Covid-19 impacta resultados da L’Oréal
A Covid-19 impactou os resultados da L’Oréal no primeiro semestre. As vendas caíram 11,7%, para os 13.076,5 milhões de euros, e o lucro reduziu 21,7%, para os 1.823 milhões de euros.
Não obstante, a multinacional francesa mantém o seu otimismo para o que resta ainda do exercício. “Encaramos a segunda metade com lucidez, confiança e determinação”, destaca Jean-Paul Agon, presidente e CEO da L’Oréal. “Lucidez porque a crise sanitária mundial, lamentavelmente, ainda não terminou e confiança porque o apetite dos consumidores pela beleza está intacto, o acesso a pontos de venda deverá ser mais fácil no futuro e o comércio eletrônico continua a fortalecer-se”.
De acordo com o gestor, a empresa vai desencadear um agressivo plano de lançamento de novos produtos, no decurso do segundo semestre, e, em parceria com o retalho, iniciativas de impulso comercial, de modo a estimular o regresso ao consumo de produtos de beleza.
Resistência empresarial
Jean-Paul Agon assegura que o grupo demonstrou uma grande capacidade de recuperação, durante o primeiro semestre, onde a prioridade foi garantir a saúde e bem-estar dos seus colaboradores, clientes e fornecedores. “O consumo de produtos de beleza, durante o período, foi fortemente afetado pelo encerramento de milhões de pontos de venda, o que causou uma crise real de oferta, em lugar da procura, com os consumidores temporariamente incapazes de adquirir produtos e serviços”, analisa. “Nestas circunstâncias excecionalmente difíceis, cada divisão da L’Oréal demonstrou uma grande capacidade de resistência empresarial. A divisão de produtos de consumo limitou o impacto nas vendas, apesar do seu grande peso em maquilhagem, que foi a categoria que mais desacelerou”, explica Jean-Paul Agon.
Efetivamente, esta divisão sofreu uma queda de 10,4%, numa base comparável, para os 5.870,7 milhões de euros. A de produtos de luxo faturou menos 14,9%, ficando-se pelos 4.382,2 milhões de euros, e os produtos profissionais desceram 21,7%, para os 1341,7 milhões de euros. Em contrapartida, a cosmética ativa cresceu 6%, para os 1.501,9 milhões de euros.
Fonte: Grande Consumo 11.08.2020