Aumento da procura por hidratantes traz oportunidades para formuladores de produtos de beleza
De acordo com levantamento do Instituto Qualibest, sete em cada 10 brasileiros mudaram seus hábitos de higiene com a pandemia e 86% declararam uso do álcool em gel como medida de proteção.
O aumento da frequência de uso destes produtos trouxe uma sensação de ressecamento da pele para 26,5% das pessoas que fizeram parte de um estudo da Kantar, envolvendo 11.300 famílias. Isso pode refletir em uma busca maior por hidratantes, abrindo oportunidades de negócio para formuladores de todo o país. Cleber Barros, pesquisador e desenvolvedor de produtos cosméticos e consultor técnico da in-cosmetics Latin America, observa que, apesar dos consumidores conhecerem bem os hidratantes, ainda é possível trazer abordagens em formulações que deixem o produto final mais interessante.
O uso de aromaterapia e de óleos essenciais, que além de ligar o perfume às questões de bem-estar ainda podem ser antioxidantes, protegendo contra radicais livres, radiação UVA e UVB, estão entre as opções. “A ideia é fazer com que o produto deixe de ser simples e passe a despertar a curiosidade, fixando o conceito de um cuidado específico e de um privilégio para a pele”, explica.
Ele ressalta que os produtos de beleza e cuidados pessoais podem ajudar as pessoas a reduzir a ansiedade, o estresse e, consequentemente, melhorar a convivência familiar, muito importante neste momento em que todos estão juntos.
“Meu trabalho na área cosmética é voltado para a qualificação e percebi que o número de pessoas querendo produzir hidratantes aumentou. Este movimento significa que o consumidor, na ponta, está procurando mais. A partir daí o profissional de desenvolvimento deve aplicar todo o seu conhecimento técnico para trazer algo relevante, diferente. Como exemplo, desenvolvi uma formulação voltada para os profissionais de saúde que diminui o atrito da máscara com o rosto, a sensação de desconforto e a vermelhidão”, considera Cleber.
Fonte: Fashion Network 10.06.2020