Estudo abrange sustentabilidade, inovações tecnológicas e publicidade on-line.
O comportamento das consumidoras brasileiras de produtos de beleza e cosméticos está mais digital. Apesar da maioria das compras ainda ser realizada da forma tradicional – ou seja, presencialmente em lojas de departamentos (65%), redes varejistas (64%), lojas da marca (58%) e supermercados (38%) – o e-commerce, principalmente das marcas, tem demonstrado bom desempenho entre as Millennials* (52%) e consumidoras de alta renda (60%).
Esses são alguns resultados da pesquisa “Novas Faces: Estudo Sobre Beleza & Cuidados com a Pele” realizada pela Teads, Plataforma Global de Mídia, em parceria com o Global Web Index (GWI), para compreender o comportamento de compra, preferências dos produtos e motivações do público feminino ao consumir produtos de beleza e cuidados com a pele. O levantamento ouviu aproximadamente 5 mil mulheres em oito países, entre eles o Brasil, e revelou dados comportamentais relevantes, como o fato de quase todas as entrevistadas no país (90%) tomarem alguma ação, como visitar o site ou procurar mais informações sobre o produto, após assistirem a um anúncio em vídeo on-line. Vale destacar que a média global de pessoas que têm essa atitude é de 76%.
No Brasil, 41% das mulheres acessam o site da marca após serem impactadas pelo anúncio em vídeo on-line. Além disso, 83% das entrevistadas que se encaixam na Geração Z (16 a 20 anos) encontram novos itens principalmente por meio das análises de outras consumidoras no ambiente on-line.
Além disso, o levantamento constatou que, contrariando a tendência do aumento do número de profissionais que atuam com marketing de influência, somente 30% utilizam influenciadores digitais como fontes para a descoberta de novidades em beleza e produtos para a pele. Donas de uma popularidade garantida, as celebridades influenciam as compras de apenas 5% das pesquisadas. Já as celebridades que possuem marcas de beleza, são responsáveis por impactar 7% das usuárias, a ponto de concretizarem a compra desses itens.
A pesquisa também revela que fatores como preço (77%), adequação ao tipo de pele (72%) e prova científica de resultados positivos (51%) são os principais motivadores para a compra. As consumidoras brasileiras acreditam que o investimento em tecnologia economiza tempo e dinheiro para encontrar novos artigos.
Consumo com significado
O estudo demonstrou que a consumidora está buscando produtos mais sustentáveis, éticos e inclusivos. Por exemplo, 69% das entrevistadas acreditam que a embalagem dos produtos deve ser ecológica; 62% gostariam que os cosméticos tivessem apenas ingredientes naturais/orgânicos; e 59% pagariam mais por itens sustentáveis/ecológicos.
Inovações tecnológicas e receptividade
Ao investigar a aceitação de novas tecnologias no processo de compra de produtos de beleza e cuidados com a pele, o Brasil é o país que está menos apreensivo por utilizar essas novas ferramentas. Das entrevistadas, 55% se disseram dispostas a experimentar a Realidade Aumentada para testar maquiagem virtualmente, por exemplo. Outras 49% são receptivas à utilização do Consultor Virtual, que poderia ser usado para entender qual é o produto que melhor se adequa a sua pele, enquanto 40% utilizaria Chatbots.
Para Fabrício Proti, diretor executivo da Teads no Brasil, a pesquisa revelou alguns recortes muitos interessantes para o mercado brasileiro. “Comprovamos, por exemplo, como anúncios em vídeo são bem recebidos pelas consumidoras do setor. Além disso, percebemos também que o público está mais aberto a testar também novas tecnologias, como realidade aumentada, consultoria virtual e chatbots no processo de compra, nos abrindo diversas possibilidades de inovação com anunciantes do setor”.