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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Beautystreams Ciência e Tecnologia InternacionalEntrevista especial sobre Beautytech com a fundadora e CEO da Beautystreams

Entrevista especial sobre Beautytech com a fundadora e CEO da Beautystreams

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A entrevista abaixo foi realizada com a Fundadora e CEO da Beautystreams, Lan Vu, sobre a crescente inclusão da tecnologia na área da beleza, denominada Beautytech.

Por que você acha que as marcas de beleza estão, cada vez mais, abraçando a tecnologia? E por que o mundo da tecnologia, incluindo o Vale do Silício, está abraçando (a beleza) de volta?

Lan Vu – Fundadora e CEO da Beautystreams

LV: Eu acho que a maioria das indústrias está adotando a tecnologia hoje em dia. É uma evolução inevitável. A tecnologia faz parte do nosso dia a dia, à medida que ela evolui, influencia todos os aspectos das nossas vidas. E, de forma semelhante à indústria de tecnologia, o campo da beleza é construído sobre inovação e mudança constante. Portanto, o emparelhamento dos dois mundos é uma combinação natural. A tecnologia apresenta infinitas possibilidades criativas para aplicações no mundo da beleza (veja abaixo); enquanto a indústria da beleza, setor baseado em sentimentos e pessoas, traz um toque de humanismo à indústria de tecnologia.

Que papel você acha que a tecnologia desempenhará na evolução e na sobrevivência de grandes marcas de beleza, como Estée Lauder, L’Oréal, etc.?

LV: A tecnologia ajudará as principais marcas de beleza a se atualizar e a se reinventar, o tempo todo – desde diagnósticos precisos, formulações personalizadas, atitudes inovadoras e embalagens inteligentes até novos e emocionantes displays integrados, design de varejo e canais de marketing. Para grandes corporações globais, manter-se atualizadas é vital hoje. O comportamento do consumidor mudou.

A tecnologia, através da mídia social, democratizou a imprensa e colocou o poder nas mãos do consumidor individual. A febre indie é prevalente em muitos millennials, que preferem pequenas marcas independentes às grandes corporações.

Pensando, por exemplo, na Tom Ford Beauty de Covent Garden, em Londres, como a BeautyTech (espelhos inteligentes, realidade aumentada, etc.) mudará a experiência de compra do consumidor?

LV: Os consumidores gostam da conveniência de comprar on-line; portanto, se as lojas desejam que eles saiam de casa, fazer compras tem que ser algo além da compra – tem que se tornar uma experiência excitante e divertida, que envolve todos os sentidos, para criar memórias e visuais Instagramáveis. Os aspectos táteis e físicos podem ser misturados com a nova tecnologia para criar experiências diferentes, que envolvam os compradores e continuem a atraí-los de volta.

Até que ponto você acha que os desenvolvimentos tecnológicos das grandes marcas de beleza são conduzidos pela demanda do cliente, e quanto é a marca que lidera, molda ou inicia uma tendência?

LV: Eu acho que, atualmente, os dois movimentos acontecem. Trabalhamos com muitas marcas líderes e elas são muito atentas às necessidades e estilos de vida de seus consumidores. No entanto, os profissionais de marketing estão cientes de que, às vezes, os consumidores não sabem o que querem até que eles o vejam – então, as marcas trabalham com agências, como a nossa, para prever necessidades futuras e criar ofertas exclusivas de produtos. Desta forma, eles definem e moldam a tendência, empacotando-a em uma marca ou história empolgante e atraente para os consumidores.

Na sua opinião, qual é a área mais instigante do desenvolvimento tecnológico no momento? Como no caso de uma tecnologia tradicional aplicada à indústria da beleza (realidade aumentada, realidade virtual, inteligência artificial, chatbots, personalização de dados, etc.)

LV: Eu diria que a inteligência artificial (IA) é a área mais instigante do desenvolvimento tecnológico. Estamos apenas no início desta área. No futuro, a IA pode chegar a alimentar toda a nossa rotina pessoal de saúde e beleza – desde controlar a iluminação e a temperatura da casa e melhorar a aparência da nossa pele até criar tratamentos de saúde e beleza baseados em scanners diários de pele e urina e controlar robôs capazes de conduzir cirurgias plásticas.

De que maneiras você  enxerga a personalização (por meio de dados e tecnologia) relevante para a indústria da beleza?

LV: Eu acredito fortemente que a personalização é uma parte fundamental do futuro da indústria da beleza. Do lado médico, diagnósticos precisos podem permitir tratamentos direcionados e não invasivos para as condições da pele. A coleta de dados pode ajudar a analisar e prever futuros problemas de pele, bem como propor os produtos preventivos mais eficazes. Algumas empresas já estão fazendo linhas de cuidados com a pele baseadas em DNA. No futuro, a personalização nos permitirá criar produtos de beleza diariamente em casa, dosados ​​e ajustados de acordo com nossas necessidades diárias, com base na análise da pele de cada indivíduo.

O que você prevê que seja a próxima grande novidade em BeautyTech? Algo que talvez ainda não exista, ou ainda seja pouco representativo.

LV: Empresas como a L’Oréal estão agora desenvolvendo a pele humana em laboratório, com base em células vivas de doadores humanos. Isso vai não apenas ajudar a reduzir os testes em animais, mas também abrirá novas possibilidades, como cirurgias de substituição da pele, para uma pele jovem e renovada, apenas em partes do rosto, conforme a necessidade. Esta seria, evidentemente, uma tendência de longo alcance. No entanto, no curto prazo, novos avanços em embalagens inteligentes atingirão o mercado – as embalagens indicarão o quão fresco um produto está (e, talvez, se a exposição ao sol nas prateleiras afetou a formulação), possíveis adulterações, informações sobre o produto (ex: ingredientes, como usar, história do produto, etc.), conectando-se a outros compradores, etc. A tecnologia leva a embalagem a uma nova dimensão.

Que impacto você acha que a BeautyTech está exercendo na maneira como os consumidores percebem “Beleza”, ou seja, o que é “bonito”? A definição de beleza está ficando mais ampla ou mais estreita como resultado de inovações tecnológicas?

LV: Eu acho que isso varia entre culturas e grupos de consumidores. Por exemplo, na Coréia existe um ideal de beleza muito específico, e a tecnologia serve para aproximar as pessoas desse ideal através de produtos para a pele e cirurgia. Culturalmente, lá as pessoas tendem a gostar de pertencer ao grupo, em vez de se destacar. O resultado é uma aparência de beleza muito homogênea. Por outro lado, nos Estados Unidos há um aumento da beleza multirracial, onde a beleza e a tecnologia permitem que as pessoas acentuem suas características distintivas para que se destaquem.

SOBRE A BEAUTYSTREAMS

A BEAUTYSTREAMS é a referência global da indústria da beleza. É uma fonte única de informações para equipes de estratégia, marketing e desenvolvimento de produtos em todo o mundo. Fornece previsões de cores, conceitos de inovação de produtos, insights do consumidor, estratégias de marcas, tendências de curto e longo prazo, relatórios de feiras e notícias do setor.

LAN VU

Lan Vu é a fundadora / CEO da BEAUTYSTREAMS. Lan é uma visionária de previsão de tendências de renome com mais de 28 anos de experiência.

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