Cinco perfis de risco de envelhecimento precoce da pele
O que comemos afeta nossa saúde e, por tabela, nossa pele. Segundo a dermatologista Flávia Addor, membro da Academia Americana de Dermatologia, os cuidados para evitar o envelhecimento precoce devem ser baseados no impacto de fatores internos e externos.
Os fatores internos são os agentes produzidos pelo próprio corpo que causam o envelhecimento: “Com o passar dos anos, aumenta o dano oxidativo no nosso organismo, causado pelos radicais livres. É um processo químico que prejudica as células. Além disso, a renovação celular da pele também declina. É o que chamamos de envelhecimento intrínseco”, explica Flávia.
Os fatores externos também interferem no corpo e prejudicam a vitalidade da pele. “Os mais estudados são a radiação solar, tabagismo, poluição e dieta, mas há também outros importantes como: medicamentos, doenças, estresse e interferências emocionais, que podem impactar negativamente na pele ao longo da vida”, revela a médica.
Conheça cinco perfis de maior risco de envelhecimento com base no estilo de vida, doenças e ambiente.
Oxidação: a pele é constantemente atingida por fenômenos oxidativos, como radiação solar e poluição. Por isso, o equilíbrio de proteção do organismo pode ser rompido, levando à produção de células cancerígenas e envelhecimento precoce. Além dos fatores ambientais, hábitos como tabagismo, consumo regular de álcool, depressão e doenças sistêmicas crônicas podem causar efeitos negativos e progressivos na pele. As dietas pobres em antioxidantes como frutas, verduras e legumes também colaboram para a menor defesa contra stress oxidativo.
Glicação: o excesso de açúcares reage com proteínas na derme levando aos chamados AGEs, que resultam em alterações do colágeno, envelhecimento prematuro e problemas de reparação cutânea. Enquanto este processo ocorre em indivíduos normais e contribui com o processo de envelhecimento, estados de hiperglicemia em pacientes diabéticos e dietas ricas em açúcares potencializam tudo, com impactos maiores na pele e na saúde geral.
Inflamação: doenças inflamatórias, infecciosas, autoimunes, fenômenos oxidativos, além do nosso próprio sistema de defesa durante o envelhecimento, produzem por vários motivos uma inflamação leve e crônica. Com o tempo, pode levar a danos nos tecidos, acelerando o envelhecimento. A oxidação também pode acelerar o processo inflamatório crônico.
Alterações metabólicas: com o passar dos anos, a tendência do metabolismo é reduzir as funções celulares, colaborando para os sinais do envelhecimento. Com isso, a renovação epidérmica leva mais tempo. A velocidade da reparação cutânea cai, assim como a taxa de síntese de elementos da pele. Especificamente nas mulheres, a menopausa provoca a deficiência de estrógeno – talvez o fator mais relevante para a queda de metabolismo de tecidos como o ósseo e, possivelmente, da derme também.
Mutagenicidade: a exposição da pele aos raios solares pode ocasionar mutação do DNA das células. Uso de algumas medicações, como quimioterápicos e imunossupressores também são capazes de levar a mutações. Todo o organismo normal dispõe de mecanismos de reparação, cuja eficiência tende a declinar com a idade. Estas mutações alteram o DNA e podem ser associadas ao desenvolvimento de tumores não melanoma.
Fonte: Glamurama 04.12.19