79% dos brasileiros querem que as marcas se posicionem em relação a assuntos importantes
A sustentabilidade é quase unanimidade em termos de assunto a ser explorado pelas marcas, mas algumas têm saído de cima do muro e tomado partido, fazendo ações em prol do público LGBT, dos imigrantes… Mas qual o risco de desagradar uma parcela de consumidores? A pesquisa “Global Consumer Pulse” da Accenture Strategy mostrou que 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados aos seus valores de vida.
A pesquisa ouviu 30 mil consumidores ao redor do mundo, sendo 1.564 brasileiros. Os dados mostram que marcas que demonstram comprometimentos com causas para além de seus produtos têm mais chance de atrair consumidores e influenciar decisões de compra.
No Brasil, 79% dos consumidores disseram que querem que empresas e marcas se posicionem em relação a assuntos importantes em áreas como sociedade, cultura, meio-ambiente e política. Além disso, 76% disseram que suas decisões de compra são influenciadas pelos valores propagados pelas marcas e pelas ações de seus líderes.
Outro dado que chama a atenção é que 87% dos brasileiros afirmaram desejar que as empresas fossem mais transparentes sobre a origem de seus produtos, as condições de trabalho de seus funcionários e a questão de testes em animais.
E é claro que as empresas e marcas já estão atentas a esse comportamento do consumidor. Ronaldo Fraga, por exemplo, é um dos estilistas que sempre levanta uma bandeira relacionada a uma causa em suas coleções. Em 2018, emocionou o público da SPFW com uma coleção inspirada na tragédia de Mariana. O estilista mineiro foi até Barra Longa, cidade também atingida pelo mar de lama, e trabalhou com as bordadeiras locais. A Osklen há anos tem na sustentabilidade um de seus principais pilares e recentemente desfilou a sua coleção mais sustentável feita até hoje, batizada de ASAP.
No ramo da beleza, a L’Oréal Brasil aderiu ao Fórum de Empresas e Direitos LGBT+, organização que, desde 2013, reúne mais de 50 empresas brasileiras de diferentes setores para a promoção e o respeito de direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Fonte: Fashion Network 22.03.2019