Biomédica usa bactérias para criar marca de cosméticos sustentáveis
Mariana Silva, de 30 anos, é a fundadora da Planty Beauty, que lançou o primeiro produto em abril deste ano. Meta é faturar R$ 650 mil em 2022
Quando decidiu fundar a Planty Beauty, Mariana Silva, 30 anos, queria se diferenciar dentro da indústria de cosméticos. “Os consumidores pedem que não haja petrolato e parabenos nos produtos. Mas o extrativismo predatório não soa tão familiar”, afirma a empreendedora.
O problema apontado por ela é que, mesmo em produtos mais sustentáveis, o petrolato é substituído por óleo vegetal. “Ao fazer essa troca, é possível cair justamente no extrativismo predatório, em que comunidades começam a produzir um único fruto para atender uma indústria. Para nós, isso não fazia sentido”, diz.
O hidratante que ela lançou em abril deste ano com o químico Otto Heringer — que hoje não está mais no negócio — dribla a questão. “É um produto que tem, dentro dos seus ativos, um ácido hialurônico feito por bactérias. É um método totalmente vegano”, afirma a empreendedora que também é biomédica. Os ingredientes usados, como extrato de caju e guaraná, procuram marcar a brasilidade.
A inspiração veio de uma pesquisa feita na internet com consumidores para saber quais produtos eles mais gostavam e quais eram suas maiores necessidades em cosméticos. “Oleosidade e acne eram as queixas mais recorrentes, mas os produtos mais queridos eram limpador facial, protetor solar e hidratante, que são itens de uso recorrente”, afirma Silva.
Desde o início a empreendedora decidiu apostar no digital, e criou um e-commerce. Um mês antes do início das vendas, começou a movimentar as suas páginas no Instagram e no Facebook para atrair potenciais clientes. “Também enviamos o hidratante para micro influenciadores de skincare”, diz Silva.
A partir de junho, Silva começou a inserir os produtos também em uma loja física de São Paulo, e no momento está em negociação com outro ponto de venda. “Apesar de termos começado há pouco tempo, investimos forte nesse movimento de expansão tanto em lojas físicas quanto virtualmente, por meio de marketplaces”, afirma a empreendedora. Os itens já estão no Mercado Livre e no Magalu.
Fonte: Revista PEGN 30.08.2022