Qualidade dos pós descolorantes faz a diferença nos processos de clareamento dos cabelos

Por Estela Mendonça

O red carpet da 67ª edição do Emmy Awards, realizado no dia 20 de setembro e que premiou o melhor da TV americana o último ano,  mostrou looks que são referência para o planeta. E o que mais se viu foram muitas madeixas loiríssimas, como as de Jane Lynch, Emma Roberts, Taylor Schilling, Lady Gaga, Kierna Shipka e Claire Danes, só para citar algumas.

Por aqui os loiros abertos e as mechas também são as apostas para o próximo verão, período em que a descoloração fica ainda mais em voga. “A tendência será de reflexos com dois tons abaixo da cor original do cabelo. Também será a temporada dos tons dourados”, prevê Aretha Mello, diretora da Acquaflora Cosméticos, que lembra que o pó descolorante precisa ter uma formulação que ajude o profissional a melhorar seu desempenho e que dê a oportunidade de desenvolver várias técnicas, mas com alta qualidade.

“Os pós descolorantes fabricados atualmente apresentam alguns diferenciais, por exemplo, o sistema dust free, que facilita o manuseio porque não levanta o pó ao ser preparado, e também o pigmento na cor azul, que melhora a performance do produto e minimiza a possibilidade de amarelamento”, explica Aretha.

De acordo com a diretora, o descolorante é uma combinação de oxidantes que age retirando a melanina e os seus derivados da fibra capilar. A oxidação dos pigmentos se verifica unicamente por ação do oxigênio, que se desenvolve com a “decomposição” da água oxigenada. Tal decomposição acontece só em ambiente alcalino, que permite a abertura das escamas do cabelo e favorece o desenvolvimento do oxigênio contido no oxidante. Dessa forma, é o descolorante que retira os pigmentos naturais do cabelo para que possam ser substituídos pelos artificiais.

Papel dos persulfatos

Daniel Caldeira, gerente de P&D da Garden Química, que comercializa para o mercado cosmético persulfatos de amônia e potássio, conta que essas moléculas inorgânicas são as que exercem a função essencial de descoloração nas formulações.  “É muito importante para os formuladores contarem com matérias-primas que seguem alto padrão de controle de qualidade e suporte técnico, o que assegura melhor desempenho do produto no momento da aplicação, como é o caso da Garden Química, que também garante estoque local e custo interessante”, ressalta.

O gerente lembra, ainda, que o descolorante é um produto de grau de risco 2 e requer registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devendo seguir orientações legais de dizeres de rotulagem.

Quanto aos novos apelos de marketing utilizados pelos fabricantes, Caldeira cita, além da formulação dust free e do pó azul, os produtos com pó violeta, a garantia de maior abertura de tons e a adição de óleos. “A Garden lançou recentemente o Garden Active Oil Premium, um blend padronizado de 11 óleos, que pode ser adicionado aos produtos para proteger os fios enquanto descolore”. Indicado tanto para produtos para produtos para cabelo e pele, ele foi desenvolvido com o objetivo de facilitar o giro de estoque na indústria. Sua composição traz maior aproveitamento e performance dos óleos, sem ocasionar peso ou desconforto.

O que há de novo

O Pó Descolorante Vertigo, da Ybera, promete abrir até sete tons.  Sua fórmula possui colágeno hidrolisado formado por 3 fitas das proteínas Glicina, Prolina e Lisina mais uma molécula de água agregada em sua composição. Assim o ativo penetra na fibra capilar trabalhando como um protetor e preventivo contra o ressecamento causado pela oxidação.

A Mutari acaba de lançar o Pó Descolorante sem Amônia Platinum Shock Kerafashion Professional, desenvolvido com tecnologia Collor Intense para um resultado uniforme e progressivo sem agredir os fios. Permite abrir até seis tons. É indicado para cabelos finos e frágeis. Enriquecido com colágeno e pigmento azul, matiza enquanto descolore. A formulação dusty free.

Outra nova opção é o Pó Descolorante Silver Platinum Colágeno da Knut Hair Care. O produto, que clareia até sete tons, conta com a função protetora do gérmen de trigo, ativo rico em aminoácidos que penetram na fibra capilar, conferindo brilho resistência.

A Wella Professionals apresentou este mês o Blondor Freelight, que possibilita um processo muito mais rápido e prático, além de proporcionar resultados em balayage mais suaves e individualizados, compondo um diferente mix de tons claros para cada mulher. Permite clareamento em até sete tons.

Juntamente com o novo descolorante, a marca lançou também a coleção para o verão 2015/2016, baseado em tons nudes ou lavados.  A coleção é composta por três looks: Balayage Nude Ice, uma releitura do platinado, que mescla tons bege-claros e tons mais frios; Balayage Nude Sun, uma combinação de tons quentes, com suavidade e sofisticação, resultado em um degradê de tons nude, dourado e caramelo, até alcançar um cobre mais iluminado, e Balayage Nude Sand, mais minimalista e sóbrio, combina tons de loiro que vão do nude ao mel.

Como todo o processo de descoloração requer uma mistura perfeita do pó descolorante com água oxigenada, é natural que as marcas também persigam inovações na formulação desse ingrediente. Entre as mais recentes, está a água oxigenada em gel, como é o caso da BlondMe Cristal Loção Ativadora Transparente em Gel Schwarzkopf, que resulta numa descoloração transparente em gel, possibilitando visualizar e controlar todo o processo de clareamento.