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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Destaque InternacionalO momento decisivo dos veganos: de super nicho à beleza convencional

O momento decisivo dos veganos: de super nicho à beleza convencional

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A beleza vegana com certeza não é apenas uma tendência, uma vez que se estima que o mercado global de cosméticos veganos atinja o valor de 20,8 bilhões de dólares em 2025. O ponto crítico de tudo parece ter sido 2019.

A revista The Economist declarou 2019 como o ano do veganismo, relatando que um quarto dos millenials se identificam como veganos ou vegetarianos. A aceitação crescente dos estilos de vida veganos entre os millenials está exercendo um papel crucial no mercado global de cosméticos veganos. E, conforme o poder de compra dos consumidores da Geração Z aumenta conforme eles envelhecem, suas prioridades de transparência e sustentabilidade provavelmente acelerarão essa tendência.

Jenni Middleton, Diretora de Beleza da WSGN, explicou como o mindset millennial tem tanto preocupações ambientais quanto éticas. Ela afirmou: “É também a geração dos futuros consumidores – eles são obcecados por se assegurar de que fazemos o que é certo pelo meio ambiente, e o movimento vegano (e cruelty-free) está indissociavelmente ligado ao movimento da sustentabilidade.”

O aumento do número de produtos veganos disponíveis aumentou, e o mesmo pode ser dito do mercado. Inovações em ingredientes de origem vegetal e ecologicamente sustentáveis, combinados a uma consciência crescente por parte dos consumidores, são as forças por trás das mudanças nas indústrias da beleza e da moda. À medida que consumidores se tornam cada vez mais conscientes de que suas preferências e padrões de compra têm um impacto social e ambiental, eles prestam mais atenção a matérias-primas, origem da extração e cadeia de fornecimento.

Até agora, produtos de beleza veganos têm se situado sob a grande categoria de produtos naturais clean, beneficiando-se das preocupações crescentes dos consumidores no que se refere à segurança dos ingredientes. Contudo, embora muitos produtos veganos sejam qualificados como clean, é possível ser tecnicamente certificado como vegano e cruelty-free mas não ser clean, o que tem potencial para criar uma confusão tremenda para consumidores se as marcas não forem transparentes por completo.

Danielle Saunders, Gestora de Comunicações da Vegan Society, comentou ao Beauty Packaging que “com certeza existe uma confusão no que tange a distinguir entre produtos de beleza cruelty-free (não testados em animais) e produtos de beleza veganos, os quais não foram testados em animais e não contêm ingredientes derivados de animais. Some a isso a falta de proteção legal em torno do termo ‘vegano’ e acabamos em uma situação na qual consumidores éticos podem ser forçados a procurar muito antes de ter a confiança de que podem comprar um determinado produto.

“Como uma forma de apoio, criamos a Vegan Trademark, de forma a tornar mais fácil para os consumidores identificar se um produto é adequado para o seu estilo de vida. É a marca vegana de maior credibilidade no mercado, internacionalmente reconhecida desde 1990 – o número de produtos cosméticos que temos registrado com a Vegan Trademark está crescendo de maneira exponencial.”

Produtos veganos estão se tornando uma categoria de produtos autônoma e considerável. Se você aderir à crença de que a beleza segue as tendências em alimentação, há um futuro brilhante para a beleza vegana. Em um relatório de 2018, a indústria alimentícia vegana registrou um crescimento de 20% em relação ao ano anterior, com vendas chegando a 3,3 bilhões de dólares.

A categoria vegana tem crescido para a varejista britânica Cult Beauty. Alexia Inge, co-fundadora da Cult Beauty, disse que “nós temos visto um aumento de 88% em buscas por ‘beleza vegana’ no site da Cult Beauty no ano passado, com a nossa categoria vegana crescendo em 55%, enquanto lançamos marcas exclusivas como a Milk Makeup e, mais recentemente, a Versed.” Ela continuou: “Também vemos um aumento de marcas não veganas reelaborando produtos cult para entrarem nessa categoria, então, prevejo níveis semelhantes de crescimento para 2020, ou até maiores.” O Hair Perfector no3 da Olaplex foi o produto vegano de maior vendagem na Cult Beauty em 2019.

Um indicador claro do crescimento da beleza vegana foi a Kendo, uma incubadora de beleza pertencente à Louis Vuitton Moët Hennessy. A Kendo redobrou esforços quanto ao posicionamento vegano de Kat Von D Beauty, renomeando a marca como KVD Vegan Beauty imediatamente após o anúncio de que a fundadora Kat Von D vendeu suas ações proprietárias e se separou por completo de sua marca homônima.

Os Números:

♦ De acordo com a Marketing Week, houve um aumento de 175% em lançamentos de cosméticos veganos no mundo inteiro nos últimos cinco anos.

♦ Buscas no Google por veganismo aumentaram em 550% nos últimos cinco anos.

♦ A campanha de 2018 do Veganuary aumentou em 183%, com 168.542 pessoas assinando para se tornarem veganas, e espera-se que o número dobre este ano.

♦ O tamanho do mercado global de cosméticos veganos foi estimado em 12,9 bilhões de dólares em 2017 e previsto para valer 20,8 bilhões em 2025, e progresso de CAGR (crescimento médio anual deflacionado) de 6,3% durante o período previsto, de acordo com a Grand View Research.

♦ De acordo com o Global New Products Database (GNPD) da Mintel, lançamentos veganos mais do que dobraram nos últimos cinco anos, crescendo em 175% de julho de 2013 a junho de 2018.

♦ Na Ásia, as vendas de produtos veganos é a maior de todos os tempos, sendo em grande parte dirigida pela China, a qual vangloriou-se de ser o mercado vegano de crescimento mais rápido no mundo, com um salto de 17,2% em vendas entre 2015 e 2020.

♦ No Reino Unido, o número de pessoas que se identificam como veganas aumentou em 350%, comparado a uma década atrás, de acordo com pesquisa encomendada pela The Vegan Society em parceria com a revista Vegan Life.

♦ As vendas de produtos de beleza veganos no Reino Unido aumentaram 38% em 2018.

♦ O mecanismo de busca voltado para beleza Cosmetify descobriu que 56% das mulheres inglesas estão comprando produtos de beleza veganos; no entanto, 39% deste grupo não se identifica como vegano.

As forças motrizes:

1. Consumismo Ético: Mais “escolhas conscientes” repercutem com os segmentos de consumo de crescimento mais rápido. Millenials e Geração Z questionam responsabilidade e não se intimidam em desafiar indústrias e marcas em termos de ética, mas a maioria dos consumidores cada vez mais leva em consideração direitos animais e a segurança de ingredientes antes de fazer uma compra. A crueldade animal é com frequência motivo para não comprar um produto. Substitutos artificiais são vistos como insalubres ou mesmo tóxicos para a maioria dos consumidores que rejeitam produtos com ingredientes irreconhecíveis e optam por produtos naturais. A segunda parte dessa equação é a triste realidade de que os testes em animais foram, anteriormente, prática padrão na indústria da beleza. Hoje, esse tópico é um no qual os consumidores mais se pronunciam a respeito e alinha os consumidores com a proposta de valores das marcas de beleza veganas.

2. Inovações tecnológicas: A indústria de cosméticos como um todo é altamente competitiva por natureza e requer inovação e desenvolvimento contínuos, em especial nos produtos cosméticos veganos. Consciência ambiental crescente tem encorajado muitos atores-chave a evitar matérias-primas derivadas de animais ao desenvolver ingredientes naturais que são sinônimos de melhor performance. Pesquisa e desenvolvimento crescentes aumentarão o crescimento do mercado global em beleza vegana.

3. Banindo o Plástico: Conforme marcas e varejistas de beleza pressionam para se tornarem mais sustentáveis ao abordar o crescente problema do plástico na indústria da beleza, fabricantes passam a explorar materiais de origem vegetal.

4. A mídia se torna vegana: Nos EUA, aqueles que se identificam como veganos “aumentaram em 600% entre 2014 e 2017, a qual é uma tendência que reverbera no mundo inteiro. Mais recentemente, a The Economist relatou que um quarto dos millenials agora se identificam como veganos ou vegetarianos. À medida que consumidores buscam adotar um estilo de vida vegano, a tendência é apoiada por um aumento de consumismo de matérias-primas vegetais e de consumismo ético, e também incentivado por uma vasta gama de comunidades online. O estilo de vida cruelty-free, associado a escolhas mais saudáveis e cuidadosas para o indivíduo e o meio-ambiente, se reflete na mídia através das indústrias, tais como a alimentícia, a de moda e a de beleza.

As certificações:

♦ A Leaping Bunny certifica empresas de cuidados pessoais e produtos domésticos que asseguram que nenhum teste com animais é realizado em qualquer fase do processo de produção.

♦ O Programa Beauty Without Bunnies da PETA lista qualquer empresa registrada que é cruelty-free ou vegana e cruelty-free.

♦ No Reino Unido, a The Vegan Society, a associação vegana mais antiga do mundo, registrou milhares de marcas que são tanto veganas quanto cruelty-free.

♦ A Certified Vegan é a certificação criada pela Vegan.org, um dos sites veganos mais antigos e visitados no mundo, fundado em 1995.

Maiores Influencers de Beleza Vegana:

♦ Kiera Rose

♦ Rhian HY

♦ Mirror and Haze

♦ Tashina Combs

♦ Hannah Hagler

♦ Cruelty-Free Becky

O posicionamento vegano está se transformando em apostas seguras mesmo em setores maiores de beleza. Em novembro de 2018, a gigante de farmácias Covergirl anunciou ter conseguido o selo Leaping Bunny e havia se tornado a maior marca de cosméticos a ter certificação cruelty-free.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Beauty Matter 05.02.2020

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