Os cientistas descobriram que os antissépticos bucais reduziram a infectividade do coronavírus em 30 segundos após a exposição

Cientistas da Cardiff University acrescentaram à pesquisa crescente que os antisépticos bucais podem ser essenciais para impedir a disseminação do coronavírus Sars-Cov-2.

Os pesquisadores imitaram as condições da passagem naso/orofaringe de uma pessoa, um importante local de replicação e eliminação de Covid-19, para determinar quais produtos foram úteis na redução dos níveis do vírus.

O estudo testou produtos contendo etanol, clorexidina, cloreto de cetilpiridínio (CPC), peróxido de hidrogênio e iodopovidona em sete colutórios, incluindo as conhecidas marcas Listerine, Corsodyl e Dentyl Dual Action.

O relatório descobriu que produtos com fórmulas contendo pelo menos 0,07% de cloreto de cetilpiridínio (CPC) reduziram a infectividade do vírus em um laboratório durante 30 segundos de exposição.

“É notável que os coronavírus são muito mais suscetíveis à interrupção do que muitos outros vírus e bactérias, devido à presença de um envelope lipídico viral”, disse Richard Stanton, principal autor do estudo.

“Na garganta humana, o vírus está sendo produzido constantemente, então, se houver um efeito, será importante ver por quanto tempo ele dura e se isso pode ajudar a reduzir a transmissão, por exemplo, em procedimentos odontológicos, exames de boca e garganta ou contatos de curto prazo com pacientes vulneráveis ​​ou outros indivíduos”.

O estudo ainda não foi revisado por pares e foi submetido para publicação.

Enquanto isso, o relatório vem antes de um ensaio clínico que deve ocorrer em pacientes Covid-19 no University Hospital of Wales.

Descobriu-se que os enxaguatórios bucais poderiam retardar a transmissão do vírus Sar-Cov-2 na Alemanha durante o verão.

O grupo de pesquisa da Ruhr-Universität Bochum encontrou oito enxaguatórios bucais, comprados ao balcão, que reduziram a medição do vírus nos testes.

Fonte: Cosmetics Business 18.11.2020