O boom do e-commerce veio para ficar. Um estudo da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) mostrou que o comércio eletrônico aumentou a sua participação no varejo de forma surpreendente nos últimos seis meses. Segundo a instituição, entre janeiro e junho de 2020, o e-commerce passou a representar 3,7% do total do varejo em São Paulo, um avanço de 0,8 ponto percentual.
Segundo a Fecomércio-SP, um avanço nesta proporção era esperado para 2026, o que indica que, impulsionado por ações e pela pandemia do novo coronavírus, o e-commerce cresceu em seis meses o que era esperado para seis anos.
Quando apontam os números apenas da capital paulista, o crescimento do e-commerce foi ainda maior, chegando a 5% de participação no varejo total.
A perspectiva é que a capital paulista encerre o ano com o comércio online respondendo com algo entre 6% e 7% das vendas do varejo como um todo. Se a projeção se confirmar, a cidade de São Paulo vai se aproximar do desempenho de Nova York (EUA), onde o varejo online responde por cerca de 10% do total.
E-commerce já é realidade
Em entrevista ao Estadão, a assessora econômica da Fecomércio-SP, Kelly Carvalho, apontou que é consenso de que o e-commerce cresceu com a pandemia, mas veio para ficar.
“O varejista que não está hoje no e-commerce está com os dias contados, porque é uma questão de competitividade”, argumentou.
Além da cidade de São Paulo, a região do ABC paulista registrou avanço significativo da participação do comércio online no varejo no primeiro semestre, de 3,2% ao final de 2019 para 4,4% em junho deste ano, com alta de 1,2 ponto porcentual. O litoral também chamou atenção com uma fatia de 3,8% ao final do primeiro semestre.