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Sustentabilidade move as empresas de cosméticos, higiene e limpeza

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Embalagens recicláveis e mais eficientes, reaproveitamento de materiais e ingredientes da biodiversidade ocupam espaço crescente na indústria

Acessar o conhecimento tradicional das comunidades que vivem na Floresta Amazônica para desenvolver bioingredientes, sem comprometer o equilíbrio do bioma, é uma inovação trazida pela Natura há cerca de 25 anos, quando uma empresa apresentou ao mercado a linha Natura Ekos. Segunda colocada entre as empresas mais inovadoras do setor de cosméticos, higiene e limpeza, a Natura considera a Amazônia seu principal ecossistema de inovação.

A meta da companhia é alcançar 55 bioingredientes da sociobiodiversidade amazônica até o final desta década. Com um tempo que reúne cerca de 300 pessoas, entre pesquisadores e cientistas, a companhia já conseguiu desenvolver 44 bioingredientes, sem abrir mão da segurança e da eficácia comprovada para o ser humano e o meio ambiente.

Diante de inúmeras perspectivas de ingredientes da biodiversidade, talvez a maior ruptura da Natura nesse processo seja uma simbiose estabelecida entre o conhecimento científico e a sabedoria das comunidades que habitam a floresta. Tatiana Ponce, vice-presidente de marca, marketing e inovação da Natura, diz que a companhia, impulsionada pelo compromisso com a sustentabilidade, desenvolveu um jeito único de fazer produtos.

“Unimos a prospecção de ingredientes da biodiversidade, o acesso ao conhecimento tradicional das comunidades e ciência avançada para lançar produtos inovadores, com fórmulas naturais, tecnologia e ativos potentes para os cuidados de beleza. E com impacto positivo ao meio ambiente e à nossa rede de relações”, diz Ponce.

Em 2023, a Natura investiu R$ 292 milhões em inovação, montante que representa 2,1% da receita líquida da companhia. Foram 273 produtos lançados no Brasil no ano passado com inovações em fórmulas e embalagens. Uma dessas inovações é o Natura Ekos concentrado de castanha, um hidratante corporal concentrado que o próprio consumidor pode multiplicar adicionando água.

Outra preocupação dos tempos focados em inovação da empresa é disseminar a cultura de sustentabilidade no dia a dia do consumidor. O frasco do concentrado é totalmente produzido com plástico retirado dos rios da Amazônia. Ponce explica que o produto usa 81% menos material plástico em relação ao refil convencional, facilitando em 55% a geração de resíduos. Dez cooperativas de reciclagem, que incluem cerca de 200 famílias na região Norte, foram envolvidas nesse processo.

Ao abraçar o projeto com a castanha, a Natura reforça seus compromissos em conquistar uma nova certificação global UEBT. O selo UEBT é uma comprovação de que as comunidades fornecedoras do produto mantêm a harmonia com os preceitos de biocomércio ético. “A conquista da nova certificação elevará a castanha ao status de primeiro bioativo regenerativo da marca em 2024. Essa abordagem integrada, que combina questões ambientais com impacto social positivo, exemplifica o compromisso da Natura com a sustentabilidade e a responsabilidade social em todas as etapas de sua cadeia de produção e decisões de negócio”, afirma Ponce.

Inovação com sustentabilidade é um binômio cada vez mais presente no setor de cosméticos, higiene e limpeza. Um dos exemplos mais populares está nas embalagens de Veja, uma das marcas de limpadores de superfícies mais consumidas pelos brasileiros. Elvis Barreto, gerente sênior de pesquisa e desenvolvimento da Reckitt Hygiene Industrial, diz que ouvir o cliente faz parte do dia a dia dos tempos de inovação. A entrega de embalagens mais sustentáveis ​​e simples de manusear é uma resposta do fabricante às demandas do mercado.

“Temos investido no uso de plástico totalmente reciclado nas embalagens, que trazemos no rótulo informações para que o consumidor possa se envolver no processo de reciclagem de forma adequada. Os gatilhos dos produtos de limpeza são produzidos somente com plástico 100% reciclável, com design que facilita a aplicação e aumenta a produção de espuma. O consumidor brasileiro associa limpeza à espumação”, diz Barreto.

Além da embalagem mais sustentável, a linha Veja passou a exalar, neste ano, fragrâncias inovadoras, desenvolvidas pela suíça Givaudan. O toque de inovação ficou por conta da cantora e influenciadora Jojo Todynho, que participou do desenvolvimento do Multiuso da Jojo, na fábrica da Reckitt em São Paulo. A estreia da artista na coprodução de um produto de limpeza refinado em duas fragrâncias exclusivas. Para o fabricante, as fragrâncias, que são inovadoras para um multiuso, refletem a personalidade vibrante e inspiradora de Jojo, que foi escolhida para fazer parte dessa inovação por dialogar muito bem com os consumidores do produto.

Com 116 patentes garantidas globalmente em 2023, a Reckitt tem inovado também na captura de percepções sobre produtos. Uma das plataformas mais recentes foi criada pela empresa no ano passado focado no público interno. Batizado de Embaixadores para o Desenvolvimento de Produtos, o programa criado na Reckitt Industrial é voluntário e envolve a realização de estudos sensoriais para o desenvolvimento de produtos. Com protocolos de segurança e confidencialidade dos entrevistados, a iniciativa segundo atraiu a atenção dos colaboradores, Barreto. “O envolvimento dos colaboradores nos testes com novos produtos está em torno de 95%”, diz.

Empresa mais inovadora do setor de cosméticos, beleza e higiene, o Grupo Boticário tem enfatizado a importância do investimento em design e prototipagem de embalagens. A meta é garantir, além do conjunto visual harmônico, a praticidade no uso. “Um ponto muito importante no processo de inovação é o estudo do design e da prototipagem. Quando desenvolvemos um produto, além da beleza, buscamos a funcionalidade. Um exemplo é a linha infantil. É preciso inovar para que a mãe consiga segurar o bebê de um lado, jogar o xampu e banhar o filho com a outra mão”, diz Sérgio Sampaio, vice-presidente de operações do Grupo Boticário.

A relevância da inovação nas embalagens levou o Grupo Boticário a investir em estúdios de prototipagem para que sejam inovações testadas internamente. “Mantemos a interação com parceiros, mas hoje entre 35% e 40% das nossas embalagens já passam pela nossa área de design e prototipagem”, afirma Sampaio.

O estúdio de design e prototipagem, que teve sua capacidade dobrada para potencializar a criação interna de embalagens e produtos, é um dos espaços mais novos do centro de inovação e pesquisa do grupo. Em 2022, com investimento de R$ 13 milhões, o grupo ampliou o centro, com o lançamento dos espaços Quintana Lab, Quintana Herbal, Núcleo de Inteligência Olfativa, Studio e Galeria. No ano passado, foram R$ 4 milhões em investimentos para reformar e ampliar o Laboratório do Futuro.

“Quando falamos de um país como o Brasil, o quarto maior mercado de beleza do mundo, onde a beleza é fonte de felicidade, bem-estar e conexão emocional, o conhecimento profundo do consumidor e a inovação personalizada são ainda mais necessários”, afirma Marcelo Zimet, presidente do grupo L’Oréal no Brasil. O país, onde está um dos seis centros de pesquisa e inovação mundial do grupo, é considerado um laboratório a céu aberto pela empresa. “Encontramos 55 das 66 toneladas de pele que temos ao redor do mundo e todos os tipos de cabelo (oito, no total) mapeados pela companhia, diz Zimet.

Essa diversidade estimulou o desenvolvimento de uma coloração com uma combinação de reflexos quentes e frios, adequada a diversos tons de pele. No desenvolvimento da tecnologia da Reflexo Universal, criada no laboratório da L’Oréal Paris, no ano passado, foram empregadas imagens de modelos com br na análise combinatória de diferentes toneladas de pele. Por meio do uso de inteligência artificial, foi possível abranger uma gama de fenótipos. “Após o lançamento, a Coloração Excellence da L’Oréal Paris cresceu 1,5 vez acima do mercado de tinturas capilares sem amônia”, afirma.

Quinta colocada no rol das empresas mais inovadoras do setor de cosméticos, higiene e limpeza, a P&G Brasil tem se debruçado sobre os hábitos dos consumidores quando estão em casa, principalmente no que se refere a produtos usados ​​no banheiro. Marcos Bauer, CMO, analytics & insights e inteligência de vendas da P&G Brasil, diz que, em um caso de prova de conceito, foi criado a plataforma Connected Homes Research. De acordo com essas metodologias de observação aprofundaram a compreensão do comportamento real do consumidor, permitindo melhorias em produtos regionais e globais.

“A plataforma integra diferentes fontes de dados, como pesquisas, imagens, vídeos e informações captadas por sensores, proporcionando uma compreensão de todas as tarefas diárias dos consumidores. Isso resultou em mais de 600 horas de vídeos processados, mais de 30 atividades de aprendizado qualitativo, rastreamento de mais de dez produtos e desenvolvimento de mais de 20 ideias para crescimento potencial e melhoria do desempenho do produto”, detalha Bauer.

Fonte: Valor 06.08.2024

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