Estamos cada vez mais expostos a um tipo de radiação proveniente de smartphones, tablets e computadores – e isso pode ser perigoso
Você já sabe de cor e salteado os motivos para utilizar protetor solar diariamente quando a exposição da pele ao sol é direta, mas há um tipo de radiação que é negligenciado com frequência, proveniente das telas de celulares e tablets. “Além da radiação UV, outro motivo para utilizar protetor solar durante o ano todo é a luz visível, que é emitida não só pelo sol como também por computadores, celulares, tablets e outras telas que você possa ter em casa. Essa radiação está relacionada especialmente ao aparecimento de manchas; inclusive piorando o melasma, condição crônica caracterizada pelo aparecimento de manchas escuras geralmente no rosto”, destaca a Dra. Jaqueline Zmijevski, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Quanto à luz azul, um estudo recente mostrou que, apesar da baixa irradiância efetiva emitida por dispositivos eletrônicos e luz artificial em relação à radiação solar, que poderia levar a pensar que não há efeito de fotodano dos dispositivos artificiais, devemos considerar que as respostas da pele são consequência da integração de toda exposição diária à luz e todas as fontes de radiação. “Dessa forma, as luzes azuis são potencialmente prejudiciais à pele a longo prazo”, destaca a médica.
Mas esses não são os únicos danos. Segundo a dermatologista Dra. Mônica Aribi, a luz azul é a porção mais energética da luz visível e é proveniente dos smartphones, tablets e computadores. “Ela está relacionada a diversas patologias como melasma, envelhecimento e câncer de pele; a exposição a esse tipo de radiação pode desencadear ou piorar doenças de pele e o surgimento de manchas escuras principalmente no rosto. Isso acontece porque ela estimula a melanogenese, ou seja, a pigmentação, sendo um fator importante de piora do melasma e de doenças que apresentam fotossensibilidade como o Lúpus e a rosácea, e causar maior inflamação na pele produzindo radicais livres como superóxidos, espécies reativas de nitrogênio e carbono. A luz visível/azul também causa danos nos tecidos, inflamação e age diretamente no DNA das células. Ao interagir com a melanina, pigmento que dá cor à pele, ela gera uma forma de oxigênio altamente reativa que deteriora inclusive o material genético celular”, explica a médica. “Para falar em proteção da pele contra a luz azul, existem ativos antioxidantes e protetores solares com essa ação de bloqueio contra esse dano. Produtos que formem uma verdadeira proteção 360º contra a poluição ambiental digital são necessários. Esses ingredientes podem ser adicionados em séruns ou cremes anti-idade e antioxidantes e utilizados em duas situações: de manhã, após limpeza e tonificação e antes do fotoprotetor – juntamente com a Vitamina C; e à noite, após limpeza e tonificação, em um sérum anti-idade para ser usado antes do creme com ácido hialurônico”, destaca.
Pensando na proteção da pele de quem trabalha ou passa horas jogando em frente ao computador, a Biotec Dermocosméticos lançou para a farmácia de manipulação o conceito de Light Balm, um produto de uso tópico, formulado com Pro Shield MDC®, e que evita os danos da luz artificial dos computadores na pele. “ProShield MDC® é um produto vegetal obtido por ecoextração. Apresenta potente ação antioxidante e escudo antipoluição. Age como um fotoprotetor urbano, protegendo contra ação da luz visível (luz azul emitida por telas de LED, smartphones e notebooks), da poluição digital e contra as radiações UVA, UVB e UVC, além de estimular a produção de colágeno”, diz a farmacêutica Maria Eugênia Ayres, gestora técnica da Biotec Dermocosméticos. O produto deve ser usado duas vezes ao dia.
Segundo a farmacêutica, esses ingredientes podem ser adicionados em séruns ou cremes anti-idade e antioxidantes e utilizados em duas situações: de manhã, após limpeza e tonificação e antes do fotoprotetor – juntamente com a Vitamina C; e à noite, após limpeza e tonificação, em um sérum anti-idade para ser usado antes do creme com ácido hialurônico.
Por fim, a Dra. Jaqueline enfatiza que, sobre o melasma, as quatro principais dicas para pacientes com esse problema são: 1) o uso do protetor solar; 2) a aplicação na quantidade certa; 3) a reaplicação do filtro; e 4) o uso de produtos com cor. “Só assim, ele cumprirá bem seu papel. E, como o melasma pode piorar com a exposição prolongada à luz visível, cuja proteção se dá pelo pigmento/opacidade, a cor é fundamental”, explica a médica.
Assim, a dermatologista Dra. Jaqueline orienta usar o filtro solar diariamente, em qualquer época do ano. “O protetor solar deve ser aplicado em todas as áreas expostas e o FPS deve ser sempre igual ou acima de 30. A textura do produto vai depender do tipo de pele do paciente. Somente com o hábito do uso diário do protetor solar faz sentido pensar em ácidos e tratamentos com o objetivo de prevenir e tratar rugas”, finaliza a Dra. Jaqueline Zmijevski.