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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Empresas & Negócios InternacionalDrunk Elephant chega no Brasil com seus produtos de skincare biocompatíveis

Drunk Elephant chega no Brasil com seus produtos de skincare biocompatíveis

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A marca desembarca no site da Sephora no dia 7 de outubro. Confira a entrevista realizada pela Vogue com Tiffany Masterson, fundadora da marca norte-americana

Mais de dez anos atrás, frustrada com os produtos para a pele que encontrava no mercado, a fundadora da Drunk Elephant, Tiffany Masterson começou a pesquisar ingredientes de cosméticos por horas na internet, observando o impacto que cada um deles tinham na pele. Ela identificou seis que queria evitar, como óleos essenciais, fragrâncias e corantes. E mesmo sem experiência em medicina ou ciência, ela escreveu listas de ingredientes para seis produtos potenciais e foi a um químico, que deu vida às formulações da Drunk Elephant, lançadas pela primeira vez em 2013.

Quase uma década depois, a marca que virou um blockbuster quando o assunto é skincare – sendo adquirida recentemente pelo conglomerado japonês Shiseido por US$ 845 milhões – desembarca oficialmente em outubro no Brasil, com venda exclusiva pelo site da Sephora a partir do dia sete do mesmo mês. Trazendo 27 produtos de skincare “biocompatíveis” com a pele, tanto do rosto, corpo e do couro cabeludo, todas as formulações são livres do que Tiffany rotulou de “Suspicious 6”: óleos essenciais, álcoois secantes, silicones, filtros solares químicos, fragrâncias, corantes e lauril sulfato de sódio, como o creme facial Protini™ Polypeptide Cream (R$ 599), o sérum T.L.C. Framboos™ Glycolic Night (R$ 793) e o C-Firma™ Fresh Day Serum (R$ 687), alguns dos itens mais celebrados e premiados da marca.

Exclusivamente para a Vogue Brasil, a fundadora Tiffany Masterson discute a filosofia da Drunk Elephant para explicar por que você nunca encontrará o “Suspicious 6” em seus produtos e por que a marca não aposta em parcerias pagas com influenciadores. Confira:

Vogue: Conte um pouco sobre a sua experiência e como começou a se interessar por cuidados com a pele

Tiffany Masterson: “Eu era uma dona de casa criando quatro filhos antes de desenvolver a Drunk Elephant e tinha todos os tipos de problemas de pele. Procurei uma solução para a minha “pele mista e sensível”, mas nada parecia resolver o problema por muito tempo. Comecei a pesquisar os ingredientes dos produtos que eu estava usando e observei qual papel cada um desempenhava e, mais importante, como minha pele reagia a eles. Percebi que eram os ingredientes de marketing que precisavam ser eliminados – por ingredientes de marketing, quero dizer ingredientes que estão em uma fórmula para torná-la mais cheirosa, gostosa e bonita, mas não trazem nenhum benefício para a pele. Suspeitei que seis ingredientes estivessem na raiz dos meus problemas de pele e hoje os chamo de “Suspicious 6″ (óleos essenciais, fragrâncias e corantes, silicones, lauril sulfato de sódio, álcoois secantes e filtros solares químicos). Minha pele foi completamente transformada depois de removê-los… passou de confusa e temperamental para limpa, equilibrada e saudável.”

Como você finalmente chegou ao ponto de começar a sua própria empresa?

“Tentar encontrar produtos livres dos “Suspicious 6” não foi fácil, então criei a Drunk Elephant com base na minha pesquisa. Minha filosofia é que “pele é pele”, todas as funções da pele são iguais, não há necessidade de rotulá-la com um tipo. Sua pele tem uma barreira ou um manto ácido que a protege, quando tiramos isso ou a perturbamos, o caos se instala. Os produtos que usamos diariamente podem conter desreguladores, sensibilizantes, alérgenos e outros irritantes que podem se acumular e deixar a pele congestionada e em estado reativo. Acne, secura, oleosidade e sensibilidade são simplesmente a forma da pele reagir a estes ingredientes desencadeadores, uma vez que ela não consegue lidar com eles. A Drunk Elephant é a minha maneira de restaurar a pele reativa, não usando os próprios ingredientes que a deixaram assim. Isolei ambos [ingredientes] naturais e sintéticos seguros e as minhas fórmulas contêm as porcentagens certas desses ativos para os níveis de pH ideais, tornando os ingredientes fáceis de serem reconhecidos, absorvidos e usados ​​pela pele. Drunk Elephant está em uma categoria própria que gosto de chamar de biocompatível.

Eu tinha um investidor disposto e sabia exatamente o que queria fazer. Eu tinha seis produtos projetados no papel, literalmente todos os ingredientes, e assim que encontrei um químico e dei o nome à marca, decolamos rapidamente. Eu fiz uma pesquisa sobre o nome Drunk Elephant e algumas pessoas disseram que sim, e algumas pessoas gritaram de jeito nenhum, mas ninguém disse que não gostava. Então fui com ele, sabendo que iria criar interesse e seria difícil de esquecer.”

Existem alguns ingredientes comuns no mercado que a Drunk Elephant evita. Como você decidiu excluir ativos como óleos essenciais?

Os “Suspicious 6” são os ingredientes que considero problemáticos para a minha pele. Eles não são assustadores ou necessariamente ruins ou “tóxicos”, eles apenas, na minha opinião, podem atrapalhar a função da própria pele, levando a comportamentos de pele irritantes que poderiam ser evitados, como tendência a acne, sensibilidade, excesso de oleosidade etc. Eles são os seguintes:

Óleos essenciais – por sua natureza, seus compostos de fragrâncias voláteis são sensibilizantes para a pele. Não há nenhum benefício no uso deles que não possa ser replicado por outras substâncias sem aroma que não compartilham suas desvantagens.

Álcoois secantes – são os álcoois que têm potencial para desidratar e sensibilizar. Acreditamos que eles causam danos à pele a longo prazo. Embora ajudem ativos a penetrar na pele com mais facilidade, eles o fazem dissolvendo os lipídios que colaboram na manutenção da tez flexível e hidratada. Isso resulta em inflamação, que por sua vez pode provocar erupções cutâneas.

Silicones – Podem congestionar a pele, especialmente silicones oclusivos de maior peso, além de dificultar a penetração de ativos (como o ácido ascórbico) na pele. Alguns podem também desidratar a cútis.

Filtros solares químicos – muitos consideram sensibilizantes os ativos de proteção solar, especialmente quando usados ​​ao redor da área dos olhos ou por pessoas com suscetibilidades e distúrbios da pele (como rosácea ou eczema). Acreditamos que eles, por sensibilização, podem levar a erupções aleatórias e ao agravamento da acne. Podem ser ótimos, mas para alguns, são problemáticos. Preferimos utilizar proteção física.

Fragrâncias e corantes – Projetados para adicionar uma bela cor ou aroma a uma fórmula, eles não trazem benefícios para a pele, mas podem ser sensibilizantes e ocupam espaço de ingredientes que são realmente bons para a pele.

SLS (lauril sulfato de sódio) –  Um surfactante que faz muito bem o seu trabalho. Não apenas pode ser muito forte em termos de remoção de umidade, como também é uma pequena molécula que penetra na pele, causando inflamação e potencialmente danificando a barreira de proteção.

Onde e como você obtém inspiração para criar novos produtos para a Drunk Elephant? O que você procura ao desenvolvê-los?

“Formulo novos produtos com base no que sinto que está faltando na minha rotina. Eu realmente gosto desse processo. Sempre começo o processo pensando no que gostaria como consumidora. Fico surpresa quando vejo um produto com ótimos ativos que também contém silicones, que podem bloquear a absorção e impedir que o consumidor obtenha os resultados que ele está pagando para conseguir. Eu só quero que os ativos realmente entrem lá e façam o que devem fazer. Eu carrego minhas formulações com ingredientes interessantes e maravilhosos e posso escolher cada um deles.

Eu sempre penso, quanto mais, melhor. Se um ingrediente benéfico é bom, então cinco é melhor. É assim que formulo todos os produtos que tenho. Eu examino e estudo o que torna cada ingrediente bom, quais são os antioxidantes emocionantes que nós não pensamos ainda. Também sou louca por saúde e bem-estar, então sempre comparo os ingredientes que escolho para as fórmulas da Drunk Elephant com o que eu como. Escolho diferentes cores e superalimentos porque eles são ricos em antioxidantes. É uma abordagem diferente para formular. Se houver um ingrediente ativo, geralmente sou muito exigente quanto à quantidade que entra na fórmula, para que as pessoas que o estão comprando obtenham o nível mais eficaz. Também sou muito exigente quanto ao nível de pH. Tem que estar no ponto certo para que o produto funcione e não seja irritante ou não seja ineficaz.”

Quais eram os objetivos iniciais quando você estava construindo a marca?

“Meus objetivos quando comecei a Drunk Elephant são os mesmos objetivos de agora – quero compartilhar minha filosofia e criar consciência para ajudar as pessoas a solucionar seus problemas de pele. Minha esperança é que a filosofia permaneça e ajude as pessoas por muitos anos.”

Por que vir para o Brasil agora?

“Estou tão animada com esse lançamento. Recebo muitas perguntas e solicitações de pessoas no Brasil, então o interesse está aí. Nós não sabemos o quão difundido é até chegarmos. Vai ser uma experiência emocionante e esperamos ser bem recebidos.”

Quais são os maiores desafios do mercado e do consumidor brasileiro?

“Isso não é específico do Brasil, mas às vezes tem sido um desafio fazer as pessoas pensarem sobre os cuidados com a pele de forma diferente do que sempre foi ensinado antes. Eu olho para trás. Em vez de criar produtos destinados a “consertar” os problemas que as pessoas têm, tenho uma filosofia que diz que você deve primeiro olhar para o que já está usando e eliminar os ingredientes de marketing – que as pessoas acabam usando inconscientemente no dia a dia –, aqueles que eu acredito que são diretamente responsáveis ​​pela maioria dos problemas para começar. O problema é que os seis ingredientes que evitamos estão presentes em quase todos os produtos no mercado. Para se beneficiar da minha filosofia, recomendo que as pessoas usem meus produtos exclusivamente por um longo período de tempo. É um desafio fazer as pessoas toparem, mas uma vez que o fazem, geralmente ficam viciadas e não olham para trás. Além disso, é uma mensagem de esperança destinada a oferecer uma solução para as pessoas que estão procurando e lutando.”

Quais produtos da Drunk Elephant você acha que serão os maiores sucessos por aqui?

“Mal posso esperar para descobrir!”

Drunk Elephant não fez qualquer marketing tradicional ou parceria paga com influenciadores. Você pode me falar sobre essa escolha?

“Quando decidi fazer uma linha, optei por usar tudo o que há de melhor e da mais alta qualidade, desde os ingredientes até a embalagem, o químico, os laboratórios, as formulações, a experiência do consumidor no site, as pessoas, o design, a tecnologia, os parceiros, os programas de amostragem e muito mais, porque é isso que eu gostaria como consumidora. Não anunciamos e não pagamos influenciadores, então o dinheiro está indo direto para a qualidade que você obtém com a Drunk Elephant. Contamos com o boca a boca para o nosso crescimento, então é melhor que os produtos cumpram o que prometem. Acredito firmemente que, se os produtos realmente funcionarem, as pessoas dirão a todos que conhecem. Nossa estratégia de marketing é simples: colocar os produtos nas mãos das pessoas, compartilhar nossa filosofia e contar apenas com o boca a boca.”

Drunk Elephant foi um divisor de águas desde o início, o que você ainda almeja fazer no mercado de beleza?

“Obrigada! Meu objetivo de negócio é continuar construindo a consciência de marca, provar meu valor em novos países como o Brasil e continuar ensinando a minha filosofia de que a pele deve ter ingredientes biocompatíveis para funcionar como deveria… Acho que pode ser uma virada de jogo para tantas pessoas e isso é o que realmente me excita.”

Como a Drunk Elephant usou as mídias sociais a seu favor, mesmo sem fazer parcerias pagas ou ativações?

“A mídia social da minha marca é muito importante e é a forma como fico em contato próximo com o meu consumidor. Adoro críticas construtivas, desde que sejam sinceras, e aprendo com elas. Eu amo as sugestões e comentários. É assim que eu cresço como marca e como fundadora. Você vai me ver ajustando coisas, atualizando formulações, tornando as coisas melhores por este ou aquele motivo. O consumidor vem primeiro para mim. Eles me desafiam. Meu objetivo é fazê-los felizes e não posso fazer isso muito bem sem seu feedback honesto. Além disso, minha plataforma é uma oportunidade para educar e equipar o consumidor com as ferramentas de que ele precisa para se conectar com a sua pele e saber como funciona, a que melhor responde. Adoro ver as pessoas apoiando umas às outras, compartilhando experiências, skincare smoothies [como a marca chama as rotinas de skincare], selfies de rosto lavado, enquanto encontram valores comuns em nossa comunidade social. Os membros da minha comunidade são amorosos e elogiam uns aos outros. É sempre feliz e divertido quando você vê as pessoas sendo gentis e solidárias umas com as outras e aprendendo umas com as outras.”

Quais são os seus três produtos favoritos da Drunk Elephant?

“Para mim, a filosofia é mais importante do que qualquer um – ou três! – produtos individuais. Todos eles têm significado para mim e lugar na coleção. Acho que cada um traz algo importante para a linha e eu não gostaria de ficar sem nenhum deles, mas, novamente, desenvolvi cada Drunk Elephant com base em meus próprios desejos como consumidora, para que todos se encaixem e façam sentido. Para experimentar nossa filosofia de evitar o “Suspicious 6″, você realmente só precisa de três produtos – um limpador, um hidratante e um protetor sola.”

Um dos maiores desafios para qualquer marca de beleza hoje é desenvolver um relacionamento com essa nova geração de compradores chamados Gen Z, você tem uma estratégia para isso com a Drunk Elephant?

“Eu acredito que pele é pele – a pele de todos funciona da mesma maneira e Drunk Elephant é verdadeiramente para todos. Não fazemos marketing para um grupo demográfico específico ou seguimos tendências. Como eu, as formulações trabalham muito, mas também há um lado não tão sério e é aí que entram as cores alegres e extravagantes [das embalagens]. Eu não me levo tão a sério e nem a Drunk Elephant, mas nós conseguimos que o trabalho seja feito. A aparência de Drunk Elephant reflete minha personalidade e como eu encaro a vida em geral. Espero que agrade a homens e mulheres de todas as idades.”

O que mudou na marca desde que ela foi vendida para a Shiseido? O que mudou no seu dia a dia de trabalho?

“Não mudou muito desde a aquisição da Shiseido. Tem funcionado como sempre, mas com muito mais acesso à inovação, o que nos permitirá melhorar formulações futuras e embalagens sustentáveis. Podemos expandir globalmente e entregar os produtos a ainda mais mercados que os têm solicitado de forma mais eficiente. Foi um próximo passo muito natural na vida dessa marca.”

 

 

 

 

 

 

Fonte: Vogue 31.08.2021

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