A Natura &Co suspenderá temporariamente a produção de maquiagens e perfumes em sete fábricas das controladas Avon e Natura na América Latina, disse uma fonte ao Valor.

Estas unidades vão se dedicar, gradativamente, à fabricação de itens essenciais para higiene pessoal, além de álcool em gel e líquido, importantes no combate à propagação da covid-19.

Esta medida que abrange quatro fábricas da Natura e uma da Avon no Brasil, uma na Argentina e outra no México foi informada internamente nesta terça-feira. Os estoques disponíveis dos produtos da Avon e da Natura deverão honrar com os pedidos feitos pelas consultoras.

A reportagem teve acesso a comunicado interno, chamado de “novo pacto”, enviado ontem aos funcionários. A fabricante se comprometeu em “não adotar nenhum programa de demissões nos próximos 60 dias”. O documento foi assinado por 11 executivos, entre eles João Paulo Ferreira, que preside a Natura & Co na América Latina.

O comitê executivo da companhia na região decidiu fazer um esforço conjunto para manter em casa um número ainda maior de funcionários e diminuir a circulação de pessoas nas dependências de suas empresas controladas que incluem as redes The Body Shop e Aesop.

Esta decisão abrangerá as instalações operadas por parceiros. A companhia, que concluiu a aquisição da Avon Products em 3 de janeiro, reforçou o trabalho remoto e só vão aos escritórios e fábricas os colaboradores com atividades indispensáveis às operações. Também foi reduzida a presença das equipes de pesquisa e desenvolvimento nos laboratórios.

No varejo, todas as lojas próprias das marcas Natura, The Body Shop e Aesop no Brasil estão fechadas, assim como as franquias Aqui Tem Natura, operadas exclusivamente por consultoras.

“É fundamental reconhecer o esforço de nossos colaboradores e parceiros para manter abertos nossos centros de distribuição e fábricas. Os times operacionais têm sido a garantia da continuidade de nossos negócios e da geração de valor para toda nossa rede, e merecem o mais profundo agradecimento”, afirmaram os executivos no comunicado.

Fonte: Valor Econômico 25.03.2020