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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.RadarA nova geração de tratamentos estéticos não-invasivos e de alta performance

A nova geração de tratamentos estéticos não-invasivos e de alta performance

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O avanço das pesquisas e do desenvolvimento de procedimentos estéticos não-invasivos faz nascer uma geração de técnicas de alta performance que vai além dos celebrados tratamentos injetáveis para resolver questões de grande complexidade

Depois do sucesso sem precedentes dos preenchedores e tratamentos injetáveis para fins estéticos, o mercado dos procedimentos não-invasivos mira na nova geração de iniciativas de alta performance. Ainda longe das mesas de cirurgia, as novas ideias se valem de tecnologia e de muita expertise para resolver, de maneira simples, e garantindo resultados naturais, questões que tradicionalmente exigiam esforços mais intensos – e muitas vezes com entrega abaixo da expectativa esperada.
É nesse time que entram a pálpebra caída, o excesso de papada, as olheiras pigmentares, os melasmas, a perda do contorno facial e a flacidez acentuada no rosto. Questões que ganham soluções high-tech com intervenções mínimas e garantia de resultados acima da média. “Acredito que o mercado esteja chegando a um meio-termo para que seja possível evitar o abuso de procedimentos que, claramente, têm limitações. Os injetáveis, por exemplo, chegaram trazendo muito impacto, com resultados incríveis, que dão aquela sensação de ‘uou’. Mas as pessoas sempre querem mais, e acabam ultrapassando a medida”, analisa a dermatologista Luciana Garbelini.

É exatamente para preencher essa lacuna que chega – e se consolida – a nova leva de tratamentos que combina técnicas como ultrassom, peeling, microagulhamento, laser e até mesmo jatos de plasma. Além da eficiência e dos processos facilitados, também têm em comum características customizáveis, que permitem ajustes em relação às necessidades individuais. Ao longo desta reportagem estão reunidos grandes profissionais do mercado que apresentam as técnicas, revelam resultados e apontam benefícios.

Melasma
Um dos tratamentos mais recentes, potentes e promissores da temporada foi desenvolvido para tratar, com justiça, uma das questões de pele mais recorrentes da atualidade: o melasma. Diferentemente dos lasers que agem pelo calor, a criomodulação glacial é um peeling hipotérmico que congela as células e estimula sua renovação fazendo com que novas células, sem manchas, cheguem à superfície.
O procedimento, apresentado durante o American Academy of Dermatology Annual Meeting, em Boston, nos Estados Unidos, em março deste ano, chamou especial atenção da dermatologista Valéria Campos, pós-graduada em Laser e Dermatologia pela Harvard Medical School. Nos últimos meses, os casos de melasma aumentaram no Brasil. “Houve uma explosão no isolamento social. Mas o que parece contraditório, já que as manchas são estimuladas pelo sol, trouxe uma nova reflexão sobre o caráter inflamatório da doença, que pode ser agravado pelo estresse, privação de sono e pelo tipo de alimentação”, pontua.
E é exatamente sobre o caráter inflamatório que a criomodulação atua. O frio regula a inflamação e a ação da citocina e controla a atividade das células produtoras de pigmento. Isso sem falar na habilidade de reduzir a capacidade dos melanócitos de produzir melanina extra, evitando o efeito rebote. “No tratamento do melasma é preciso controlar a intensidade porque, se irritar muito o melanócito, ele escurece ainda mais. E, se matar a melanina, a pele perde pigmento”, alerta Valeria.

Contorno facial e pescoço
Dois conceitos combinados para tratar uma questão desafiadora. O Morpheus8, uma das ponteiras do aparelho Bodytite, combina radiofrequência fracionada e microagulhamento para estimular a circulação sanguínea e aumentar a produção de colágeno para remodelar o contorno facial. A ação combinada promove a coagulação da gordura e a contração do tecido conjuntivo
O dermatologista Otávio Macedo, membro fundador da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia a Laser e da Academia Americana e Europeia de Dermatologia, explica que a grande diferença do Morpheus8 é a possibilidade de modular a profundidade da agulha. “O microagulhamento é feito com uma ponteira que contém quarenta agulhas, e o profissional escolhe a profundidade de penetração, que pode chegar a até 8mm, gerando uma entrega de energia em diferentes níveis”, complementa, lembrando que pode ser aplicado em todos os fototipos, necessitando ajuste de energia.
Além disso, o especialista também chama atenção para o tipo de técnica que produz colágeno na região abaixo da derme. Segundo ele, a localização do estímulo é o que garante a potência da tração, reajustando o contorno pelo aumento da resistência da pele.
Isso promove um estímulo global da pele, trazendo benefícios também para alguns casos de flacidez corporal e na melhora da aparência das cicatrizes atróficas, com as de acne e até mesmo em estrias antigas.

Olheiras pigmentares
Cansaço, privação de sono e circulação sanguínea local comprometida podem estimular olheiras. Mas o excesso de melanina sob os olhos também pode ser hereditário. Segundo a dermatologista Katleen Conceição, chefe do Ambulatório de Dermatologia para Pele Negra da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, chefe do setor de Pele Negra da Clínica Paula Bellotti e mentora do Skin of Color Society, para tratar essa região é necessário atingir profundidade. “O tratamento mais atual para olheiras pigmentares é o Discovery Pico Plus, um laser de picossegundos que quebra as moléculas de pigmento e uniformiza o tom da pele”, conclui a especialista.
Para entender a velocidade do aparelho, picossegundo é a trilionésima parte de um segundo. Isso significa que o pulso é tão rápido que fica muito pouco tempo em contato com a pele e consegue atingir longas profundidades de maneira direcionada, sem lesionar o que está em volta, evitando inflamações, estimulando o colágeno e garantindo resultados mais rápidos. “Já é possível perceber a diferença na primeira sessão”, adianta Katleen.

Flacidez facial intensa
A busca por tratamentos para recuperar o tônus no rosto resgatou o princípio do Lifting Temporal. O procedimento que reposiciona os tecidos é feito a partir de dois fios de sustentação que passam apenas pela região temporal. “Essa é uma técnica criada em 2001 pelo cirurgião plástico Alex de Souza, mas que voltou à cena por entregar um pouco mais do que os injetáveis. É uma alternativa para quem está a um passo de exagerar com os preenchedores e ainda não quer fazer cirurgia”, analisa a dermatologista Luciana Garbelini, pós-graduada em Cosmiatria e Estética no Instituto Superior de Medicina.
Indicado para flacidez média a intensa, beneficia diferentes áreas do rosto ao mesmo tempo: ameniza a queda das bochechas, a perda de contorno e promove abertura dos olhos, atuando na região das pálpebras. “Os resultados são imediatos porque puxamos o rosto para cima e fixamos no couro cabeludo, igual aquela puxadinha que simulamos com os dedos na lateral do rosto”, explica Luciana. Logo nos primeiros dias já é possível notar rugas e flacidez atenuadas, arqueamento das sobrancelhas e redução de pele nas pálpebras superiores.

Pálpebra caída
A flacidez que gera excesso de pele nas pálpebras, a chamada ptose palpebral, é uma das questões estéticas mais difíceis de resolver em ambientes não cirúrgicos. A maioria das alternativas giram em torno do laser, que nem sempre atingem resposta satisfatória nessa região. Mas uma tecnologia recente tem apresentado resultados surpreendentes: o jato de plasma. “O plasma é aplicado por meio de um aparelho em forma de caneta, com uma ponta fina e precisa. Quando o aparelho é aproximado da pele, forma-se um arco de plasma que promove a sublimação do tecido em diferentes pontos. O contato com o plasma gera uma retração imediata, contraindo a pele e, ainda, estimulando a renovação celular”, esclarece o médico Cyro Hirano, com especialização em dermatologia.
Todo o estímulo é feito a partir da energia gerada pelo plasma, que é o quarto estado físico da matéria. É uma corrente de alta tensão que forma um gás ionizado assim que entra em contato com o ar. Nesse contato, o plasma estimula microtraumas, sem queimar, sem cortes ou sangramentos, retraindo a pele e diminuindo a flacidez.
Cyro explica que, em torno do quinto dia, a pele começa a soltar crostas, e a pele renovada começa a surgir. “Algumas alterações já são percebidas na primeira semana, mas é depois de trinta dias que é possível enxergar o resultado. Após esse período, se necessário, já se pode fazer uma nova sessão, pois tudo depende da intensidade do tratamento aplicado e do grau de flacidez”, finaliza.

Papada
O volume extra na região abaixo do queixo, a popular papada, não tem origem apenas no excesso de peso. A flacidez muscular do local e até a perda de tônus da pele do rosto podem contribuir para a formação da papada – e é por isso que, em muitos casos, emagrecer não resolve o problema.
A boa notícia é que a solução não se resume a técnicas cirúrgicas como a lipoaspiração localizada. O dermatologista Thales Bretas, mestre em Ciências Médicas, tem apostado no Liftera, um ultrassom microfocado que reduz volumes e aumenta a firmeza. “Esse ultrassom promove pontos de coagulação em camadas mais profundas da pele que estimulam o organismo a sintetizar colágeno e reorganizar sua estrutura de suporte. O equipamento gera um aquecimento controlado, entre 60°C e 70°C, preservando a superfície, mas trabalhando internamente para reorganizar a estrutura da derme e aumentar a formação de colágeno, tornando a pele mais firme e mais esticada”, esclarece.
O aparelho também promove, de maneira secundária, uma lipólise, quebrando os adipócitos e diminuindo a camada de gordura. “Esse não é um procedimento cirúrgico, por isso não promove a retirada dessa gordura. Mas, com a morte de alguns adipócitos, esse tecido de gordura diminui e o aquecimento do aparelho promove a melhora da flacidez, fazendo com que a pele da região fique com menos volume e mais lisa”, complementa o especialista.

 

 

 

Fonte: Marie Claire 15.07.2022

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