1 em cada 4 brasileiros pretende continuar fazendo compras online diariamente após a pandemia
- Written by: Janaina
Pesquisa “Consumo Online no Brasil” registra também que 91% dos brasileiros compram online via smartphone
A Covid-19 mudou drasticamente o cenário das compras online no mundo inteiro, principalmente quando falamos sobre as chamadas compras recorrentes, como delivery de comida, supermercado, farmácia e mobilidade urbana.
Com mais gente em casa, a digitalização se impôs a uma parcela gigantesca de varejistas, e o PayPal, quis entender um pouco mais sobre o atual cotidiano diário de consumo dos brasileiros.
Hábitos dos brasileiros
Durante o mês de outubro, a Edelman, agência global de comunicação, realizou a pesquisa “Consumo Online no Brasil”, cujos objetivos foram delinear o cenário da rotina de gastos diários online de brasileiros e brasileiras.
Incluindo, então, aspectos como frequência, canais de compra, métodos de pagamento online mais usados (como crédito, débito, Pix ou carteiras digitais), percepções de segurança e facilidade, além de motivações.
“Buscamos, neste levantamento, focar em gastos que fazemos com mais recorrência, como pedir comida em casa, chamar um carro por aplicativo, assinar streamings e pagar por games. Ou seja, são compras que estão totalmente integradas à nossa rotina, muito por causa da experiência fluida de tomada de decisão e pagamento”, explica o Head Geral de Negócios do PayPal Brasil, Felipe Facchini.
Comportamento após a pandemia
O estudo descobriu, entre muitas outras coisas, que 1 em cada 4 brasileiros pretende continuar fazendo compras online diariamente após a pandemia .
Ou seja, gostaram da experiência e se manterão fiéis ao digital.
Antes da Covid-19
Antes de a crise sanitária começar, em março de 2020, cerca de 35% dos brasileiros faziam compras online diariamente ou semanalmente.
Já durante os 20 meses de pandemia, esse índice bateu em 57%.
E os entrevistados pelo estudo acreditam que esse cenário não deve sofrer alterações no pós-pandemia.
Cerca de 55% dos brasileiros dizem que continuarão comprando online quando a vida voltar ao normal.
Certamente, isso significa que passaremos a viver um “normal” diferente do “normal” que conhecíamos.
Futuro será sem dinheiro
Esses índices vão ao encontro das conclusões de um recente levantamento do PayPal que demonstrou o entusiasmo do consumidor brasileiro por um futuro livre do uso de dinheiro físico para pagamentos.
Não à toa, a pesquisa realizada pela Edelman revela que a maioria dos brasileiros e das brasileiras compra e paga online:
• Sempre que pode (84,5%).
• Considera essa forma de pagamento fácil (98,3%).
• Gosta da experiência (98,8%).
• Acha que ela permite um maior controle de despesas (89,9%).
• Se considera especialista na arte de comprar via internet (68,2%).
•Costuma planejar suas compras online (87,6%).
Cotidiano dos brasileiros
A pesquisa foi dividida em verticais, para melhor entender, então, o cotidiano de compras online dos brasileiros.
Em primeiro lugar na lista ficou “Alimentos e restaurantes”, com 87,9% dos entrevistados afirmando fazer, portanto, compras online desse tipo;
“Supermercados e farmácias” aparecem em segundo, com 72% de aderência.
Seguidos por “Entretenimento” (64,6%); “Transporte e mobilidade urbana”, com 56,2%; “Combustível” (34,3%); e “Games online”, com 31,4%.
A pesquisa, que ouviu 1.000 pessoas (todas compradoras online) entre 18 e 55 anos em todas as regiões do País e também e todas as classes sociais.
Novidades sobre as compras online
• De acordo com a pesquisa, 98,3% dos entrevistados dizem preferir fazer compras online porque elas são mais fáceis; e 98,8% admitem que, portanto, gostam da experiência. Cerca de 87,5% afirmam que as compras online fazem parte de sua vida cotidiana; 84,5% explicam que passaram a fazer, então, mais compras e pagamentos online durante a pandemia; e 68,2% se autodenominam experts em compras e pagamentos online.
• De acordo com a pesquisa, 91% dos brasileiros e brasileiras compram online “sempre” ou “normalmente” via smartphone. Cerca de 58% preferem laptops; e 54%, desktops.
• Antes da pandemia, 15,4% das pessoas faziam compras online diariamente; e 19,7%, semanalmente. Durante a pandemia, 22,3% das pessoas faziam compras online diariamente; e 34,4%, semanalmente. No pós-pandemia, 23,5% dos brasileiros e brasileiras pesquisados afirmaram, então, que continuarão fazendo compras online diárias; e 32%, semanalmente.
• Um fato interessante do estudo é que os homens lideram os pagamentos com cartão de crédito (80,2%) e carteiras digitais (47,2%); já as mulheres lideram nas opções cartão de débito (59,4%) e Pix (51,8%).
• Cartões de crédito e débito são os métodos mais frequentes de pagamento online independentemente de idade ou sexo. Já o índice de uso do Pix diminui de acordo com a idade – conforme a idade aumenta, menos o comprador usa a plataforma do Banco Central. Faz sentido, portanto, que a faixa etária entre 25 e 34 anos seja a que mais usa carteiras digitais no País.
• Quando o assunto é segurança, o levantamento realizado pela Edelman descobriu que 78,2% das pessoas se dizem preocupadas, então, quando compram ou pagam contas de forma virtual; mas 70% dos pesquisados garantem que não vão diminuir suas compras online quando a pandemia terminar.
• Os apps de delivery são os mais usados nas verticais de “Alimentos e restaurantes” (93,7% dos pedidos) e “Supermercados e farmácias” (73,3%); já as plataformas de streaming de vídeo são os principais meios de pagamento da vertical de “Entretenimento”, com 94,6% das citações.
• Uma vertical que aparece com força na pesquisa é a de compra online de combustíveis. De acordo, então,o estudo, 34,3% dos brasileiros e brasileiras entrevistados afirmam, portanto, usar métodos digitais para abastecer seus veículos. Dentro deste universo, então, 39% usam carteiras digitais (via aplicativo). E 9 entre 10 deles afirmam que continuarão, então, pagando nesta modalidade no pós-pandemia.
• Cerca de 44% dos pesquisados dizem fazer compras online semanalmente na vertical de “Alimentos e Restaurantes”; e 34% têm o mesmo padrão de consumo na vertical “Supermercado e farmácia”. Entre outros motivos, brasileiros e brasileiras destacam, portanto, a comodidade da experiência e a economia de tempo para optar por esses canais de compra. Além disso, a maioria declara também que continuará, então, comprando esses produtos online quando a pandemia acabar.
• Quase 83% dos entrevistados que têm carteiras digitais dizem utilizá-las com muita frequência para fazer pagamentos online e via aplicativos. Mulheres (41,7%) e usuários entre 25 e 44 anos (44,9%) tendem a usar carteiras digitais com mais frequência.
• As vantagens mais importantes para o uso de carteiras digitais são “Segurança contra roubo e fraude” e “Rapidez, facilidade e comodidade”, ambas com 58,6% das respostas – sendo, portanto, que este segundo item é importante para 64,3% das mulheres. Em terceiro lugar estão “Promoções, benefícios e recompensas exclusivas” (43,5%). Na sequência vêm o controle maior sobre as finanças, com 40,8%; a possibilidade de pagar a prazo (39,4%); o atendimento ao cliente (30,6%); e a facilidade de comprar produtos internacionais, com 27,5%.
Fonte: Guia da Farmácia 23.11.2021