Braé: cosméticos à brasileira para concorrer com Wella e L’Oreal
Com 104 produtos no portfólio, a marca faturou em torno de R$ 121 milhões em 2022 e pretende chegar a R$ 200 milhões neste ano
Beleza é uma questão muito importante para os brasileiros. Não é para menos que o país é o quarto maior mercado de cuidados pessoais do mundo, de acordo com a Euromonitor International. A Braé , empresa brasileira de cosméticos de alta performance, está batalhando com gigantes como Wella e L’Oreal por uma fatia desse bolo e prevê faturar R$ 200 milhões neste ano e chegar a R$ 1 bilhão em cinco anos.
A empresa nasceu em 2015 para sanar os problemas das mulheres que desejavam descolorir o cabelo de forma saudável, mas não conseguiam. Na época, existia um produto muito famoso nos Estados Unidos que tinha essa função de proteger os fios e foi nisso que Renato Antunes, CEO e fundador da Braé , se inspirou para criar uma marca. Sua estratégia foi correr atrás dos profissionais da área, oferecendo o produto para teste. Em pouco tempo, os cabeleireiros mais famosos do país solicitaram a divulgar a linha de forma orgânica em suas redes sociais.
O projeto foi um sucesso. Até 2017, a marca era 100% focada no produto de proteção capilar. Hoje, o portfólio já conta com mais de 104 produtos. “No início, os nossos produtos eram focados no uso profissional de cabeleireiros. Em pouco tempo, como os clientes já desejavam levar para casa o produto usado nos estabelecimentos e foi assim que se discutiu o lançamento da linha home care, o primeiro produto realmente focado para o varejo”, explica Antunes.
O CEO conta que o processo de criação dos produtos é bastante demorado e custoso, mas de propósito. “Nós desenvolvemos as fórmulas, levamos para os nossos cabeleireiros parceiros, que damos um feedback sobre o que precisa ajustar. Esse processo de ajuste dura em torno de seis meses”, afirma Antunes. “Depois, nós distribuímos o produto no mercado, para mais uns 50 profissionais, e só depois dessa aprovação que a fórmula sai para o consumidor final.”
Esse processo custa em torno de R$ 10 milhões , dependendo do tamanho do lançamento. Só para a aprovação do produto, a empresa pode gastar em torno de R$ 1 milhão.
Hoje, os produtos da Braé estão presentes em 25 mil salões e 5 mil lojas de cosméticos, além das quatro unidades físicas próprias da marca, localizadas no Rio de Janeiro. No exterior, a empresa apostou em salões de beleza nos Estados Unidos, que busca levar a experiência do cabelo brasileiro para outras culturas.
Para um futuro próximo, a Braé deve apostar na diversificação do seu mix de produtos , saindo apenas da área de cuidado para o cabelo e se aventurando em outros segmentos da beleza como skincare, conta Antunes sem dar muitos detalhes. Além disso, o CEO espera expandir o número de lojas e desenvolver um plano de franquias.
A marca, que também vende também vende seus produtos nos Estados Unidos, pensa também em fortalecer o seu mercado lá fora. Hoje, o consumo internacional representa 20% das vendas da marca.
Fonte: Forbes 07.08.2023