Natura é a única empresa do Brasil entre as 10 mais inovadoras do mundo
A Natura é a única empresa com sede no Brasil a entrar no ranking das 10 companhias mais inovadoras do mundo, segundo a Forbes. A indústria de cosméticos conquistou a 10ª posição em uma área-chave para o crescimento das organizações. Para se ter uma ideia do alcance da conquista, as outras brasileiras aparecem na 39ª colocação (BRF) e em 55ª lugar (Ultrapar Participações). Já o Google ficou em 47º lugar, enquanto a Apple ocupou o 79º posto.
Negócios & Cia foi atrás dos fatores que levaram ao reconhecimento da companhia com sede em Cajamar, cidade de aproximadamente 65 mil habitantes na região metropolitana de São Paulo, e do que se pode aprender com ela.
A visão dos investidores foi crucial para a conquista. Eles analisaram vários indicadores que formam o índice Innovation Premium, utilizado pela Forbes, como o preço das ações, lucratividade, fluxo de caixa, negócios atuais, projeções de crescimento e expectativa de resultado de inovações de produtos, serviços ou mercado. Só constam na lista empresas que destinam pelo menos 2,5% da receita para pesquisa e desenvolvimento, somam sete anos de dados públicos e cujo valor de mercado chega a US$ 10 bilhões.
Pesaram a favor da Natura os investimentos nas operações internacionais no ano passado, diz o gerente de redes e parcerias para inovação, Adriano Jorge. Para crescer, a empresa aposta na inovação. O diretor regional Sul, Daniel Levy, explica que, no modelo de venda direta, a inovação associada à sustentabilidade faz parte da essência da argumentação dos consultores na abordagem com os clientes.
Em 2012, a companhia destinou R$ 158,9 milhões para essa área e fez 104 lançamentos. O percentual da receita vinda de produtos lançados nos últimos dois anos foi de 67,2%. A Natura combina investimentos internos com a construção de uma ampla rede de conhecimento no País e no exterior. Santa Catarina está nela. A empresa paga royalties para a UFSC em virtude de uma tecnologia patenteada em co-titularidade e utilizada na linha Chronos.
– Não somos capazes de fazer toda a inovação sozinhos. Temos que olhar para o mundo e estar ligados onde o conhecimento pode ser gerado – completa Levy.