Protetor solar com cor: tendência que veio para ficar
As marcas estão investindo em ampliar o portfólio de tons para serem mais inclusivas; produto deve ser passado inclusive dentro de casa
Filtros solares com foco em controle da oleosidade, FPS mais alto e cor são os mais vendidos no Brasil. Por isso, as marcas estão investindo em ampliar o portfólio de tons para serem mais inclusivas. Essa é uma das grandes tendências do ano para proteção solar. Descubra mais sobre e outras a seguir.
ROSTO É PRIORIDADE
Seja para evitar o envelhecimento precoce ou as manchas, se há um filtro que a gente passa é o do rosto. “As pessoas usam muito mais FPS facial do que o corporal”, concorda Maria Paula Del Nero, dermatologista pela SDB (Sociedade Brasileira de Dermatologia). Na verdade, deveríamos aplicar o produto em todas as áreas expostas ao sol – como braços, colo, pescoço e mãos. Mas no rosto é indicado passar até dentro de casa, principalmente se você tem tendência a melasma. “Vimos as reclamações a respeito das manchas cresceram durante o confinamento imposto pela pandemia, por conta do home office e do tempo extra gasto na frente das telas”, observa a médica.
CALOR, MORMAÇO E LUZ DO CELULAR
Sim, a radiação UV e a luz visível podem causar desde câncer de pele a melanoses, além de acelerar o surgimento das rugas. O Infrared (infravermelho), sentido por meio do calor ou mormaço, é uma radiação com um comprimento de onda suficiente para atingir a camada mais profunda da pele, onde estão as fibras de sustentação. “Isso provoca um dano muito importante em relação à elasticidade, além de um maior potencial de cancerização”, avisa Claudia Marçal, dermatologista membro da SBD, da American Academy Of Dermatology e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, de Campinas (SP).
EVITAR FLACIDEZ E RUGAS
Spoiler: dá-lhe bloqueio físico solar, com protetores com cor. Toda a luz visível — do sol, dos smartphones, das lâmpadas artificiais, dos computadores – presente na nossa rotina diária também causa dano a médio e longo prazos. “Ela gera um quadro de eritema subcutâneo suficiente para gerar a presença das sunburn cells, resultando em manchas”, fala Marçal. Mais uma vez, para bloquear esse tipo de efeito, adivinha, só filtros com dióxido de titânio (com cor).
COR É MELHOR
Agora vamos falar sobre os protetores solares, especificamente. Eles são divididos entre químicos e físicos. Os primeiros têm partículas orgânicas que absorvem o fóton de energia. Os segundos (e os com cor entram nessa categoria) trazem partículas inorgânicas que refletem ou dispersam a radiação. À base de dióxido de titânio, óxido de ferro e zinco, agem como uma parede de tijolos — onde a luz bate e volta sem ser absorvida.
Os filtros químicos são instáveis – na presença de suor ou depois de mergulhos na água do mar ou da piscina, ficam quimicamente instáveis e deixam de proteger. “Além disso, muitas vezes, os raios UVB e Infrared furam o bloqueio dos filtros químicos de alguns produtos de fotoproteção e causam dano celular e flacidez”, explica Marçal.
Tem mais um motivo para todo mundo amar protetor solar com cor: ele deixa a tonalidade da pele mais uniforme. Sim, são a saída para você ficar bela na praia a na piscina, porque disfarçam imperfeições, funcionando como maquiagem. O benefício extra para fechar com chave de ouro? Se antes a maioria vinha em cor universal, que se adaptava ao seu tom de pele, os lançamentos para o verão 2021 trazem uma paleta mais extensa, em um movimento inclusivo.
Fonte: Folha de Londrina 17.01.2021