Tendências no mercado de beleza são moldadas por realidades virtuais, aponta WGSN
Próximos três anos serão moldados por uma onda de criatividade e envolvimento com tecnologia e sustentabilidade
Em 2028, a categoria global de maquiagem deve atingir US$ 50,28 bilhões, acima dos US$ 35,22 bilhões em 2021, crescendo com um CAGR de 5,2% (2021-2028), de acordo com a Fortune Business Insights. Apesar das crescentes preocupações com o custo de vida em todo o mundo, claramente ainda há um forte apetite por maquiagem entre os consumidores, segundo a WGSN.
Sharon Ahn, analista de tendências de beleza e analista da WGSN, apontou que a categoria de maquiagem foi energizada por uma explosão de criatividade pós-pandemia e um desejo de fazer as coisas de maneira diferente. No último relatório da WGSN Intelligence: Future da Maquiagem 2025, a especialista disse que nos próximos três anos, os códigos e comportamentos de beleza existentes continuarão a ser desafiados e as marcas de cosméticos precisarão adotar criatividade, experimentação e tecnologia para ter sucesso.
Os comportamentos de beleza, segundo Ahn, “mudaram permanentemente” desde o COVID-19 e, portanto, a indústria precisaria adaptar produtos e estratégias para atender às novas prioridades dos consumidores. A segurança do produto e a maquiagem minimalista e “amiga da pele” subirão na hierarquia, juntamente com o design inclusivo e a sustentabilidade.
A executiva da WGSN disse ainda que os consumidores de “cosméticos coloridos” (maquiagem facial, produtos para lábios e para unhas) também buscam cada vez mais experiências virtuais imersivas, no metaverso e na loja, criando oportunidades importantes para a indústria. Para ela, o futuro da maquiagem mescla imaginação com inovação. Os produtos cosméticos serão projetados para todas as realidades e todas as pessoas, não deixando ninguém despercebido e nenhum lugar sem ser atendido.
Beleza no Metaverso
A aceleração da beleza no metaverso abrirá possibilidades ilimitadas para interações consumidor-marca. Para marcas de cosméticos, o ‘beautyverse’ apresenta uma oportunidade inexplorada de entreter e se envolver com nativos digitais e, em particular, gerações Z e Alpha que habitam realidades fluidas.
Um “ambiente dinâmico” deverá ser oferecido pelo metaverso, permitindo que as marcas de cosméticos cultivem estratégias de engajamento de longo prazo com os consumidores, disse ela, particularmente por meio do uso de mundos virtuais, criptomoedas, NFTs (tokens não fungíveis) e Realidade Aumentada. Testes virtuais, showrooms digitais e pop-ups do metaverso oferecerão uma experiência totalmente imersiva para os consumidores descobrirem e explorarem produtos de maquiagem e se conectarem com marcas de qualquer lugar e a qualquer momento, segundo Ahn.
Ahn abordou também que, além do metaverso, o “renascimento da tecnologia de código QR impulsionado pela pandemia” também deve ocupar um espaço importante no futuro da maquiagem, capacitando os consumidores a tomar decisões mais informadas ao escolher cosméticos e também aprimorando a experiência pós-compra.
Colecionáveis digitais, como NFTs, também oferecem uma infinidade de opções para as marcas impulsionarem o engajamento e aumentarem a fidelidade à marca nos próximos anos, conclui em sua análise.
Fonte: Mundo do Marketing 14.10.2022