Estudo pioneiro valida escala nacional de bem-estar ambiental e busca ampliar a compreensão sobre ecoansiedade e consumo consciente
A Natura, em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, deu início a uma pesquisa inédita que examina os impactos das mudanças climáticas na saúde mental e no bem-estar dos brasileiros. A iniciativa marca um avanço científico na América Latina ao adaptar e validar, pela primeira vez no país, uma escala de bem-estar ambiental com base no Brief Solastalgia Scale (BSS), desenvolvido na Austrália em 2024.
A pesquisa visa analisar como o agravamento de eventos climáticos extremos influencia o estado emocional da população, mapeando sentimentos como ansiedade climática, solastalgia e depressão. Também serão investigadas as relações entre consumo sustentável e indicadores emocionais, com uso de biomarcadores vocais e um questionário digital distribuído via chatbot. A expectativa é alcançar inicialmente mil participantes, com expansão posterior por diferentes regiões e perfis populacionais.
Segundo Tatiana Ponce, vice-presidente de marketing e líder de P&D de Natura e Avon, os efeitos das mudanças climáticas provocam perdas e incertezas que comprometem a saúde emocional das pessoas. O Brasil, por sua diversidade ambiental e intensidade das pressões ecológicas, oferece um cenário relevante para compreender esses impactos.
O estudo também busca contribuir com estratégias de saúde preventiva e influenciar práticas empresariais voltadas à regeneração ambiental e ao cuidado emocional. A Natura pretende usar os dados para aprofundar o desenvolvimento de soluções alinhadas ao conceito do “Bem Estar Bem”, que integra corpo, mente e meio ambiente. Produtos como as linhas Tododia Todanoite e Tododia Energia, já baseados em evidências neurocientíficas e estudos do Instituto do Sono, fazem parte dessa abordagem integrada.
Para o pesquisador Lucas Murrins Marques, da Santa Casa, compreender as emoções relacionadas ao ambiente é essencial em um contexto de transformações climáticas crescentes. Termos como ecoangústia e sofrimento ambiental ganham relevância à medida que comunidades lidam com a perda de seus ecossistemas e modos de vida.
A pesquisa reforça o compromisso da Natura com modelos de negócio sustentáveis. A empresa foi a primeira de capital aberto a obter a certificação B no mundo e adota a ferramenta Integrated Profit & Loss (IP&L) para mensurar os impactos em capital natural, humano e social. A meta é gerar, até 2030, quatro vezes mais retorno socioambiental positivo do que receita líquida.
A marca também defende que o consumo consciente e o engajamento com empresas comprometidas com a regeneração podem ajudar a mitigar a ecoansiedade e fortalecer a saúde emocional diante das mudanças ambientais em curso.