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Avon volta à sexta posição no Brasil, mas tem prejuízo no 1º trimestre

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Receita global da empresa subiu 2%, para U$1,3 bilhão

Em meio a estratégias de reestruturação interna, a Avon registrou alta de 26% na receita das vendas de seus produtos no Brasil em dólar, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em reais, os valores subiram 2%. No âmbito global, a receita da empresa também subiu 2%, para US$1,3 bilhão, mas em moeda constante encolheu 1%.

O Brasil é o principal mercado da Avon no mundo. A alta do real em relação ao dólar favoreceu os resultados da empresa. Mesmo assim, a Avon ainda não conseguiu ficar no azul. No primeiro trimestre de 2017, a empresa teve um prejuízo líquido de US$ 35 milhões, abaixo das perdas de US$ 165 milhões registradas no mesmo período do ano passado.

O balanço global da empresa mostra que sua margem operacional caiu de 2,9% para 1,3%, afetada por inadimplências, principalmente no Brasil, decorrente de ajustes nas remunerações de ações e custos maiores com transporte. De acordo com a companhia, “os dados eram esperados”. Desde 2012, a norte-americana acumula prejuízos líquidos.

A companhia está no meio de um plano de reestruturação, que prevê o corte de custos e direcionamento de investimentos para países emergentes. Em 2016, a empresa cortou US$ 120 milhões em custos e prevê cortes adicionais de US$ 230 milhões em 2017.

“O primeiro trimestre está em linha com nossas expectivaas e nós continuamos confiantes em nossa estratégia e no progresso do nosso plano. Estamos no segundo ano de um plano de transformação de três anos” disse Sheri McCoy, presidente da Avon, no relatório de resultados. Segundo ela, o foco é continuar investindo na marca, em inovação, no aumento do engajamento dos representantes ao mesmo tempo em que a empresa mantém uma rigorosa disciplina de custos.

O Brasil figura entre um dos pilares do plano. Em 2016, a Avon transferiu para o país a base dos líderes mundiais de quatro áreas: cuidados pessoais, linha de maquiagem Color Trend, fragrâncias femininas e masculinas. Além disso, deslocou sua sede dos Estados Unidos para o Reino Unido, em busca de custos tributários mais baixos.

Espaço comprometido

A crise da Avon abriu espaço ao mercado nacional. Em 2010, a norte-americana era a terceira empresa no mercado brasileiro de beleza e cuidados pessoais, com 8,8% de participação, atrás da Natura e Unilever, segundo a Euromonitor. Em 2015, caiu para a sétima posição, com fatia de 5,7%, superada por empresas como Boticário e L’Oreal. Já em 2016, a empresa voltou subir à sexta posição.

À Reuters, analistas do Credit Suisse destacam que as vendas em moeda constante dos produtos de beleza da companhia no último trimestre ficaram estáveis no período, enquanto as da Natura subiram 3%.

“As tendências de vendas de ambas as companhias têm sido bastante erráticas nos últimos trimestres, com a Avon mostrando melhor desempenho no quarto trimestre de 2016, enquanto a Natura teve performance melhor no primeiro trimestre de 2017”, escreveram.

Fonte: G1

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