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Tendência “Beleza Africana” cria oportunidades para players de beleza e ingredientes

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A African Beauty emergiu como uma tendência robusta e contemporânea no espaço de beleza e cuidados pessoais. É definido como um conceito multidimensional que analisa a rica história do continente no que diz respeito a rituais de beleza e auto-expressão.

A tendência destaca a noção de que muitos produtos de beleza e cuidados pessoais não atendem às necessidades específicas dos consumidores africanos
Muitos empresários africanos já estão a contribuir para esta tendência, criando soluções personalizadas específicas que não só abordam os tons de pele e os tipos de cabelo negros, mas também promovem práticas de beleza indígenas que utilizam ingredientes e técnicas naturais, reflectindo a importância cultural e o dinamismo da herança africana. Esta é uma oportunidade que todos os jogadores de beleza não devem perder!

Ingredientes locais africanos e tons de pele estimulam a inovação de produtos
A região africana é frequentemente considerada uma entidade monolítica no que diz respeito à disponibilidade de produtos de beleza e cuidados pessoais. No entanto, as suas tradições de beleza variam entre 54 países, cada um com as suas próprias práticas e preferências distintas.

A inovação da Beleza Africana não deve apenas abordar as características específicas dos tons pretos e tipos de cabelo, mas também abraçar as tradições dos vários países
Fonte: Euromonitor Internacional

Uma das maneiras pelas quais os profissionais de beleza em África estão a fazer isto é através da utilização de ingredientes naturais que têm sido usados ​​há séculos em África e que fazem parte do seu regime de beleza. Os exemplos incluem manteiga de karité na África Ocidental e óleo de argan no Norte da África. Por exemplo, Shea Moisture, uma marca fundada por um refugiado da Serra Leoa, capitalizou isto, criando uma linha de produtos para o cabelo e para a pele que utilizam manteiga de karité e óleo de rícino preto. Esses ingredientes naturais estão ganhando atenção global, pois são considerados sustentáveis ​​e eficazes no uso diário.

Da mesma forma, Kui Care é uma marca queniana emergente que tem um forte foco na formulação de produtos específicos para cabelos africanos. Uma das principais prioridades da marca é a utilização de ingredientes naturais, como o óleo da árvore do chá e a canela, ao mesmo tempo que celebra a cultura e a herança africana através da marca e da embalagem.

Há uma demanda contínua por produtos de beleza naturais e orgânicos em todo o mundo, à medida que os consumidores procuram produtos de beleza limpos.

As ervas indígenas também são o ingrediente proeminente da marca sul-africana AfroBotanics, especializada em cuidados capilares desenvolvidos especificamente para tipos de cabelo africanos. Sua linha de cuidados com os cabelos inclui uma grande variedade de xampus, condicionadores, óleos capilares e produtos para pentear. AfroBotanics enfatiza o uso de ervas indígenas africanas para promover cabelos e couro cabeludo saudáveis. Os consumidores tendem a confiar em marcas locais, como a AfroBotanics, uma vez que estas utilizam ingredientes que têm uma tradição longa e confiável no continente, impulsionando ainda mais a procura pelos produtos.

Da mesma forma, African Beauty transcende os ingredientes, tendo em consideração o papel dos tons de pele africanos e do clima africano. Um exemplo é a House of Tara, fundada pela maquiadora nigeriana Tara-Fela Durotye, que desempenha um papel fundamental na tendência da beleza africana. A empresa fornece produtos feitos sob medida para atender às necessidades específicas do consumidor africano, fornecendo produtos que apoiam os tons de pele negra, bem como fornecem proteção contra o clima quente africano. Esta consideração resulta da observação de que muitas mulheres africanas trabalham fora de casa e passam longas horas ao sol.

O cenário regulatório e de distribuição apresenta desafios ao crescimento

Apesar da força que a tendência da Beleza Africana tem recebido a nível mundial e da enorme quantidade de promessas que encerra, existem certos desafios dos quais os profissionais da beleza devem estar conscientes. África tem ambientes regulamentares complexos e variados que aderem a diferentes quadros regulamentares para a importação, licenciamento e rotulagem de produtos. Além disso, o mercado de beleza e cuidados pessoais em África é fragmentado, com um cenário muito competitivo – uma combinação de intervenientes locais e internacionais. Como tal, a distribuição pode ser um desafio, com um comércio retalhista moderno limitado e um forte mercado retalhista informal – comércio conduzido por retalhistas não registados ou não licenciados, tais como vendedores ambulantes, bancas de mercado aberto e lojas informais. Isso torna importante ter um plano de distribuição sólido e fortes conexões locais. Assim, as parcerias estratégicas locais podem ser um divisor de águas para o sucesso do produto.

Além disso, o comércio eletrónico e a tecnologia criaram uma mudança significativa na forma como os produtos de beleza são anunciados e vendidos em toda a região. Os consumidores estão utilizando aplicativos móveis e carteiras digitais para comprar produtos de beleza e cuidados pessoais, ampliando os caminhos para a distribuição de produtos. De acordo com a Euromonitor International, o comércio electrónico em mercados africanos como Marrocos, Nigéria, Quénia e África do Sul registou um aumento desde 2019, embora tenha evoluído a um ritmo mais lento desde o fim da pandemia. No entanto, isto ilustra que os consumidores estão a utilizar websites e aplicações para adquirir bens e serviços.

A beleza africana tem um potencial inexplorado

Independentemente dos desafios que os intervenientes da beleza possam enfrentar na região, as oportunidades para a beleza africana continuam fortes. Tem havido uma procura entre os consumidores africanos para ver produtos de beleza que atendam aos seus próprios tons de pele, tipo de cabelo e clima africano. Da mesma forma, como existem ingredientes locais e tradicionais e regimes de beleza que continuam importantes na região, os produtos de beleza que os adotam terão uma vantagem sobre outros que não o fazem. Como tal, os intervenientes da indústria precisam de ter uma estratégia clara para se diferenciarem neste mercado altamente competitivo.

A tendência da Beleza Africana oferece uma oportunidade lucrativa para os players de beleza inovarem ou expandirem as ofertas atuais que atendem aos ideais de beleza africanos. No entanto, requer uma abordagem em que os intervenientes da indústria estejam conscientes das nuances em torno e dentro da cultura africana mais ampla. Os intervenientes no sector da beleza precisam de abordar estas distinções nas suas ofertas de produtos e marketing, tendo em consideração os diversos tons de pele, tipos de cabelo e até mesmo experiências vividas pelos consumidores africanos, adaptando-se às necessidades locais dos consumidores e respeitando as várias culturas e tradições. Só então poderão colher plenamente os frutos desta tendência de beleza em evolução.

 

 

 

 

Fonte: Euromonitor Internacional 28.11.2023

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