México, Argentina e Colômbia foram os principais destinos das exportações brasileiras do setor de HPPC no primeiro bimestre do ano
A Corrente de Comércio internacional do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apresentou crescimento de 14,1% na no primeiro bimestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022, atingindo a marca de U$249,1 milhões. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC.
As exportações de janeiro-fevereiro totalizaram US$ 125.4 milhões, o que representa um aumento de 9,5%, sendo o desodorante o produto mais exportado no período, com uma alta de 43,7%. Já as importações tiveram um crescimento de 19,1% , totalizando US$ 123,7 milhões contra US$ 103,8 milhões registrados no primeiro bimestre do ano anterior.
Apesar do saldo comercial superavitário de US$ 1,7 milhão, o valor é 84,1% menor na comparação ao superávit do mesmo período de 2022. “Além da queda no volume exportado, seguimos sendo impactados pelo aumento no preço dos bens do setor e pelos elevados custos logísticos internacionais, que estão ocasionado impactos nas operações de comércio internacional”, afirma João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC.
Entre os principais destinos de exportações, o México foi o destaque, com alta de 92,0% entre janeiro e fevereiro de 2023. A Argentina aparece em segundo lugar, com 16,2% e na sequência a Colômbia, com 8,0%.
De acordo com Basilio, o setor defende um ambiente mais justo e competitivo do comércio exterior brasileiro, que depende do reforço de reformas estruturais, como a tributária, além do avanço de uma agenda de comércio que priorize negociações comerciais com países da América Latina, sobretudo com México e mercados da América Central.
A ABIHPEC mantém ações que visam a redução de entraves nas exportações, com o objetivo de ampliar a participação dos bens de HPPC no mercado internacional, porém, o setor ainda segue com impacto para acesso a mercados locais, como é o caso da Argentina, onde as exportações nos últimos dois anos estão aquém do potencial do setor para entrada nos países do Mercosul.
“Apesar de ser cedo para afirmar, temos a expectativa de avançar 2023 com desempenho positivo nas exportações do setor, a exemplo do resultado dos últimos anos”, comenta Basilio.