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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Destaque Empresas & NegóciosAnálise sensorial: a ciência que desvenda como um produto é percebido pelos sentidos

Análise sensorial: a ciência que desvenda como um produto é percebido pelos sentidos

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Saiba por que é tão importante vincular o perfil sensorial às preferências dos consumidores

Por Estela Mendonça

O desenvolvimento de um cosmético abrange várias etapas, entre elas a avaliação sensorial, que analisa a percepção de diferentes atributos de um produto cosmético. Embora pareça algo bem subjetivo, essas avaliações são carregadas de ciência e envolvem várias metodologias e tecnologias para traduzir as percepções, sensações e reações de voluntários, como também o julgamento de experts em atributos sensoriais.

Luciana Ferra, coordenadora técnica de Personal Care para a América do Sul e Central da Gattefossé

Luciana Ferra, coordenadora técnica de Personal Care para a América do Sul e Central da Gattefossé, explica que a análise sensorial é uma disciplina científica que aplica princípios de design experimental e análise estatística para medir, analisar e interpretar as características de um produto conforme elas são percebidas pelos cinco sentidos. “Trata-se de uma ciência amplamente empregada na área cosmética e de alimentos”, afirma. A Gattefossé mantém um painel treinado de análise sensorial desde 1996, uma expertise restrita a poucas fornecedoras de matérias-primas,

A análise sensorial, segundo Luciana, abrange métodos analíticos e afetivos, também chamados de hedônicos. Neste último caso, são realizados com consumidores e avaliam o grau de aceitabilidade de um produto ou a preferência em testes comparativos. Para escolher os painelistas, são levados em conta alguns parâmetros variáveis como, idade, renda, frequência de uso do produto, além de fatores culturais, étnicos e demográficos.

Métodos analíticos

A Gattefossé utiliza métodos analíticos que contemplam testes discriminativos e descritivos. No primeiro caso, indicam a existência de diferenças ou não entre as amostras. Luciana cita como exemplo, os testes triangular, duo–trio, ordenação, comparação pareada. O teste triangular avalia pequenas diferenças entre três amostras, duas iguais e apenas uma diferente, sendo que os julgadores devem identificar a amostra diferente.

No teste duo-trio, os julgadores analisam três amostras, uma delas padrão e duas distintas, e devem identificar qual é idêntica ao padrão. Ambos os testes (triangular e duo-trio) permitem revelar se há diferenças significativas, porém, não as quantificam. Já o teste de ordenação avalia três ou mais amostras, simultaneamente, sendo que os julgadores devem ordená-las em ordem crescente ou decrescente, de acordo com a intensidade de um atributo específico. Nos testes de comparação pareada, os julgadores devem apontar entre duas amostras, qual tem maior intensidade com relação a um atributo específico.

Escala de intensidade

“Os testes descritivos são mais específicos e permitem posicionar precisamente um produto em uma escala de intensidade a ser comparado com diferentes referências ou âncoras. Eles permitem desenhar o perfil sensorial das formulações, que podem ser consideradas como sua ‘carta de identidade’”, diz Luciana, acrescentando que todas as formulações de emulsões desenvolvidas nos laboratórios de aplicação da Gattefossé são avaliadas pelo painel de especialistas, o que permite gerar uma carta com os atributos sensoriais de cada formulação.

Em linhas gerais, os objetivos da análise sensorial utilizada na Gattefossé abrangem: avaliar a influência de matérias-primas na formulação e as principais características dos emulsionantes fabricados pela companhia, comparar protótipos, entender as preferências do mercado e obter um banco de dados interno de texturas.

“Os critérios sensoriais avaliados pelo painel da Gattefossé contemplam toda experiência sensorial com um produto cosmético. Assim, os painelistas avaliam critérios relacionados ao aspecto, primeiro toque, durante a aplicação e após a absorção de emulsões cosméticas”, explica Luciana, que ressalta que o domínio da companhia, tanto em análise sensorial como em química de lipídios, possibilitou a formação de um em portfólio completo de emulsionantes e agentes de textura com diferentes perfis sensoriais.

Extrema suavidade

O emulsionante O/A Emulium® Dolcea MB, PEG-free, de origem 100% natural, aprovado COSMOS, é um bom exemplo para ressaltar o impacto de um emulsionante na percepção sensorial de emulsões. Caracterizado por sua extrema suavidade, especialmente após a aplicação, seu perfil sensorial pode ser atribuído aos ésteres mistos de jojoba e girassol, que combinam espalhabilidade e substantividade, confirmado por uma avaliação descritiva de quatro diferentes formulações contendo de 2,5% a 5% de Emulium® Dolcea MB (veja o quadro abaixo).

Avaliação sensorial de emulsões com Emulium® Dolcea MB

Identidade sensorial de Emulium® Dolcea MB é caracterizada por extrema suavidade, especialmente na sensação residual da pele após a aplicação

Impacto do clima

As avaliações sobre impacto do clima na percepção sensorial são relativamente novas no setor e a Gattefossé tem um bom exemplo com Acticire® MB, um agente de textura inspirado pela natureza. “Com base na associação sinérgica de três ceras de plantas funcionalizadas – jojoba (líquida), girassol (sólida) e mimosa (sólida) – Acticire® MB apresenta vantagens sensoriais excepcionais”, destaca. O agente de textura que confere propriedades de hidratação, indicado para aplicações de proteção solar, maquiagem e skincare, foi submetido a testes descritivos, que avaliaram duas formulações, com e sem o ingrediente Acticire® MB, em diferentes climas.

Ao analisar os testes descritivos, verificou-se que as formulações testadas sem Acticire® MB apresentaram um aumento da sensação de “Greasy Afterfeel T3” (oleosidade após a aplicação) de 104% em um ambiente tropical, quando comparado com a avaliação feita em um ambiente temperado. Já na formulação com Acticire® MB, na mesma comparação, este aumento esperado da oleosidade após a aplicação (Greasy Afterfeel T3) foi limitado em 50%. “Os testes realizados permitem afirmar que, ao empregar Acticire® MB, minimizamos o ‘gap’ sensorial. Assim, as formulações cosméticas tornam-se adaptáveis a diferentes climas”.

O agente texturizante Acticire® MB também foi avaliado em relação ao layering, formação de camadas por aplicações sucessivas de produtos cosméticos. “Ao utilizar 2% de Acticire® MB nas formulações, minimizamos a percepção sensorial negativa, especialmente em relação ao tacky”, garante Luciana.

Avaliação sensorial de Acticire® MB

Formulações com e sem o Acticire® MB em clima temperado (N, em verde) e Tropical (T, em amarelo)

Conhecimento compartilhado

“A expertise em análise sensorial permitiu à Gattefossé apoiar o desenvolvimento e o lançamento de vários produtos inovadores de seus clientes. Além disso, a Gattefossé compartilha seu conhecimento em análise sensorial por meio de treinamentos teórico-práticos para seus clientes”, completa Luciana. Em seu canal do Youtube, a empresa disponibiliza alguns vídeos sobre o tema. Confira em: The fundamentals of sensory analysis in Personal Care; Sensory analysis at Gattefossé; Sensorial assessment – First touch; Sensorial assessment – During application; e Sensorial assessment – After absorption.

Fundada em 1880, com sede em Lyon, França, e presente em mais de 70 países, a Gattefossé é especializada na criação, desenvolvimento, fabricação e comercialização de ingredientes especiais e soluções de formulações inovadoras para as indústrias de saúde e beleza em todo o mundo. A filial brasileira é responsável pelo suporte técnico e comercial a clientes e distribuidores da América do Sul e Central. No país, o Grupo MCassab é o distribuidor de todos os seus ingredientes nas indústrias cosméticas e farmacêuticas.

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