Estudo internacional revela consumidores mais leais, jornada de compra estendida e otimismo com o crescimento do mercado, especialmente no Brasil
O mercado de beleza segue resiliente e em expansão, impulsionado por consumidores fiéis, inovação e uma jornada de compra cada vez mais complexa. De acordo com o estudo Global Health & Beauty Pulse 2025, realizado pela Criteo com mais de 14 mil participantes em diversos países, 73% dos consumidores pretendem manter ou aumentar seus gastos com produtos de beleza nos próximos meses.
No Brasil, a tendência é ainda mais promissora: a Redirection International projeta que o setor ultrapassará US$ 40 bilhões até 2027, impulsionado pelo autocuidado, pela entrada de novos perfis de consumidores e pelo fortalecimento de marcas premium.
O levantamento revela mudanças significativas no comportamento do consumidor. A jornada até a conversão está mais longa: em média, são 18 dias entre o primeiro contato com um produto e a efetivação da compra. No entanto, a agilidade também está presente — quase 90% dos consumidores já compraram no mesmo dia em que descobriram um item de interesse.
A pesquisa online se consolida como etapa crucial da decisão de compra: 66% comparam preços na internet, 53% leem avaliações e 52% utilizam o celular para consultar valores dentro das lojas físicas. Esse comportamento reforça o modelo híbrido: 48% seguem o caminho ROPO (Research Online, Purchase Offline), e 79% ainda valorizam avaliar os produtos presencialmente antes de comprar.
O estudo também destaca o papel estratégico do consumidor premium. Este público tende a dedicar mais tempo à pesquisa e à comparação entre marcas, mas, uma vez conquistado, se mostra altamente fiel.
Entre os homens, grupo que representa uma fatia crescente do mercado, 32% raramente trocam de marca, 35% priorizam ingredientes naturais e 33% ainda preferem comprar em lojas físicas. Esse perfil demonstra um consumidor mais exigente, porém receptivo à fidelização.
Os marketplaces e sites de varejo lideram a descoberta de produtos (57%), seguidos por mecanismos de busca (52%) e redes sociais (47%), apontando a importância de estratégias omnichannel e de conteúdo de influência bem estruturado.