O que faz a área de pesquisa avançada da L’Oréal Brasil
Conheça mais sobre o time responsável pelas grandes inovações e pesquisas de ponta da empresa
Na L’Oréal Brasil, a inovação sustentável é o que norteia a criação e aperfeiçoamento dos cosméticos de alto desempenho desenvolvidos nos laboratórios – e, na prática, isso é possível graças aos esforços da área de Pesquisa Avançada da Companhia. No Brasil desde 2011, ela conta com 10 colaboradores e é considerada a área de vanguarda da pesquisa da L’Oréal, responsável por todas as pesquisas de ponta e por garantir a valorização, uso sustentável e conservação da biodiversidade – todos fatores chave para que seja possível inovar com foco na sustentabilidade.
Como se divide a área de Pesquisa Avançada?
Segundo Fabiana Munhoz, responsável pela área desde 2017 e uma de suas fundadoras em 2011, a Pesquisa Avançada é, na prática, responsável por criar inovação em matérias-primas, fazer os desenvolvimentos de novos modelos de avaliação e planejar a inovação sustentável. Para isso, ela se divide em três departamentos:
Departamento internacional de matérias-primas (DIMP): em que são desenvolvidos novos ingredientes para formulações cosméticas – ou encontradas novas aplicações para ingredientes já conhecidos. O time também é responsável por garantir que o abastecimento de uma matéria-prima seja sustentável;
Departamento de métodos alternativos: que integra a EPISKIN – empresa do grupo L’Oréal que produz pele humana reconstruída em laboratório para substituir testes em animais – e a plataforma neuronal – que permite a triagem de ativos cosméticos que tenham efeitos sensoriais ou regenerativos na pele;
Departamento de abastecimento sustentável: em que é oferecido suporte aos laboratórios de formulação para que desenvolvam fórmulas com menor impacto ambiental, aumentando a biodegradabilidade, reduzindo a pegada hídrica e utilizando mais ingredientes naturais.
Ainda de acordo com Fabiana, o trabalho da área é bastante desafiador e não permite rotina. “Estamos na interface com diferentes stakeholders a cada dia, sejam eles internos ou externos. Na pesquisa avançada, precisamos ter conhecimento técnico, entendendo como ele se aplica ao negócio”, destaca ela.
Quem trabalha na área de Pesquisa Avançada?
Por ter diferentes tipos de atividade em cada departamento, Fabiana destaca os diferentes perfis e especializações encontrados na área. “Temos pesquisadores que trabalham na bancada, como os cientistas que produzem a pele humana reconstruída no laboratório; pesquisadores com um perfil mais de gestão de projetos e portfólio, que fazem a ligação entre nossos fornecedores de matérias-primas e até mesmo startups, com nossos formuladores; e pesquisadores de campo, responsáveis pelas análises de riscos ambientais e sociais, assim como os planos de ação de mitigação das nossas cadeias produtivas”, explica.
Entre esses colaboradores estão Geovana Silva e João Guimarães, analistas de matérias-primas no DIMP. No dia a dia, os dois estão em constante contato com diversas áreas, conectando necessidades a soluções. “Temos conversas constantes com os laboratórios para entender suas necessidades técnicas e traduzir isso em solução com matérias-primas”, explica Geovana. Para João, por sinal, o contato com diferentes áreas e pessoas é justamente um dos atrativos do trabalho. “Acredito que essa é uma das melhores partes de se trabalhar no DIMP. Mas, além disso, poder ver todo o trabalho em cima de uma matéria-prima se transformar em um produto, e saber que ele agregou valor para nosso consumidor, seja pela segurança, sustentabilidade, qualidade, performance ou inspiração, é incrível”, conta.
Em coro com eles, Vanja Dakic, responsável pela produção e qualidade dos tecidos para métodos alternativos na EPISKIN, também destaca a satisfação em fazer parte da área de Pesquisa Avançada. “Sendo uma pesquisadora na indústria, eu posso contribuir com a tradução da ciência básica de ponta em produtos e, assim, ver a aplicação direta desse conhecimento no dia a dia. Isso é muito gratificante”, destaca a pesquisadora que faz parte da equipe desde quando começou transferência e implantação do protocolo da EPISKIN no Brasil, em 2016.
Conheça as principais conquistas da área de Pesquisa Avançada
De 2011 até agora, não faltam conquistas importantes para a área de Pesquisa Avançada. No entanto, Fabiana destaca pelo menos três das quais o time se orgulha, e são elas:
– a contribuição com importantes lançamentos da L’Oréal Brasil, como o ativo repelente (DEET) para o protetor Solar Expertise de L’Oréal Paris; o extrato de camu-camu para o Vichy Ideal Soleil anti-idade; e a cera de carnaúba para o hidratante Uniform & Matte de Garnier Skin Active;
– a inauguração de EPISKIN em 2019, antes mesmo do prazo no Brasil para a regulamentação da proibição de testes em animais. “É a nossa maior conquista, que selou mais de 3 anos de trabalho intenso”, lembra a gestora;
– a possibilidade de beneficiar 147 pessoas em 2019, graças ao programa de inclusão de fornecedores pelo Solidarity Sourcing de ingredientes da biodiversidade brasileira e óleo de soja. “Aliás, para o óleo de soja, uma cadeia de relevância global para o grupo, conseguimos obter duas certificações importantes: Fair for Life, que garante nossos compromissos de comércio justo, que buscam beneficiar socioeconomicamente agricultores que trabalham no cultivo de soja; e RTRS, que garante nossos compromissos ambientais, principalmente de desmatamento zero”, destaca Fabiana.
Fonte: L’Oréal Brasil 15.07.2020