão no rosto da mãe e depois levava à boca os pigmentos da maquiagem.

Na época, dona de uma agência de publicidade e editora de uma revista de moda, Lima procurava por cosméticos que não tivessem insumos tóxicos em sua composição. Não encontrou. Em 2015, decidiu encerrar sua empresa no auge e montar sua marca de beleza limpa.

Adquirida pela Hypera Pharma no ano passado, uma conta Simple Organic com 26 lojas físicas e 100 SKUs, com um portfólio que abrange maquiagens, produtos de skincare, wellness e sexual care. “Nos posicionamos como uma marca com opção de portfólio, que é cada vez mais amplo. Quando olhamos para o sexo, entendemos o consumidor como um todo ”, diz Lima.

No mesmo ano de 2017, a Luciana Navarro enfrentava isso de quimioterapia e medicina do médico que não poderia usar diversos tipos de maquiagens e cosméticos. Com a falta de insumos fez para produtos de beleza, Navarro se aproximou da amiga Patricia Camargo, que na época trabalhava como diretora jurídica de uma multinacional de cosméticos, mas se via insatisfeita com o mercado. Juntas, entraram de cabeça no universo dos cosméticos limpos e de alta performance e lançaram um Care Natural Beauty em 2018. O sinal de que estava no caminho certo foi a aprovação em um processo de seleção para um programa de aceleração pela Sephora no Vale do Silício .

Batizado de skincare colorido, a linha de maquiagens da Care contém ingredientes de alta performance, como o Duo, que pode ser usado em todo o rosto como iluminador, sombra e batom, com ácido hialurônico vegetal, vitamina E e antioxidantes da Amazônia em sua antiga. Produtos multifuncionais são uma tendência no cenário pandêmico. “Em meio à crise econômica, política e de saúde, a realidade minimalista se faz presente. Muitas pessoas perdem o emprego e procuram por produtos que consigam cumprir mais de uma função em apenas uma embalagem ”, explica Ortega, da WGSN. Com o perfil alinhado aos propósitos da Care, uma marca crescida 370% em 2020. Para este ano, a meta é multiplicar por 3 o faturamento.

O risco do mercado de beleza limpa é o greenwashing. Ser vegano não é necessariamente ser limpo, por exemplo. “O termo é um pouco complicado, pois permite que muitas marcas que não utilizam a sustentabilidade ou a fórmula retirem um ou dois ingredientes limpa e falem que são clean, confundindo o consumidor”, afirma Lima.

No início de setembro, a Simple Organic inaugurou sua primeira loja 100% carbono neutro no Shopping Iguatemi JK, em São Paulo. Altamente tecnológico, o espaço conta com espelhos interativos para testagem e compra dos produtos. “Não estamos à frente do mercado, é o mercado que está atrasado”.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Exame 16.09.2021

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