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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Embalagem & DesignAquisições devem movimentar setor de embalagens em 2022

Aquisições devem movimentar setor de embalagens em 2022

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Após a compra de ativos da Iguaçu Celulose Papel pela CMPC, apetite de grupos estrangeiros por operações locais permanece elevado

O ano de 2022 promete manter o ritmo de expansão de capacidade instalada e de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) na indústria de embalagens visto desde 2020. Após a recente chegada da chilena CMPC a esse mercado no Brasil, com a compra de ativos industriais e florestais da Iguaçu Celulose Papel, o interesse de grupos estrangeiros por operações locais permanece elevado, e novos investimentos devem ser anunciados.

Além das companhias estrangeiras, diz o líder de Corporate Finance da Duff & Phelps, A Kroll Business, Alexandre Pierantoni, fundos de private equity têm avaliado ativos brasileiros associados a embalagem. Neste momento, a consultoria tem entre dois e três mandatos de venda no país e as incertezas quanto ao crescimento da economia doméstica não reduziram o interesse de potenciais compradores.

“Eles estão olhando [embalagens] flexíveis, rígidas, de papelão ondulado. Há oportunidade de aquisição em todos os segmentos. Muitas empresas ainda são familiares e precisam investir para crescer”, diz Pierantoni.

Há poucos meses, a Duff & Phelps assessorou a italiana Gualapack, de embalagens flexíveis, na compra da brasileira Teruel Embalagens – Papéis Amália, empresa familiar com mais de 50 anos de operação que se especializou em impressão flexográfica em filmes flexíveis.

Na semana passada, o grupo chileno CMPC acertou a compra de três fábricas e florestas da paranaense Iguaçu Celulose Papel por cerca de R$ 946 milhões, incluindo dívidas que serão pagas e chegou ao mercado local de embalagens já na posição de segunda maior fornecedora de sacos de papel, atrás da Klabin.

Grandes nomes de capital nacional também estão monitorando oportunidades nesse mercado, que deve seguir em rota de consolidação, e investindo em capacidade. Em embalagens de papel, além do anúncio recente da CMPC, a Klabin comprou, no ano passado, os ativos da International Paper nessa área no Brasil, consolidando-se na liderança do mercado caixas de papelão ondulado, com participação de 24%.

A companhia brasileira, que está investindo R$ 12,9 bilhões no Paraná para ampliar a produção de papéis para embalagem, é vista como forte candidata a novos investimentos ou aquisições.

Segundo Pierantoni, potenciais compradores de ativos no país têm demonstrado interesse em particular pelos segmentos de maior valor agregado, como o de embalagens usadas na indústria farmacêutica. “Commodity segue sendo importante, mas os mercados de nicho crescem mais”, explica.

De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), Gabriella Michelucci, os clientes da indústria têm buscado cada vez mais embalagens inteligentes, leves e racionalizadas. “Esse deve ser um grande avanço para 2022”, diz a executiva.

Ao mesmo tempo, as embalagens estão deixando de ser vistas apenas como meio de transporte do produto e assumindo papel mais ativo na experiência do consumidor. Mais cores, beleza e melhor identificação da marca são tendências fortes, acrescenta Michelucci. Para 2022, a previsão inicial é de expansão de 1,3% a 1,4% nas expedições de chapas, caixas e acessórios de papelão no país, para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estimado em 1,2%.

Segundo Pierantoni, fusões e aquisições estão aquecidas de maneira geral no país. Levantamento da Duff & Phelps mostra que foram firmadas 1.455 transações entre janeiro e novembro, com expansão de 52% frente ao volume registrado no mesmo período de 2020 e acima das 1,1 mil operações anunciadas em todo o ano passado. Novembro foi o terceiro mês mais movimentado neste ano, com 150 negócios.

“Quem conhece o Brasil, segue investindo. Os riscos, mesmo no cenário político, já estão no preço”, diz o especialista. Conforme pesquisa da consultoria, em novembro, investidores financeiros, como fundos de venture capital e de private equity, estiveram presentes em 42% das transações anunciadas no Brasil.

 

 

Fonte: Valor 20.12. 2021

 

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