Cientista principal da The Estée Lauder explica como a cafeína impulsiona a hidratação da pele
Em uma entrevista recente, Jaime Emmetsberger, Ph.D., cientista principal da Tom Ford Research e The Estée Lauder Companies, compartilhou novas descobertas sobre como a cafeína pode afetar o potencial elétrico da pele, mudando seu fluxo de íons. Isso, por sua vez, melhora a hidratação da pele.
Ela apresentou essas descobertas na recente reunião da AAD (Associação Americana de Dermatologia). A seguir, um trecho do seu trabalho:
Como a cafeína, a hidratação e a eletricidade da pele são conectadas?
Emmetsberger: Basicamente, a pele pode agir como uma bateria e, alterando-se as suas propriedades elétricas, podemos melhorar a hidratação. O que descobrimos é que a cafeína realmente aumenta as propriedades elétricas da pele, ou o potencial elétrico, que está diretamente correlacionado com um aumento no teor de água da pele.
A principal força que promove isso é, na verdade, a estabilização de uma molécula conhecida como adenosina monofosfato cíclico (ou AMP cíclico), que tem demonstrado modular certos canais iônicos. Nós nos concentramos no canal de sódio e o que descobrimos é que, com a estabilização do AMP cíclico, houve um aumento na expressão desse canal.
Houve também um aumento na forma como este canal foi traficado de dentro da célula e para a superfície da célula, onde realizou mudanças no fluxo de íons. Essa mudança de carga que está ocorrendo na célula é a força que está puxando a água para a pele, por meio de um processo conhecido como eletrosmose. Essa diferença na distribuição de íons é o que atrai água para a pele. Como se pode imaginar, a água segue o sal – e é isso o que vemos aqui.
Fonte: CGI Magazine