De acordo com mapeamento da Factor-Kline, crescimento médio é 40% ao ano
A Factor-Kline, empresa de consultoria e inteligência de negócios acaba de finalizar um inédito levantamento sobre as indie brands de cosméticos no Brasil. O estudo “O Mercado de Indie Brands de Cosméticos no Brasil – Oportunidades de investimentos”, mapeia mais de 60 indie brands que juntas faturam cerca de R$ 400 milhões.
As indie brands de cosméticos são hoje um grande fenômeno no mundo, e, no Brasil, não é diferente. Administradas por seus fundadores, essas empresas direcionam esforços de marketing para nichos específicos e apostam em estratégias de marketing digital.
Enquanto o mercado brasileiro de cosméticos “tradicional” apresentou um crescimento em 2018 da ordem de 2,7%, as indie brands cresceram a taxas exponenciais, com crescimento médio de 40% ao ano, e algumas delas com impressionantes 500%!
Essa performance muito acima do mercado convencional se dá pelas novas tendências de consumo e demanda que essas marcas atendem. Vale destacar que o público-alvo dessas marcas são, principalmente, jovens de 19 a 40 anos, que buscam consumo mais saudável, sustentável e ético.
Os produtos dessas empresas possuem, em sua maioria, mais ingredientes naturais e ausência de testes em animais – atendendo às demandas desse recente comportamento de consumo.
Segundo o levantamento da Factor-Kline, apesar do faturamento de R$ 400 milhões somente em 2019, 90% dessas empresas foram fundadas entre 2015 e 2019. A maioria delas administrada por mulheres. Além disso, 86% destas marcas possui um portfólio totalmente vegano, 74% apresenta portfólio totalmente natural e 23% possui apenas produtos orgânicos.
Mas, segundo Juliana Bondança, gerente de projetos da Factor-Kline, “nem tudo são flores para as indie brands. São empresas de pequeno porte com diversas carências e desafios para viabilizar um crescimento mais sustentável e perene, com destaque para falta de capital de giro para suportar o ritmo de crescimento, acesso a informações e inteligência de mercado, estrutura logística ineficiente, falta de escala para acessar matérias-primas, entre outros”.
Mas, na visão de Juliana, é justamente aí que residem as principais oportunidades para investidores estratégicos e financeiros. “Ao prover a estrutura de capital e de recursos para destravar as amarras dessas empresas, liberando os fundadores para fazerem o que gostam e mais sabem – se conectar com o consumidor, os investidores poderão participar de histórias de crescimento muito acima da média do mercado, podemos mesmo dizer que algumas dessas empresas podem perfeitamente se tornar as ‘Naturas’ e os ‘Boticários” do futuro.