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Vendas de HPPC crescem 4,7% em 2020 e totalizam R$ 122,4 bilhões

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Produtos para banho e skin care lideraram o crescimento nas vendas, segundo a Euromonitor

Por Estela Mendonça

Enquanto o PIB do Brasil despencou 4,1% em 2020 – maior queda desde que foi iniciada a série histórica do IBGE em 1996 – e a indústria tenha recuado 3,5%, as vendas de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), mesmo sob os impactos da pandemia, mantiveram a tendência de alta registrada em 2019 (3,9%) e fecharam 2020 com crescimento de 4,7%, atingindo R$ 122,408 bilhões, segundo a Euromonitor International.

Se em 2019 os produtos premium de beleza, os dermocosméticos e os produtos de prestígio puxaram o crescimento, em 2020, foram os produtos para banho, com 18,5%, e os produtos de skin care, com 13%, que registraram as maiores elevações nas vendas. Já em maquiagem, o Brasil acompanhou o movimento global e registrou queda de 6% nas vendas, passando de R$ 10,075 bilhões para R$ 9,128 bilhões.

China ultrapassará EUA

O mercado global de HPPC registrou queda de 1,3%. O Brasil manteve a quarta posição no ranking mundial e, juntamente com a China, que aparece na segunda posição, foram os únicos países que tiveram resultado positivo nas vendas em 2020 entre os cinco maiores mercados globais. O que mais chama atenção, entretanto, é que, se as previsões da Euromonitor se efetivarem, até 2025 a China ultrapassará os Estados Unidos e assumirá a liderança mundial.

Novos hábitos

No Painel de Dados de Mercado da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o setor de HPPC obteve em 2020 um resultado ainda melhor: crescimento de 5,8% em vendas ex-factory, em relação a 2019. Para João Carlos Basilio, presidente executivo da entidade, entre os fatores que contribuíram para esse desempenho está o aumento dos hábitos de higiene para reduzir os riscos de contágio da Covid-19. A entidade registrou, ainda, um aumento de 7% no número de empresas, totalizando 3.148 companhias.

A Abihpec também destaca o desempenho dos produtos para banho, em especial os sabonetes líquidos, que tiveram alta de 22,3% (vendas ex-factory) e os sabonetes em barra (9,5%), bem como os produtos de hair care, com as vendas de shampoos crescendo 7,9%, condicionadores 18,6% e produtos de tratamento capilar 12,6%.

Já os produtos de cuidados com a pele surpreenderam, com alta de 21,9%. O destaque, segundo a Abihpec, foram as máscaras faciais, que cresceram 91%, e os esfoliantes corporais (153,2%). Basílio reforça que os produtos de cuidados da pele são um dos mais promissores no país: “Essa já era uma tendência observada antes da pandemia e no ano de 2020, a busca por produtos para essa finalidade, de fato, aumentou. Esse é, sem dúvidas, um sinal positivo para a ampliação desse segmento que ainda tem enorme potencial de desenvolvimento aqui no Brasil”.

Perfumaria brasileira

A categoria de perfumaria é outra que obteve bons resultados, com crescimento de 8,4% em 2020, de acordo com a Abihpec, apesar dos períodos em que os pontos de vendas ficaram fechados ou funcionando com restrições durante a pandemia. Basílio atribui o resultado ao aumento das compras por e-commerce, a interação virtual com as marcas e o crescente interesse do consumidor brasileiro pelos perfumes nacionais. “Os brasileiros cada vez mais se surpreendem com as ofertas nacionais de perfumes que, além de oferecerem altíssima qualidade, vem recebendo investimentos constantes em inovação nos últimos anos. Certamente, a opção de compra de perfumes nacionais, reforçou as vendas da categoria em 2020”, avalia Basilio.

Franchising de beleza

Com um faturamento de R$ 167,2 bilhões em 2020, o setor de franchising registrou uma retração de 10,5% em relação a 2019 (R$ 186,8 bilhões), segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Também houve queda de 8,6% franqueadoras atuantes no país em 2020 (2.668) e no número de unidades (2,6%), com 156.798 em operação no país.  O segmento de saúde e beleza e bem-estar, além de o de casa e construção, foi um dos únicos que registraram crescimento entre os 11 pesquisados, fechando o ano com R$ 35,276 bilhões em vendas, um aumento de 3,1% em relação a 2019 e de 0,4% no número de unidades. O Boticário se manteve em primeiro lugar no ranking geral, com 3.620 unidades franqueadas.

Vendas diretas

O ranking internacional das empresas de vendas diretas, divulgado em abril pela Direct Selling News, classifica a Natura &Co em segundo lugar, com um faturamento de US$ 7,16 bilhões, atrás apenas da Amway, com US$ 8,5 bilhões. De acordo com a presidente executiva da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), Adriana Colloca, o setor conta com aproximadamente 4 milhões de empreendedores independentes no Brasil e movimentou cerca de R$ 50 bilhões no ano passado, de acordo com a entidade.

Comércio eletrônico

O e-commerce chegou à marca histórica de R$87,4 bilhões em vendas em 2020, com crescimento de 41% no ano passado, segundo a Ebit/Nielsen. O número de pedidos foi maior, totalizando 194 milhões frente aos 148 milhões período anterior. Já o valor do tíquete médio registrou retração de 8%, de R$ 417 em 2019 para R$ 452 no ano passado. O número de novos consumidores chegou a 13,16 milhões, o que representa 29% a mais do que ano anterior.  As vendas do segmento de perfumaria, com predominância de venda de cosméticos e perfumes, tiveram um aumento de 23% na quantidade de pedidos e 44% no faturamento, que manteve sua participação no resultado total de 1,9%.

Beleza na publicidade

O total de investimentos em publicidade no Brasil passou de R$ 54,3 bilhões de janeiro a dezembro de 2019 para R$ 49 bilhões no mesmo período do ano passado, segundo o estudo Inside Advertising da Kantar IBOPE Media, divulgado no final de abril, que avaliou os investimentos publicitários em oito meios de comunicação – cinema, jornal, revista, rádio, TV (aberta e por assinatura), Out of Home e Internet. O setor de higiene e beleza reduziu sua participação de 7,8% em 2019 para 6,6% no ano passado.

Setor em alerta

Com a pandemia ainda sem controle no país e o ritmo lento de vacinação, o presidente executivo da Abihpec alerta que, apesar dos números positivos e do grande aprendizado obtido ao longo de 2020, o contexto econômico do país exige cautela.  “Atualmente as nossas preocupações estão voltadas para dois aspectos: o controle da pandemia, para viabilizar o restabelecimento completo das atividades de canais de vendas e prestação de serviços presenciais, e a contenção da inflação, que está subindo de forma acelerada, o que consideramos um sinal extremamente alarmante”, diz Basilio.

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